Julgo que se justifica a convocação dos representantes das organizações internacionais à Presidência da República, um dia depois de por lá terem passado, no sentido de significar a esses elementos que devem evitar desempenhar o papel de actores na actual situação, com agendas estranhas à Guiné-Bissau.
Os resultados perniciosos estão à vista. Se o ouvido não for pequeno, a horta estéril ou o ramos simples galho verde, deverão perceber que as Forças Armadas guineenses em caso algum aceitarão mais forças estrangeiras no terreno, qualquer que seja o pretexto invocado ou as cabalas engendradas com esse fim.
Conspiração (e para mais, grosseira) com vista à ocupação estrangeira? O «roteiro» ex-ante que trazem estampado já tresanda; se pretendem realmente continuar gratos no país que tão bem vos acolheu, deverão pensar seriamente em mudar de atitude.
PS O senhor Representante talvez devesse ter optado pela saída airosa que lhe ofereceu o Senhor Secretário-Geral Ban Ki Moon, de se dedicar ao aspecto «diplomático» e deixar o terreno para um segundo representante. Fosse por teimosia e/ou falta de tacto, pelos vistos preferiu entrar para o clube dos rejeitados; olhe que a fotografia pode sair-lhe borrada... De árbitro passa a jogador e ainda leva cartão amarelo? O Senhor Secretário-Geral não preferirá removê-lo do campo antes que leve o vermelho e envergonhe a Organização?
Há 2 horas
1 comentário:
O senhor representante é de memória curta: ainda há poucos dias afirmava à Rádio ONU, que estava na Guiné a trabalhar discretamente sob a liderança da CEDEAO. Depois aparece em Bissau para a escamotear, em letra de imprensa?
A escolha do francês pela agência noticiosa chinesa, é tudo menos inocente. A pouco subtil e nada diplomática actuação de Ramos Horta é, neste momento, o principal factor de instabilidade no país.
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