Tal como Julião Soares defende no seu último livro «A destruição de um país», este «precisa de uma nova política externa de credibilidade e boa governança, o que pressupõe um diagnóstico rigoroso». Depois de tanto tempo à espera de um potencial «governo inclusivo», seria inglório apresentar uma solução de meias medidas (troca tintas). Talvez a melhor política fosse distinguir claramente duas fases para um Governo de Transição: uma primeira de diagnóstico, de recenseamento desenganado da realidade; seguida da discussão de um plano bem sistematizado, envolvendo organicamente o Governo numa actuação transparente, que permitisse a sua fiscalização pública, podendo para isso servir os blogs, que têm servido de procuradores informais e de veículos da liberdade de expressão.
É preciso começar por algum lado! Uma das promessas a que deu origem o pacto de transição em vigor foi a da realização de auditorias, não só às contas do antigo governo de Cadogo, como ao Governo então criado. Passado um ano e em término de mandato, está na altura de se começarem a dar sinais de seriedade, que possam inequívocamente ser interpretados como de boa vontade pela comunidade internacional. Caso não arranjem mais ninguém, ofereço-me eu para fazer essas auditorias (na condição de não ter qualquer entrave ao acesso a todo o tipo de dados que solicitar), pois, para além da indispensável competência técnica, estou minimamente por dentro da realidade guineense (e sou bem mais barato que uma equipa de consultores estrangeiros a alojar em hotéis de luxo).
Acabo voltando ao dissolvente e destrutivo título de Julião Soares: «depois de tantas convulsões, da desagregação da sociedade guineense e das ameaças que pairam sobre o seu futuro imediato, parece ter chegado o momento de grandes decisões.»
Há 30 minutos
3 comentários:
Não vá ao médico não! Cada dia que passa a sua saúde mental, piora.
Não se trate não...!
Por esse prisma, a sua saúde mental também não deve andar lá muito boa: faz comentários anónimos em blogues daqueles a quem chama alienados?
E já que o tema eram os diagnósticos, sinta-se à vontade para apresentar o meu «caso» mental, pode ser que me possa ajudar...
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