Assunto de alguma forma relacionado com o artigo anterior, quis distingui-lo em publicação separada, precisamente para separar o trigo do joio, a alegria das coisas desagradáveis. Venho submeter à apreciação da organização do I Encontro da Diáspora uma denúncia:
Otílio Camacho, técnico sem projecção, trabalho publicado ou visibilidade pública na internet, tentou aproveitar, por antecipação, a oportunidade que lhe ofereceram para o painel de oradores, para uma manifestação de protagonismo com vis intenções divisionistas, em clara violação do espírito do Encontro.
O castigo não deverá ser encarado pelo visado como configurando um «assassinato de carácter» mas como um bem colectivo. Tratar-se-ia apenas de dar o exemplo e um sinal firme de que é preciso respeitar as regras de convivência, bem claras e explícitas, sem condescendência para com precedentes perigosos.
Espera-se, em Londres, nos idos de Maio, um conclave de paz, concórdia e esperança. Nesse sentido, julgamos que deveria ser retrogradado a simples participante, com uma repreensão amigável. Como prova de tolerância, poder-lhe-ia ser dada a oportunidade para recuperar o lugar de orador.
Na condição de um mea culpa implícito, ou seja, aceitando defender «tecnicamente» (utilizando os seus próprios termos) o antes e o depois. Falaria das suas preocupações actuais, mas atribuiria uma igual porção do seu tempo ao tema do impacto ambiental do porto de Buba no Parque Natural das Lagoas de Cufada.
Para repor o equilíbrio, poderia evidenciar a forma como interesses pouco transparentes para o país estavam em vias de se sobrepor irreversivelmente aos valores ambientais que defende, ou como os políticos de então ignoraram (para não dizer desprezaram) os técnicos locais, seus homólogos.
Como autor da denúncia, não quero deixar, desde já, de ajudar o técnico a recuperar o seu lugar, facultando-lhe ligação para o relatório do IBAP, publicado na página do Didinho, que o poderá ajudar nessa tarefa de redenção.
Há 1 hora
4 comentários:
Eu já vi que o Sr. não deseja o bem da GB. O Sr. é simplesmente um acérrimo apoiante dos narcotraficantes que se apoderaram da GB, vá-se lá saber porquê.
O seu ponto de vista sugere que aos males do passado, acrescenta-se mais males.
Aos erros do passado, há que acrescentar outros e piores ainda, convenhamos. Tudo o que se tenta fazer para impedir a acumulação de erros, criticando e chamando atenção, não pode ser porque os outros no passado, também o fizeram.
Meu caro emplastro, veja-la se não está a meter-se em camisa-de-onze-varas.
Eu não critiquei o técnico em causa por causa da opinião em si, que emitiu. Apenas porque abusou do espírito do I Encontro.
O que se pretende é acabar de vez com todos os males, actuais e do passado, impedindo a sua acumulação a título de passivo tóxico.
Lamento, mas a ênfase da sua comunicação, não vai neste sentido. Optou por desferi um duro ataque de carácter ao técnico pelo facto de estar a contestar o «abate indiscriminado de árvores»…
É caso para dizer que, tudo o que move em direcção contrária aos interesses golpistas instalados, encontra no Sr. um arguto parapeito.
É a sua opinião. Considero louvável que se preocupe com os problemas ambientais da Guiné, mas não que misture alhos com bugalhos.
Para quê misturar as afirmações políticas? Sabendo que os guineenses se encontram divididos, se o técnico queria realmente um impacto sério na adesão à sua petição, não deveria tê-lo feito.
Mas o mais grave é que se apresenta pomposamente, quando o seu único cartão de visita e currículo (pelo menos na internet) é uma participação (ainda para mais, futura) num encontro como orador.
Pior: o espírito desse encontro é precisamente o contrário. É portanto condenável, e estou apenas a chamar a atenção da Organização responsável.
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