quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Mais uma chicotada

O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Angola, Georges Chicoti, chamou hoje os jornalistas da ANGOP, para um balanço da política externa angolana. Não se esqueceu de dar mais uma chicotada na Guiné-Bissau.

Papagueando os refrões de sempre, já muito gastos (qual a novidade justificando a deslocação dos jornalistas?)... Se, como diz, acompanha a realidade do país, porque não responde ao caso Milocas Pereira?

O «golpe de estado de 12 de Abril já matou muita gente»? Estaria a referir-se ao fiel amigo do ex-Primeiro Ministro deposto? O contra-golpe não matou ninguém; excepto essa jornalista guineense em Angola.

Depois de se saber das mortes dos dois activistas anti José Eduardo dos Santos, parece uma declaração um pouco gratuita e extemporânea... Gato escondido com rabo de fora. Mas muito atencioso.

10 comentários:

Anónimo disse...

"O golpe de estado de 12 de Abril «já matou muita gente»? Estaria a referir-se ao fiel amigo do ex-Primeiro Ministro deposto? O golpe de estado não matou ninguém; em nome de que moral faz essa acusação?"

Caso 21 de Outubro? Quantas pessoas é que morreram?

Em cumeré, quantas pessoas é que foram assassinadas?

Quantas pessoas foram espancadas, torturadas até não poderem andar com os seus pés?

E todos esses casos são públicos e ninguém sabe daqueles que não foram mediatizados!

Por favor, reveja a sua posição em relação à Guiné-Bissau!

7ze disse...

O caso 21 de Outubro foi julgado no Tribunal Militar. Consulte o acordão de condenação do putativo promotor.

As duas mortes, ainda por explicar, revelam igualmente da justiça castrense, esperando esclarecimento.

Tanto umas como outras, não podem ser directamente relacionadas com o contra-golpe de Estado.

É um pouco diferente de mortes encomendadas, por claras motivações políticas.

Essas, parecem ter acabado, na Guiné-Bissau, desde o dia 12 de Abril do ano passado.

Anónimo disse...

Então não foram mortes encomendadas? Obrigar a oficiais das forças armadas e de segurança(que já tinham formação) irem a um recrutamento e serem torturados e espancados até a morte, não são mortes encomendadas?

Por favor, sr 7zé! Deixe de brincadeiras!
Você não leu as declarações de ramos horta sobre estes casos? E disse que não têm motivações politicas? Estas mortes e os espancamentos do Iancuba Indjai e o Ministro dos transportes não têm motivaçoes politicas? Afinal o que são motivações politicas?

Para si terminaram no dia 12 de abril de 2013, mas para o Povo da Guiné-Bissau acentuaram-se!!!

7ze disse...

O que se passou intra-muros, em Cumeré, é um problema no interior das Forças Armadas, que se espera seja brevemente apurado no Tribunal competente.

Não percebo porque quer (aliás, não é o único) meter o povo da Guiné-Bissau ao barulho. E porque confunde espancamentos com eliminações físicas deliberadas.

E porque razão mistura o caso recente do Ministro, cujo suspeito ainda está a ser sujeito a interrogatório, com o caso bastante mais antigo do Iancuba Injai.

Mistura alhos com bugalhos, numa grande salganhada. Dê um exemplo «nominal» de uma morte encomendada, por razões políticas, como aquelas que eram prática corrente em Bissau antes do 12 de Abril, ou aquelas perpetradas em Angola há ano e meio, e depois voltamos a falar.

7ze disse...

Efectivamente, errei, quando escrevi duas mortes; a Liga referiu nominalmente três. Obrigado pela correcção.

Espero que se apurem as circunstâncias e que tais casos não se voltem a repetir, desprestigiando a instituição.

Anónimo disse...

Oh sr 7zé, leia os comentários que deixei a respeito da Carta Aberta dos "Cidadãos Aviados" da Guiné-Bissau. Depois falamos!

O espancamento do Iancuba não foi durante a transição? E não foi politico como o recente espancamento do ministro dos transportes?

Ainda bem que reconheceu que foram 3 e não 2 mortes...

7ze disse...

O assunto eram eliminações físicas. Por motivos políticos. É isso que está na ordem do dia.

Anónimo disse...

Toda a eliminação física e espancamento vistos hoje na guine-Bissau é por motivos políticos. Precisa ser tão besta para não perceber?...

Anónimo disse...

M.D.M.
Tu que corres atras dos golpistas, talvez para ganhar alguns kilos de cocaína para sobreviveres, saiba uma de uma coisa: Antônio Indjai não gosta de brancos! Os colonialistas portugueses mataram o pai dele. Ele já disse publicamente que não gosta de brancos por isso. Então toma cuidado Com esta tua bajulação. Se pensas que terás uma recompensas por toda este empenho em defender os narcogoistas, podes e com certeza estar redondamente enganado e a tua decepção pode ser mortal.

Anónimo disse...

gostei muito M.D.M. diz o velho ditado: quem avisa, amigo é. quem tem ouvidos que oiça.