sexta-feira, 10 de maio de 2013

Irresponsabilidade pedagógica

Realizou-se hoje mais uma vigília para defender o direito às aulas. Os estudantes guineenses estão fartos das sucessivas e sistemáticas faltas de comparência dos(as) professores(as) às aulas, de serem um simples joguete político. E com toda a razão, têm direito a aprender, tal como os(as) professores(as) têm direito à greve (em muitos países «evoluídos», face a este estado de coisas, já teriam decretado há muito a requisição civil) para chamar a atenção em relação a questões salariais ou de atrasos nos pagamentos. Mas quando não cumprem minimamente as suas responsabilidades, garantindo uma prestação básica para salvar o ano lectivo, terão os(as) professores(as) direito a reclamar qualquer retribuição? Os(as) professores(as) parecem ter-se deixado instrumentalizar e manipular pelos sindicatos, afectos ao PAIGC, entrando no jogo do «quanto pior, melhor».

Este caso já serviu os desígnios de quem o encomendou, apontado ontem no Conselho de Segurança a débito da Guiné-Bissau, servindo para pintar de tons ainda mais negros a situação. Por isso, sugere-se à classe docente que não seja indecente, acabando de imediato com a Greve. É que os alunos são mais numerosos que os professores... Podem decidir-se a ir-vos buscar pelas orelhas. E já agora, outra coisa: há um ditado antigo que diz: «Não faltes ao trabalho, não vá o patrão perceber que não precisa de ti» Imaginem que, à semelhança do que aconteceu em Portugal, quando a escolaridade obrigatória aumentou e não haviam professores que chegassem, surgiu a TeleEscola (ensino através da Televisão)... Hoje, com as facilidades das Novas Tecnologias e o e-learning... saía mais barato e era garantido. O Ministério da Educação poderia aproveitar a situação para um despedimento (bem sei que é proibido pela Constituição) colectivo por justa causa e depois, por questões de qualidade, quem quisesse voltar a dar aulas, teria de se sujeitar a um exame pedagógico, técnico e de cultura geral (e, já agora, de sanidade mental).

Haja bom senso.

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