segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Não há corona vírus na Guiné-Bissau

Trata-se de um facto confirmado por um bloguista identificado.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Solidariedade sub-regional

 Uma vassourada burkinabê no pântano guineense.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Testamento africanista

"The time has come, and I want to take this opportunity to speak to France. How long have we been working on this currency? And it is at the moment when we are close to the outcome that France undertakes to force the hand (twisting the neck) of the French-speaking countries to steal the name we have chosen for the ECOWAS currency and to set up a fixed parity (the Euro).

French-speaking Africa listen to me. Wake up. You cannot keep drinking breast milk, you have teeth; become independent and stop this low-level behavior.

Alassane Dramane Ouattara, you must stop it. You have no right to sabotage all West Africa and take over the ECO. You are being disrespectful. If France disrespects you, do not drag ECOWAS into this mess. You are not allowed to do what you are doing. The ECO currency was designed by ECOWAS countries."

 Extracto das últimas palavras de Rawlings sobre o ECO.

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Dapi ku Fadia

Quando um responsável político não tem nada para dizer, o melhor mesmo é não abrir a boca, para não entrarem moscas. Foi o que aconteceu com as declarações perfeitamente dispensáveis e a todos os títulos lamentáveis do Ministro das Finanças Fadia à LUSA sobre a nova moeda ECO. Mais não fez que patentear a sua mediocridade, bem como a imperiosa necessidade de ser rapidamente substituído no cargo. Vejamos as razões.

Em primeiro lugar, por uma questão de oportunidade. Não havia qualquer urgência, pois o tema tem mais de meio século e já toda a gente percebeu que não será propriamente para amanhã, como o próprio reconhece. Efectivamente, em vésperas de apresentar um desastroso Orçamento Geral do Estado para 2021, estas declarações despropositadas parecem mais uma diversão (mesmo atendendo à pesada herança do governo Aristides, que descreveu como "à beira do colapso"). Não diz absolutamente nada de relevante sobre o importante assunto da futura moeda única da CEDEAO, limitando-se a propagandear disfarçada e envergonhadamente a posição francesa, frisando as vantagens e esquecendo não só as desvantagens, como o contexto político. "Certos países decidiram politicamente adiantar-se". Por que não diz quais são, uma vez que não é segredo nenhum? A França e a Costa do Marfim encomendaram-lhe o serviço? Que pretende quando diz que "já estão acordadas entre a CEDEAO e a França, antiga potência colonizadora de oito dos 15 países que integram a comunidade"? apresentar a coisa como um facto consumado? A sua francofilia com o rabo de fora é tão descarada que trata a Guiné-Bissau como colónia francesa... Lembre-se que no fim do ano passado, Ouattara deslocou-se a Paris para anunciar pomposamente "o fim do franco CFA", naquilo que, de facto, era uma manobra de antecipação, destinada a sabotar os esforços dos países anglófonos, como denunciou a imprensa sub-regional mais esclarecida. Atendendo aos recentes desenvolvimentos, é hoje possível suspeitar ter sido essa a moeda de troca usada por Ouattara em Paris para assegurar a perpetuação no poder.

Em segundo lugar, está a comprometer a posição do país: então acha que "a Guiné-Bissau tem aproveitado as vantagens da integração" no CFA? Ah, sim? E será que poderá enumerar quais são? Os outros países construíram estradas, infraestruturas, aproveitaram a fundo o aumento da massa monetária, recorrendo a financiamento obrigacionista sub-regional. Onde estão as correspondentes obras na Guiné-Bissau? Isto quando durante mais de duas décadas de adesão, esta apresentou entradas de divisas per capita entre duas a três vezes maiores que a Costa do Marfim, considerada a menina dos olhos de Paris e a locomotiva da zona, como se pode consultar na base de dados do BCEAO, na conta de reservas depositada no Banco de França. Vejamos então: não só a Guiné foi quem mais dinheiro estrangeiro trouxe para alimentar o franco CFA, como também foi o país que menos aproveitou (mesmo que digam que por culpa dos seus políticos, da instabilidade crónica e desgovernação associada). Acabando-se o CFA, será preciso ressarcir a Guiné-Bissau, ou estudar em que medida pode ser compensada. Contudo, acautelar esses direitos não ocorreu à mediocridade do Ministro. 

Em terceiro lugar, o senhor Ministro, para além de pouco esperto, é hipócrita. Afirmar que a Guiné-Bissau "está a preparar-se para cumprir com os critérios impostos para fazer parte do ECO", destacando a taxa de 10% fixada para a inflacção (forçosamente cumprida por fazer parte dos 8 países da actual UMOA, tal como aliás reconhece afirmando que a Guiné cumpre largamente, nunca tendo tido mais de 3%) a qual foi fixada para facilitar a convergência dos anglófonos, é puro engano. Decerto esqueceu-se que a proposta de orçamento que apresentou em finais de Julho (que não passou despercebida neste blog) e apresentou na ANP no último dia de Agosto, considerava um défice de cerca de 39%, ou seja 13 vezes superior ao permitido (o que lhe valeu a ira e a desautorização do FMI, bem como uma inevitável revisão em baixa). Esqueceu-se igualmente de outro critério de convergência, que fixa 70% como máximo para o peso da divída pública em relação ao PIB, também já largamente ultrapassado e em vias de descarrilar definitivamente segundo se percebe pelas suas palavras. Em suma, sem qualquer mérito especial, cumpre um único critério, por inerência da pertença à UMOA e quer-nos convencer do contrário.

Em quarto lugar, o senhor Ministro, para além de inoportuno, alienado e incoerente, é um trapalhão. Em vez de um discurso sóbrio e objectivo, abusa de uma suposta "linguagem técnica" que, pelos vistos, pura e simplesmente não domina, metendo sistematicamente os pés pelas mãos. Que dizer quando classifica como "dívidas a curto prazo" as garantias de compensação financeira da União Europeia em relação às pescas, para dar apenas um exemplo? O que pretende com esse discurso atabalhoado? Confundir as pessoas? É tal e qual como ter uma página oficial que, apesar de uma fachada garantindo "a transparência na Gestão Orçamental", todos os links dão erro, incluindo o do Orçamento (já para não falar que a designação mef.gw não corresponde à actual, ainda incluindo "economia").

Atestada a absoluta incompetência do ministro, sem prejuízo da responsabilidade incumbente a Aristides Gomes (que o senhor ministro das finanças, apesar de denunciar vagamente, se revela incapaz de aprofundar, ou de dar troco às réplicas do PAIGC lavando as mãos), resta encontrar um/a substituto/a à altura da tarefa, que saiba bater-se pela defesa dos interesses do país, pois a Guiné-Bissau tem todas as condições (e interesse) em participar activa e soberanamente na definição das estratégias monetárias. Note-se que, há 23 anos, a França tinha todo o interesse em cooptar um país para o lado francófono da união, perfazendo dessa forma a maioria de oito. Assim, apesar de ser um pequeno país, pode fazer alterar com o seu voto as decisões a tomar pela CEDEAO, o que lhe pode atribuir um papel decisivo no lançamento do ECO, ao lado da Nigéria.

Dapi Jomav ku fadi Fadia!

domingo, 22 de novembro de 2020

Je t'aime, moi non plus


O amor é recíproco e esclarecido. Comentários ao marido confrontado com o pedido de divórcio, extraídos da Jeune Afrique no FaceBook:


«Entre l'afrique et nous ce doit être une "histoire d'amour"? et bien! Après avoir lu ça on peut mourir tranquille !! Quand on aime en France, on spolie, on humilie, on pille, on rabaisse, on infantilise? Vous avez une définition de l'amour bien spéciale, mr Macron!»

Siira Mingy Faye


«Après avoir insulté des millions d'africains, tu reviens pour réclamer "l'amour" des africains envers la France! Oui, nous aimons les français qui nous respectent et ont un amour inconditionnel envers l'Afrique. Mais toi, mets dans ta tête que nous te Détestons avec un D majuscule. Tu ne peux pas entrer dans le coeur des africains. Tu vas pourrir dans la honte, sale mécréant... Nous ne voulons pas de ton amour! La France n'est pas avec toi et tu seras jamais la France. Tu es le plus nul Président que la France n'ait jamais connu... Tes complices, "présidents esclaves, gouverneurs français en Afrique", vont tôt ou tard tomber et nous foutre la paix!»



«Ce que l'afrique te demande c'est de quitter ses terres. L'amour doit être réciproque. Elle ne t'aime pas, elle ne t'aime pas. Si la France déguerpi, on va plus entendre ces histoires de djihadisme, les médias font croire que ils sont venus pour aider alors qu'ils sont la cause du problème.» 

Abdourahmane Kone

sábado, 21 de novembro de 2020

Presidente exemplar aponta o caminho

Dando um sinal bem claro de que na próxima cimeira de chefes de Estado da CEDEAO haverão decisões políticas importantes, Sua Excelência o Presidente do Níger ordenou a detenção de dois dos seus próprios apoiantes, que pretendiam lançar uma campanha para a sua reeleição a um terceiro mandato.

Diplomacia camaleão

«Diplomacia de camaleão consiste em diferentes leituras perante as mesmas situações. Já foi desmascarada pela opinião pública africana, cada vez mais bem informada pela internet dos bastidores das relações internacionais.»

Ler artigo original na imprensa guineense.

Juventude de Bonoua procedeu à incineração da bandeira francesa.

Um outro Faure


Nas Seicheles, passadas mais de quatro décadas de independência, as eleições presidenciais do final do mês passado, deram a vitória à oposição. O antigo presidente Faure, à direita na imagem, assistiu tranquilamente à tomada de posse do seu sucessor, desejando felicidades.

A freak France

Macron about african activists: "We must not be naive on this subject: many of those who give voice, who make videos, who are present in the french-speaking media are «stipendiés» by Russia or Turkey, who play on post-colonial resentment".

In short, africans can not think for themselves; so, when they think against France, it's because they are paid. The aberrant abortion @ Elysée believes on a bad wolf plot. Nothing to do, of course, with french support to unloved and ill-chosen presidents...

Post-colonial resentment or neo-colonial harassment?

La France à fric


As declarações de Macron continuam a escandalizar, pela sua incoerência interesseira. Uma advogada da Costa do Marfim questiona:

"Vous pensez que nous avons moins de droits que les peuples européens?", 

_Pelos vistos, há a democracia para brancos e a democracia para pretos.

Também dos deputados franceses continuam a chover críticas: depois dos insubmissos e dos não inscritos, a deputada Frédérique Dumas, pertencente à Comissão dos Negócios Estrangeiros, insurge-se: 

"Tout devient banal et plus personne ne dit rien". 

"La honte!"

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Macron lâche du lest

Torturé d'amour par jeune afrique, pressé par l'opinion publique et face à la sensation de tout avoir à perdre, Macron tente tardivement de négocier, en jetant Alpha aux lions pour essayer d'épargner Ouattara. Même s'il fait la critique d'Alpha, Macron n'offre pas de solution ou un quelconque engagement de la France, signifiant l'attente que celui ci finisse bien par tenir. À l'envers, le "touche pas à mon pote" à l'égard de Ouattara, qu'implique la condamnation de l'opposition en la personne de Soro, lui font demander aux ivoiriens de patienter un quinquenat supplementaire, en espérant que "le prochain président ait moins de soixante diz ans". Toutefois, c'est bien trop tard pour sauver la face: les jeux sont faits et rien ne va plus. Lâcher Alpha, c'est lyncher Faure et provoquer un effet domino que finira par avoir raison d'Ouattara, si le peuple ne l'accable avant. En somme, ce geste douteux et maladroit à geométrie variable ne represente plus qu'une bouffée d'oxygène pour le régime pachidérmique agonisant. La France tombée en négation? 

Peut s'ensuivre un douloureux réveil...

Français   Português   English

Francophone bloc accused of hijacking common currency and wealth

An "option is to rethink Nigeria’s inclusion – for better".

Realce-se que a Guiné-Bissau, apesar de ser lusófona, é o oitavo país da UMOA, o que permite ao bloco francófono ser maioritário. Logo, a Guiné-Bissau, com ou sem o apoio de Cabo Verde (também indexado ao euro via escudo português), pode fazer desequilibrar a balança, forçando uma decisão de futuro quanto a uma moeda comum da sub-região. Só a aliança anglo-lusófona pode resolver o impasse e fazer eco.

PS As feridas do assassinato de Cabral e do 14 de Novembro levaram quatro décadas a sarar. Para completar a normalização das relações entre os dois países, só falta mesmo que o PAIGC abandone as referências abusivas e ilegais a países estrangeiros na sua designação partidária.

Reforço militar e diplomático

O Presidente Buhari da Nigéria, elogiado pelos seus esforços de operacionalização da Força Aérea do seu país, recebeu a visita da Ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Suzi Barbosa, na presença do seu homólogo, Geoffrey Onyeama. Em agenda a próxima conferência de Chefes de Estado da CEDEAO. E/ou o envio para Conacri de Sissoko como mediador da crise guineense?


quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Dois pesos e duas medidas


Guterres, que na Guiné-Bissau se encarniçava sob pretextos inteiramente fúteis contra um presidente regularmente eleito numas eleições organizadas pelo Partido então no poder, confirmados pela CNE e validados pelo STJ, é quem vem agora pegajosamente elogiar os "esforços para reforçar a democracia e os Direitos Humanos" na Costa do Marfim? 

Ouattara faz "esforços para reforçar a democracia"? Aquela que desrespeitou concorrendo às eleições em violação flagrante dos seus compromissos pessoais e do artigo 55 e 183 da Constituição que o impediam de concorrer a um terceiro mandato? Decerto a mesma que reivindica uma vitória eleitoral assente numa taxa de participação ridícula, na qual mesmo aqueles que poderiam ter querido votar não o puderam fazer em quase um quarto das mesas, violando o princípio da universalidade do voto, consagrado no artigo 2º da lei eleitoral?

Ouattara faz "esforços para reforçar os Direitos Humanos"? Foi decerto nesse âmbito que assassinou líderes da oposição, que invadiu ou cercou domicílios, privando de liberdade concorrentes "vencidos"? ou que alimenta milícias para invadirem mercados e provocarem os cidadãos, ou para aterrorizarem os oponentes com expedições punitivas em que se joga um macabro futebol, provocando milhares de refugiados, centenas de feridos e dezenas de mortos, numa abominável reminiscência das crises anteriores? Esforços? Só se for de ruandização.

Guterres nem se lembrou de enviar um/a representante intrusivo/a especialíssimo, como fez para Bissau, apesar de Chambas ser o representante especial para a África ocidental (o qual provou não ter qualquer credibilidade nem na Costa do Marfim nem na Guiné, onde foi humilhado com os seus cúmplices). Lembre-se que esse bando de criminosos já fôra corrido de Bissau como personae non gratae. É que, por norma, um/a representante especial do SG tem direitos de olheiro/a no país, e poderia incomodar o usurpador tido por intocável.

Guterres tem um orgasmo cada vez que vomita um pleonasmo. "Esforços para reforçar" é a mesma coisa que subir para cima ou lamber com a língua. O asqueroso verme só pode ter trocado as pontas e está a olhar a coisa pelo prisma do olho do cu, produzindo prova para vir a ser processado por omissão, em sede de TPI.

Pelos vistos, a "doutrina" invocada para agredir a Líbia: "responsabilidade para proteger", insculpe-se agora sob a forma da metáfora dos três macacos e três sentidos.


PS Ora precisamente, é essa hipocrisia que é condenada pelo grupo de monitorização das eleições africanas, o qual defende que os "graves distúrbios em curso na Costa do Marfim e Guiné podem ser em atribuídos em grande medida ao rotundo falhanço das instâncias sub-regionais em neutralizar acções inconstitucionais dos presidentes em exercício", acrescentando que a chave é "dizer a verdade", por isso apelando a uma intervenção da CEDEAO. Só faltou mesmo acrescentarem que quanto mais esta tardar a fazê-lo, maior será o esforço a empreender. O tempo é aritmético, mas a revolta é geométrica... 

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Influência crescente

O presidente nigeriano acaba de ser considerado como uma das 25 pessoas mais influentes no sector do petróleo.

Buhari reforça capacidade militar

O presidente da Nigéria, recebido na Casa Branca, obteve garantias de Trump de entrega para breve da encomenda de helicópteros para as suas forças armadas. Trump afirma que a América, depois de décadas a pretender ser a polícia do mundo, abdica da segurança a favor dos actores locais, elogiando o esforço do seu homólogo africano.

Nesse contexto, Buhari apelou para uma efectiva colaboração entre os países da CEDEAO no âmbito militar. Por falar em helicópteros, a Guiné-Bissau tem grande especialista que pode dar formação; o país tem experiência de missões internacionais da ONU e já serviu de anfitrião à ECOMIB; estando decerto à disposição para aderir a essa política. 

PS Para além do sector do caju, a Guiné-Bissau é conhecida pela grande qualidade dos seus combatentes.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Lettre ouverte à Macron

« Ce qui se joue en Côte d’Ivoire actuellement c’est l’avenir des populations africaines et européennes. Si OUATTARA réussi son coup expérimental d’une nouvelle forme de coup d’Etat, ce procédé sera immédiatement franchisé dans tous les pays de la sous région et même dans toute l’Afrique. »

Or, selon Jean-Yves Esso, c'est aussi l'avenir de Macron, une fois que les 35% d'afro-descendants qui forment son électorat ne se priveront pas de « sanctionner ce comportement irresponsable dans les urnes lors des très prochaines consultations électorales présidentielles françaises de 2022 ».

Faure déchu

« Si la France ne peut pas faire respecter la vérité des urnes et le respect des libertés fondamentales dans nos pays elle perd ce qui fait sa vocation universelle de pays des droits de l’homme et la substance de sa politique étrangère».

Agbéyomé, président démocratiquement élu du Togo, à la suite des vrais résultats de l’élection du 22 février dernier

Je suis Embaló

Emmanuel Boucar Faye, Capitaine au long Cours, Pilote / Port Autonome de Dakar, denuncia os vampiros que sugam o sangue da juventude africana.

Ouattara charcuté

« Ouattara perdeu a batalha da comunicação no plano internacional » Fernand Dédeh

« Estamos aterrorizados, embastilhados, mutilados, assassinados, em horror bestial » Bedié

Paris na mira

Leslie Varenne, durante vinte anos jornalista de investigação in loco, autora de um livro excepcional sobre a falta de legitimidade de Ouattara, militarmente imposto por França, denuncia pelo FaceBook a perigosa deriva de Macron para a África ocidental.

Aquela que se tornou numa autoridade em assuntos africanos teve o mérito de denunciar a farsa COVID desde o início. Como admiradora de Sankara, vive actualmente no Burkina Faso, e tem uma legitimidade especial nos seus posicionamentos.

PS A condenação de Paris vai assumir uma vertente comercial, visando os interesses económicos que a França em marcha (atrás) tanto se agarra. O feitiço virou-se contra o aprendiz de feiticeiro. Já não há engenharia que lhe possa valer...

Mesmos vícios, mesmos métodos

Tal como na Guiné Conacri, também na Costa do Marfim os comerciantes se queixam de infecção microbiana, enquanto se faz gazeta ao Parlamento do usurpador, uma vez que há deputados da oposição presos, apesar da imunidade parlamentar.

Mali na encruzilhada

Reconhecido na sociedade maliana como um homem íntegro, que apesar de militar de carreira, se apresenta fardado à africana, contando no currículo com duas demissões por motivos de consciência, o recém-empossado Presidente de transição Bah N'Daw está perante uma encruzilhada. Face ao desafio securitário, a fama do exército cresce, a vertente negocial progride e há quem recomende que escute o povo, assumindo na plenitude a soberania nacional e um espírito renovado de cooperação sub-regional, com destaque para a Guiné-Bissau, cujo Presidente foi o único homólogo a estar presente na sua cerimónia de investidura, o qual, na altura certa, evitou que a CEDEAO impusesse sanções ao novo regime militar. O Mali, como país interior, tal como o Burkina Faso, está dependente de uma racionalização da mobilidade e de um plano de desenvolvimento económico sustentado à escala sub-regional, com base na independência monetária, que só pode ser garantida pela evolução da UMOA para uma autêntica UEMOA, à imagem da moeda única europeia, e na redução da dependência em relação ao apoio francês, cada vez mais contestado, no seio da população, da diáspora e da classe castrense.

Lapa na chapa


Discurso de Issoufou, Presidente do Níger em exercício da CEDEAO, há cerca de 8 meses atrás, na abertura da cimeira de Chefes de Estado, em Abuja, sob o olhar atento e aprovador do Presidente Buhari: « Le temps des hommes qui s’autoproclament providentiels et donc irremplaçables, des hommes qui cherchent à s’incruster à vie au pouvoir, tire à sa fin. Cela se traduira par des alternances plus fréquentes et par une respiration démocratique qui consolident les institutions démocratiques dont nos peuples ont tant besoin. Cela nous permettra de faire l’économie des crises ». Esta foi uma cimeira decisiva, de verdadeira inflexão a vários títulos, como o reconhecimento do Presidente da Guiné-Bissau

Já há dois anos, o General Buhari tivera oportunidade para tomar uma atitude, mas talvez os tempos não estivessem maduros e acabou por deixar o clube dos ditadores promover uma diversão, perseguindo a Guiné-Bissau. Está na altura de recuperar a liderança positiva da CEDEAO, enfrentando definitivamente o vil estilo novo de Paris. É a sua oportunidade para deixar marca.

La France non inscrite

Deputado expulso da bancada parlamentar França em marcha por não ter aprovado o programa de governo recomenda a Macron que reconheça Cellou: « Le silence actuel de la France c’est la pire des choses que la France puisse faire vis-à-vis de la Guinée et des Guinéens (...) Pour le moment la France ne montre pas sa capacité à s’adapter au nouveau continent africain parce que les choses ont vraiment changé. »

La France insoumise

Reconnait le CNT de Bedié comme pouvoir légitime en Côte d'Ivoire.

Lettre ouverte à Ouattara

« Mr Alassane, ne peux-tu pas sortir par la grande porte? A quoi sert-il de s’accrocher au pouvoir coûte que coûte en occasionnant la mort de tes compatriotes? La France ne t’aime pas et ne t’aimera jamais. Elle poursuit ses intérêts. Êtes-vous fiers de voir vos compatriotes mourir à cause de vous ? Avez-vous un coeur ? A cause de mon égo, mon désir, le sang humain sera versé? Loin de moi. Que Le Créateur n’ose. IL redemandera le sang innocent versé. IL n’y a rien qui est gratuit. Tout se paie ici-bas. »

Beninense anónimo

domingo, 15 de novembro de 2020

Main tendue ou bras armé?

RFI entrevista o usurpador, mas com direito a contraditório, mostrando como os media franceses se começam a distanciar dos casos psicopáticos da Guiné e Costa do Marfim. No Togo e nos Camarões, cujas oposições há muito que são vítimas do mesmo esquema, agitam-se as forças patrióticas... A nova luta de libertação não se resume ao povo guineense, é a do povo marfinense, togolês, camaronês, é a de uma juventude esperançosa numa janela de oportunidade para o continente, sem os grilhões neo-colonialistas que o gangrenam e entravam a construção de uma autêntica identidade africana, nos antípodas da hipocrisia que se apossou da UA, cuja alma Alpha Condé vendeu, quando era presidente. Depois do primeiro passo, dado pelo povo burkinabê, chegou a hora da última e radical vassourada, em honra do verdadeiro líder, assassinado pelo deposto. Sankara ka muri!

Maquereau en cavale


Em fuga para a frente, Macron (que pode ser traduzido para português por cavala), presidente da França, parece decidido a encavá-la: ao tomar a decisão de colocar os interesses económicos como critério absoluto, acaba de felicitar Ouattara pela sua vitória de pirro, ou seja de assinar o decreto de extinção da FrançAfrique. 

Não restam agora quaisquer dúvidas da existência de um pacto de facto, através do qual a França alienou ao usurpador os Direitos Humanos dos marfinenses, em troca da concessão do grande contrato de obras públicas que representa o Metro e Aeroporto de Abidjan, ao dobro do preço, em detrimento dos chineses.

Afinal, o feijão tem chouriço!

Cavado o fosso pela justa condição prévia de anulação do acto eleitoral da discórdia, o Presidente Bedié e o CNT têm à disposição todo o arsenal retórico utilizado pelo próprio Ouattara em semelhantes circunstâncias:

«Ne nous trompons pas. Pour nous, Laurent Gbagbo n’a pas été élu; c’est un président illégitime. Et à partir du moment où nous ne reconnaissons pas Laurent Gbagbo, nous ne reconnaissons aucune institution»

É só trocar os nomes. Ou de papéis, enviando Ouattara e a cavala (de preferência, já enlatada pela justiça francesa, tal como estão a entalar Sarkozy), para o TPI.

PS Isto não é uma cabala.

sábado, 14 de novembro de 2020

Visita presidencial

O Presidente Umaro Sissoko receberá amanhã em Bissau o seu homólogo maliano, Bah N'Daw. Em agenda a próxima Cimeira de Chefes de Estado da CEDEAO.

Option militaire ou félonie?

Macron não só descartou a mensagem clara do povo maliano ao demitir o Presidente transformado em marioneta como esqueceu rapidamente a hostilidade popular para com os soldados franceses, os quais passaram entretanto de aliados a ocupantes. 

Paris dá agora crescentes e preocupantes sinais de radicalização em África, ao eliminar Bah ag Moussa, líder tuareg muito querido entre o seu povo. Este cidadão e militar maliano teria sido abatido numa operação francesa em território maliano, na sequência da mobilização de "importantes meios de informação". 

Apesar de o Primeiro-Ministro, Moctar Ouane, ter defendido estrategicamente um diálogo inclusivo, sabendo que há uma luta em curso entre facções djihadistas, Paris apressou-se a suprimir um dos campos, desautorizando a soberania maliana, minimizando a via negocial e minando as possibilidades endógenas de pacificação.

A posição francesa, pela boca da Ministra da Defesa Florence Parly apresenta-se irredutível «On ne peut pas dialoguer avec les groupes djihadistes qui n’ont pas renoncé au combat terroriste». Não bastando já assumir que as decisões são tomadas em Paris, quando confrontada com a existência do Governo maliano e negociações em curso, a senhora declarou que «C’est de la responsabilité des autorités maliennes, pas la nôtre, mais il est important d’échanger».

Vejamos se percebemos bem o discurso: então as negociações promovidas pelo Governo maliano, no seu território, com os seus nacionais, não interessam para nada à responsabilidade francesa, focada em eliminar um dos actores, para mostrar potência. Muito bem, perfeitamente esclarecidos: a república tem capacidade para assassinar sem processo e sem remorsos em solo estrangeiro, quando bem lhe apetece.

Armam-se em americanos e depois admiram-se... Até Putin ter recuperado o respeito, os americanos armavam-se em polícias do mundo. Apesar de todos os inconvenientes, demonstrados à exaustão pelo 11 de Setembro, os franceses parecem ter enfiado o barrete de polícias de África.

De facto, o objectivo claro dos franceses é atrasar quaisquer negociações, não só pela eliminação em si, mas porque os restantes actores passarão a evitar a exposição. O momento escolhido é obviamente um sinal: la France en afrique s'accroche à son ultime illusion de grandeur.

Relacionando com os eventos da Costa do Marfim: na sequência de supostas informações do exército maliano dando conta de uma incursão djihadista, o exército marfinense deslocou importantes forças para uma cidade fronteiriça do norte do país, Tengrela

Neste momento, em que a cotação do made in France está em baixa, trate-se de um pretexto ou de uma diversão, induzindo a uma cooperação dos militares franceses com o exército marfinense na repressão popular, ou a um reforço da presença de militares franceses na Costa do Marfim, seria passar um atestado de menoridade às independências africanas e desacreditar por completo a CEDEAO, pelo que se arrisca a cair mal no meio diplomático sub-regional.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Provocações nos mercados

Assinaladas provocações recorrentes, por parte de agentes localmente desconhecidos que a pretexto de comemorarem a vitória de Alpha Condé invadem os mercados para lançar confusão e sinalizar opositores, a Câmara Municipal de N'zérékoré dá o exemplo, proscrevendo tais actos mafiosos comanditados pelo usurpador, com fundamento na paz social. A quem julga que engana? Pelos vistos, já nem ao aparelho...

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Reply to: «Lobo decrépito confina rebanho e convida representante das ovelhas para diálogo à mesa.» 0 gostos

Kil ku muri ba dja dus biás

A 6 de Junho de 1998, quando pensava ainda poder abandonar o país para eliminar Ansumane, Nino proclamava na Chapa que até a sua camisa mandaria em Bissau. Herói ou psicopata? 


Culpados do assassinato de Nino? Não foi assassínio, foi suicídio. Para que voltou Nino à Guiné-Bissau, conhecendo bem em que circunstâncias tinha sido obrigado a deixá-la? Já foi uma chatice arrancá-lo às garras do povo, quando os manuais ordenavam suprimi-lo, para evitar chatices... 

Luís Cabral sim, merece elogio, pois sabendo passado o seu tempo, sempre fez questão de não se intrometer e decerto que não por falta de amor à Guiné, acabando os seus dias tranquilamente no exílio, de morte natural. Se há um culpado do assassinato de Nino, é decerto o próprio e sua sede doentia de vingança e de eternização no poder. 1, 2, 3, fossem quantos "mandatos" fossem. 

Para além disso, de forma alguma pode haver mais suspeitos, para além do ante-declarado culpado e bode expiatório ideal. O valente general Tagma Nawai ordenou para as horas seguintes a qualquer coisa que lhe acontecesse, o fuzilamento do presidente. Ordens diligentemente cumpridas pelos seus subordinados. 

O ex-presidente deixou um pesado passivo contraído nesses dez anos que roubou à cova, a acumular à factura da sua vida anterior.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Diplomatas frustrados


No contexto da JA habitual estupidez como voz do dono, o diário oficial confessa que a diplomacia angolana anda frustrada com a gestão do dossier "Guiné-Bissau". Como burros que são, aldrabam a data da proclamação unilateral de 1973 para 1974, e aproveitam para chorar a MISSANG, num artigo sem qualquer conteúdo... alguém lembre aos senhores que não falavam assim, quando estavam todos borradinhos para evacuar as tartarugas, e lhes explique que devem a independência à Guiné-Bissau. E mais, que se estão muito felizes a comemorar os 45 aninhos da vossa independência, a Guiné-Bissau já lá vão dois meses que comemorou os 47, por isso respeitinho pelos mais velhos, suas reles cópias ranhosas. História muito, muito trágica é a do MPLA, que desde a independência passou metade do tempo em guerra, a outra metade a roubar, e que atira sistematicamente aos crocodilos os jovens mais habilitados para tomarem conta dos destinos do país. Era dessa "comemoração" que deviam falar, daquilo que se passou ontem em Luanda. Têm cá uma moral para andarem para aí a pregar boa governança... Será necessário clarificar o significado psicanalítico desse injustificado complexo de superioridade? Que raio de credibilidade pode ter o elefante basofo a fazer peito à pobre da formiguinha? E se a formiga é rabiga, lhe salta em cima e lhe fura a barriga?

Já o império português morreu a queixar-se disso... Tristemente, o primeiro tuga a chegar à actual Guiné-Bissau, foi também a primeira vítima da guerra colonial.

O cu do saco à vista desarmada

UFDG emite comunicado denunciando a prisão de quadros do seu partido sob acusações fúteis e acusando a procuradoria de justiça de funcionar a duas velocidades, uma vez que ainda não deu entrada qualquer processo relacionado com as mortes em contexto pós-eleitoral. A justiça, caída inteiramente sob a alçada de Alpha Condé e cada vez mais desacreditada, coloca bem em evidência o beco sem saída, cul-de-sac em francês, no qual se enfiou o regime, sem contra-poderes para refrear a ganância de poder do ditador. O principal mérito do comunicado é contudo mostrar que Cellou continua vivo e, mais que isso, com a moral elevada: galvanizado mesmo, que é a chave do referido comunicado. Já a melhor tradução para francês de "ter o saco cheio" é ras-le-bol, consequência mediata do cul-de-sac.

Erro de cálculo

A China, que subjaz ao consórcio para a exploração do ferro guineense, deve acautelar como de duvidoso efeito ou cobrança, qualquer adiantamento ao usurpador Alpha Condé, por conta do elefante branco parido hoje.

Afinal, feijão tem toucinho!

Ataque ao mercado

As forças de segurança ao serviço do usurpador Alpha Condé lançaram um ataque a gás lacrimogénio, por volta do meio-dia, ao centro comercial de Kindia, gerando a confusão no mercado. Continua assim a perseguição sem vergonha àqueles que apoiam Cellou, não só no campo político, como empresarial. Fumegar um mercado africano, utilizando uma arma química de forma agressiva na presença de mulheres e crianças, é apenas mais uma barbaridade a imputar ao genocida em sede do Tribunal Penal Internacional. Compreende-se melhor assim a lei que fez passar no ano passado, instituindo o Direito do Assassinato legal, da qual muita gente desconfiou para que serviria... Disparar perante uma ameaça iminente é uma coisa, sobre qualquer "obstáculo", é outra. Os Direitos Humanos não passam aparentemente de papel higiénico, para limpar o rabo ao ditador.

PS Os empresários já responderam à iniciativa desesperada de Alpha Condé, negando-se a pagar os novos impostos que devem servir para os extorquir ainda mais, lembrando que são as próprias milícias de Alpha que lhes têm andado a assaltar as lojas, recusando-se o Estado a indemnizar os prejuízos, concluindo pelo apoio à desobediência civil. Neste contexto, o Tribunal da CEDEAO veio hoje afirmar a sua soberania, condenando o Estado guineense, já sob a presidência de Alpha Condé, a indemnizar vítimas de acontecimentos semelhantes em 2012. Aumentam os sinais pressagiando um vento de mudança...

Nova tendência geo-estratégica

Depois de os americanos se terem arrepiado com África, assombrados pelo fantasma de Mogadíscio, parece ser a Europa a seguir o mesmo caminho. Não estando dispostos a envolver-se para além de um certo ponto, ou seja, militarmente, descartam a solução de eventuais problemas para as instâncias regionais, e mantém uma insuportável conivência com o status quo, irritando muita gente na África ocidental. No esquema, é sobretudo o papel de França que está em causa. 

Neste contexto, realce-se uma notícia que só aparentemente nada tem a ver: a Nigéria, que sempre se recusou a aderir à moeda comum continental ou sub-regional, acaba de decidir inverter a sua política, assinando a adesão e equacionando a abertura de fronteiras, fechadas há mais de um ano para estimular a produtividade nacional. Uma leitura possível é que Buhari se decidiu a dar um grande boost na CEDEAO, tirando proveito da extrema fraqueza que França está a revelar no processo em curso. Boa!

BOA base operacional avançada em Port Bouët, controlando o aeroporto e o porto de Abidjan, com cerca de mil militares, a qual, segundo os franceses:

- en mesure de soutenir les opérations dans la zone en facilitant les mouvements des forces;

- forment un réservoir de forces rapidement projetables en cas de crise dans la sous-région.

A testa de ponte do neo-colonialismo, preço que Ouattara pagou pelo apoio ao assalto eleitoral, perde assim qualquer justificação para a sua manutenção no terreno. A caminho de uma afirmação africana de boa governança?

Prazer mórbido

Uma semana antes das eleições, Ouattara declarava ao Le Monde que concorria contra a sua própria vontade, para salvar a Costa do Marfim. "Je me présente contre ma volonté, ce n’est pas un plaisir." A verdade é que essa "missão" que se impôs está a ter resultados macabros, largamente subestimados pelo governo, mas que já se elevam "oficialmente" a quase uma centena de mortos, duas centenas de presos, meio milhar de feridos, já para não falar dos dez milhares de refugiados. Sera que celà ne suffit pas à l'éveil de la CEDEAO?  Ou será que a tragédia ainda vai no adro? 


A verdade é que Ouattara também prometera a Macron não concorrer ao terceiro mandato, como lembra o Vice-Presidente do Senado francês, que trata as eleições de palhaçada... "le président sortant, Alassane Ouattara, s’arroge le droit de se présenter à un troisième mandat contraire à cette constitution et à ses propres engagements de ne pas se présenter à un troisième mandat, qu’Emmanuel Macron avait salué. S’ensuit une mascarade électorale dont la Mission internationale d’observation électorale (MIOE) dira qu’il s’agit d’un scrutin « non inclusif et boycotté qui laisse un pays fracturé ».

Prova dos nove

Feitas simples contas de somar, constata-se que Ouattara não tem os mais de 3 milhões de votos anunciados: recorrendo aos próprios dados da CEI, o vício fica ao alcance de alguém que saiba utilizar a calculadora do telemóvel para somar as parcelas regionais. Tal como aconteceu na Guiné, em que a fraude deixou o rabo de fora, os aprendizes de ditador nem conseguem perfazer um simples total. Se já nem enganar são capazes, será que ainda julgam ter condições objectivas para governar? Que esperar? 

Noves fora nada.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

CEDEAO discréditée par mauvais castings

Cresce a pressão sobre a organização sub-regional, para uma tomada de posição de fundo na questão da Guiné e da Costa do Marfim.

Presidente Bedié estende a mão a Ouattara

Para evitar mais mortes, que se seguiriam à humilhação do ditador, o Presidente do CNT entrou em conversações com o usurpador, no sentido de libertar os membros do Conselho ilegalmente presos. Contudo, a escolha do local para o encontro, o célebre Hotel du Golf, apesar de representar simbolicamente a união entre os dois, exclui Gbabo, significando que Ouattara aposta em dividir a oposição, para conseguir recuperar as rédeas do poder.

PS Ouattara viola logo o 1º artigo do Protocolo sobre a Democracia e a Boa Governança A/SP1/12/01, cuja última alínea institui que "Tout ancien Chef d’Etat bénéficie d’un statut spécial incluant la liberté de circulation". 

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Amanhã de manhã, em Abidjan

Guillaume Soro, visivelmente emocionado e a caminho de Haia com provas contundentes contra o usurpador, agenda o assalto final ao Palácio presidencial, lembrando os exemplos do povo burkinabê e maliano.

Genocidas ao TPI !

Ouattara dá passo fatal na repressão: enquanto fontes oficiais falam em 3 mortos e 26 feridos, circula já lista oficiosa dos nomes de 34 dos 37 mortos recenseados na cidade de Mbatto, vítimas de uma expedição punitiva contra o bloqueio decretado pela autoridade legítima da Costa do Marfim, o CNT, na sequência da vacatura do poder. 

Patentes os inequívocos métodos genocidários, torna-se de imediata aplicação o Acto Adicional A/SP.13/02/12 de 2012 ao Protocolo sobre a Democracia e a Boa Governança, o qual lembra que 

"a CEDEAO dotou as suas instituições políticas e judiciárias da capacidade de fazer respeitar e de aplicar as decisões dos órgãos supranacionais", 

e estipula na alínea v) do ponto 2 do artigo 2º 

"o interdito sobre a adopção de medidas e atitudes contrárias à governança democrática e ao respeito pelo Estado de Direito ou susceptíveis de constituir seja uma ameaça grave à paz e à segurança regional, sejam violações graves e massivas dos direitos humanos, passíveis de despoletar um desastre humanitário", 

o que sujeita a Costa do Marfim, por reunir ambas as condições das quais uma bastaria, à suspensão imediata prevista como sanção política, na alínea viii) do artigo 6º, e a convocação, com carácter de urgência, de uma cimeira de Chefes de Estado, sem a presença do usurpador e genocida, para lhe traçar o destino.

Fizemos breve resumo da legislação CEDEAO aplicável neste contexto:

O Protocolo sobre a Democracia e a Boa Governança A/SP1/12/01, de 2001, estabelece 

Article 1

c) Tout changement anti-constitutionnel est interdit de même que tout mode non démocratique d’accession ou de maintien au pouvoir.

Article 45

1. En cas de rupture de la Démocratie par quelque procédé que ce soit et en cas de violation massive des Droits de la Personne dans un Etat membre, la CEDEAO peut prononcer à l’encontre de l’Etat concerné des sanctions.
2. Lesdites sanctions à prendre par la Conférence des Chefs d’Etat et de Gouvernement peuvent aller jusqu’à la Suspension de l’Etat membre concerné dans toutes les Instances de la CEDEAO ;

Este protocolo, entronca por sua vez num outro Protocolo de 1999:

Protocole relatif au Mécanisme de Prévention, de Gestion, de Règlement des Conflits, de Maintien de la Paix et de la Sécurité, 

“Etat membre en crise”: un Etat membre confronté à un conflit armé, mais aussi tout Etat membre se heurtant à des problèmes graves et persistants, ou se trouvant plongé dans une situation de tension extrême pouvant entraîner des risques importants de désastre humanitaire ou des menaces à la paix et à la sécurité dans la sous-région.

Article 3 

h) la constitution et le déploiement, chaque fois que de besoin, d’une force civile et militaire pour maintenir ou rétablir La paix dans la sous région;

Article 5 : Composition et sessions de la Conférence 

1. La Conférence se compose des Chefs d’Etat et de Gouvernement des Etats membres. 
2. La Conférence se réunit aussi souvent que nécessaire. 

Article 6 : Fonctions 

1. La Conférence est la plus haute instance de décision. 
2. Elle est habilitée à prendre toute décision dans le cadre des questions se rapportant à la prévention, à la gestion et au règlement des conflits, au maintien de la paix et de la sécurité, à l’assistance humanitaire.

CHAPITRE V - MISE EN OEUVRE DU MÉCANISME 

Article 25 : Conditions de mise en œuvre 

Le Mécanisme est mis en œuvre dans l’une des conditions ci-après: 

c) En cas de conflit interne qui; 
    i) menace de déclencher un désastre humanitaire; 
    ii) constitue une menace grave à la paix et à la sécurité dans la sous région; 
d) En cas de violations graves et massives des droits de l’Homme.

PS Uma maioria de dois terços, ou seja de dez países, é suficiente para accionar o mecanismo. Pode considerar-se condenado, contando com o voto contra de Faure Gnassingbé do Togo e de Alpha Condé da Guiné, vote ou não o interessado, e mesmo que arranje mais dois eventuais aliados. Trata-se de uma questão de vontade política, neste caso perfeitamente justificada, ao contrário das sanções a Bissau, cujo objectivo era precisamente servir como diversão para encobrir as manobras de engenharia constitucional que estão na origem deste triste caso.

Alto Comissariado já fala de êxodo

Forte afluxo de refugiados marfinenses, com parcos haveres e pouco ou nenhum dinheiro, sobretudo em direcção à Libéria. Com a insurreição em curso e a guerra civil em incubação, o Alto Comissariado da ONU está a olear uma logística com base no Dubai que pode vir a carecer de um forte incremento. Pelos vistos Ouattara não estudou bem o precedente Alpha Condé, o qual mandou encerrar todas as fronteiras, sequestrando os seus concidadãos e interrompendo o comércio, em flagrante violação dos termos do tratado da CEDEAO. Ambos se tornaram numa clara ameaça para a segurança e a estabilidade da região.

Brou...illonnement condamnable

Jean-Claude se dépêche de reconnaître Alpha et Ouattara. Cette configuration de la Commission, mise au point exprès pour tolérer les troisièmes mandats, est morte et se rendra responsable de la faillite politique de la CEDEAO, à moins que des fortes mesures soient prises à l'égard des usurpateurs au cours du prochain sommet de Chefs d'État, notament la suspension de ces deux états paria, l'imposition d'une médiation régionale assortie d'evéntuelles sanctions envers les responsables, et, à la limite, l'envoi de forces de rétablissement de la paix.

Democracia para pretos

Torna-se absolutamente imprescindível denunciar a privatização do poder em África, através da banalização da presúria sobre este exercida, a qual se esforça por desvalorizar e deslegitimar os saberes autóctones, as forças da oposição e o seu activismo no terreno, apontando-lhes incompetência política e uma suposta menoridade intelectual. Os regimes morbidamente obcecados pela sua obscena imortalidade tornam-se fatalmente prisioneiros da própria lógica de extrema militarização e traumatizante exigência de obediência cega, conduzindo as suas populações a verdadeiros becos sem saída. O paternalismo e indiferença com que muitos países, que se têm por democráticos, acolhem as maiores barbaridades com a simples normalidade do "business as usual", evidenciam à exaustão que estão plenamente convencidos da existência de dois tipos inteiramente diferentes de democracia. 

Sissoko pacienta pela maré

Não há estados pequenos senão no tamanho. O Presidente da Guiné-Bissau anuncia publicamente à VOA que não há parabéns para ninguém nestas circunstâncias: os assuntos da Guiné Conacri e Costa do Marfim serão tratados em fórum próprio da Comunidade sub-regional. 

Os povos de ambos os países depositam grandes esperanças não só na posição da Guiné-Bissau, mas também do Burkina Faso, que se livrou há não muito tempo nas ruas do seu eterno candidato, do Mali, que despediu um presidente detestado, do Níger, cujo Presidente foi elogiado por Paris2 por estar do lado certo da história, do Senegal, de Cabo Verde, da Gâmbia e mais países anglófonos, à cabeça dos quais a Nigéria, que representa por ela só mais de metade da população e do PIB de toda a Comunidade. Este é sem dúvida um momento crítico para a CEDEAO, a qual ou se afirma como organização, ou morre ingloriamente na praia. Se não resolverem definitiva e categoricamente este assunto, não vale a pena vir depois a ONU tentar impingir historietas de boa governança...

Note-se que a aparente normalização diplomática em curso nestes dois estados paria, pela apresentação de felicitações ou de credenciais de novos embaixadores, conta com Angola, certos países europeus, China e Rússia até, mas faltam os países da África ocidental. 

Soro e Gbabo fazem campanha na Europa junto dos deputados europeus... Se os usurpadores julgam a partida ganha e que o jogo acabou, arriscam-se a ter uma má surpresa na próxima cimeira de Chefes de Estado, avec le fiston enfonçant le doigt dans la plaie des vieilleries. 

Esta postura corajosa, alça a Guiné-Bissau à liderança de um processo histórico, tendo um sabor especial, em relação à mediação facciosa que Alpha Condé conduziu e às sanções que conseguiu impor com o apoio de Ouattara, supostamente com base no protocolo da boa governança.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Escorraçar as carraças

Na sequência de uma eleição normal, vem o "estado de graça". Na Guiné e Costa do Marfim, a anormalidade da eleição promovida pelas carraças do poder Condé e Ouattara gerou um autêntico ESTADO DE DESGRAÇA. 

Bloqueio por bloqueio

Ouattara objecto da aplicação da lei de Talião. Olho por olho, dente por dente. Como reacção ao bloqueio domiciliário dos líderes da oposição, os principais eixos rodoviários que servem Abidjan foram interrompidos, com destaque para a auto-estrada do Norte. Entretanto, os preços dos bens de primeira necessidade mais que duplicaram no mercado de Abidjan, antecipando prováveis dificuldades de reabastecimento. Em vários pontos do país, como em Ellibou, a desobstrução das barragens resultou em mortes de civis. Cidades inteiras em desobediência civil, como Katiola

sábado, 7 de novembro de 2020

Dernier Dimanche à Abidjan

Paniqué jusqu'aux couilles, selon une activiste, l'usurpateur donne des signes de faiblesse, en faisant arrêter les liders de l'opposition. L'appui de Macron, dont Ouattara se vante, ne vaux plus qu'un ticket d'évacuation, qu'il ferait bien d'accepter à bref délai. Après la démarche du pouvoir traditionnel, les actes de desobéissance civile vont se répandre lundi et généralizer à toute l'administration publique finissant, tôt ou tard, par montrer que l'on ne peut pas tromper le peuple à vie. Le comptage du coté de l'armée risque d'être bien moins favorable au pseudo-candidat que la foutaise électorale. 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Paris a duas vozes

Paris continua com a sua política de pau de dois bicos, pretendendo jogar em todos os tabuleiros. Assim, enquanto Macron renega Soro devido às suas declarações públicas amotinando o exército, sinalizando o seu abandono tempestivo do território francês e enviando novo embaixador entregar ao usurpador suas credenciais, o Ministro dos Negócios Estrangeiros francês desloca-se ao Níger para elogiar o presidente que não concorreu ao terceiro mandato. Seria melhor que atirassem moeda ao ar e decidissem de vez. Cara ou coroa.

Estado zombie

Na Guiné, o usurpador Alpha Condé finge que governa, presidindo a um Conselho de Ministros com pouco mais de metade dos seus constituintes, com muitos ministros na Europa para "tratamento médico", que o ex-presidente pretende "moralisar". A leitura do respectivo comunicado é edificante, destacando-se a agonia financeira perante o FMI e alguns delírios como um projecto estatal de construção de fornos de pão comunitários nos bairros. A perseguição aos padeiros é apenas a ponta do iceberg da guerra declarada por Alpha Condé aos comerciantes, que acusa de partidários de Cellou. Alguém explique ao ex-presidente que é o próprio responsável pela falta de comida, ao não garantir segurança para abrir as portas do comércio e que só a sua partida pode resolver a situação. Não queira desafiar a fome do seu povo. Resta-lhe reconverter a tropa em padeiros, pondo-a a fazer e a distribuir pão. Na polícia, começa-se a perder a paciência para esta situação, não se estão a ver a fazer horas extraordinárias para sempre. No plano diplomático, passadas quase duas semanas do anúncio dos resultados, não recebeu ainda felicitações por parte de nenhum homólogo, situação caricata e nunca vista. Igualmente inédito é o apelo da ex-primeira dama à juventude, armada em mãezinha do povo, enquanto Alpha faz post de diversão no FaceBook que está a enfurecer os guineenses.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Jeune Afrique rompt le jeûne

Macron, deixa cair o trunfo e apela, através do seu protegido, ao exército marfinense para agir, deixando Ouattara a soro. O guião está traçado: à ditadura, segue-se a vacatura, depois a investidura do CNT. 

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Impasse ou compasso de espera?

Desenlace suspenso na República da Guiné e na Costa do Marfim, com os presidentes entrincheirados nos respectivos palácios e seus adversários cercados ou cerceados. A favor de quem joga o passar do tempo? 

Estado de insurreição II

Na Costa do Marfim, cópia chapada daquilo que aconteceu na Guiné: terceiros mandatos ilegais, assentes em alterações à Constituição, fraudes eleitorais maciças, repressão sangrenta, confinamento da oposição.


Regra geral, o povo tem mais tempo e paciência que os ditadores...

Em Conacri, um Alpha Condé reconvertido em administrador de cemitério governa agora um país de cidades desertas.

Allassane Ouattara, que deixou de controlar o território, pressiona Paris, ameaçando boicotar os produtos franceses.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Ouattara derrotado

O ex-presidente e candidato a usurpador já terá compreendido a amplitude da sua derrota. A ponto de estar a tentar negociar com as instâncias internacionais o abandono do poder, contra garantias de imunidade "presidencial" que os marfinenses, muito provavelmente, não estarão dispostos a conceder-lhe.

Há mesmo quem defenda como táctica usar simplesmente de paciência, recorrendo à desobediência civil, para acabar o serviço, evitando assim mais mortos, mais prejuízos, mais instabilidade futura. Nem sequer é já preciso ir para a rua desafiar o poder moribundo, pois este cairá inevitavelmente de podre.

PS Não tardará que as forças de defesa e segurança passem tranquilamente a obedecer ao CNT.

Faute d'y voir

Contrastando com uma postura francesa dúbia, denunciada pela promiscuidade com o ditador deposto de alguns dos seus jornalistas (mesmo se Macron já percebeu que o melhor é não se envolver mais e apostar noutro cavalo, que mantém a soro), o Reino Unido desmascarou o usurpador e suas farsas propagandísticas, negando legitimidade às pseudo-eleições. 

La France, se prépare à intervenir militairement en défense de ses interêts, sans oposition d'une des'UE desuette, de l'OTAN, ou mandat de l'ONU, ce que risque de l'enfoncer davantage dans le bourbier CEDEAO, oú elle est dejà tenue pour responsable des ataques djihadistes au Mali et au Burkina Faso. Ouah, ouah taré! tu penses dejà à copier Alpha Condé, en coupant l'Orange! 

Guerra civil na CEDEAO?

Na Costa do Marfim, após a paródia eleitoral, a plataforma de oposição proclamou ao início da noite o fim do mandato de Alassane Ouattara, conferindo posse ao CNT, Conselho Nacional de Transição, chefiado por Henri Konan Bedié, o qual deverá formar Governo nas próximas horas. A casa do novo Chefe de Estado, bem como de vários outros destacados membros da oposição, foi atacada à mão armada imediatamente após essa tomada de posição pública, numa demonstração de força desproporcional que obviamente prejudica a posição do regime agonizante.

Os fortes são serenos, não precisam de queimar aldeias inteiras... Ao fim da tarde, uma coluna de três viaturas governamentais tinha sido travada por barragens de jovens, que furaram os pneus e incendiaram as viaturas. Informada pelo precedente na Guiné Conacri, a oposição marfinense decidiu queimar também etapas. O CNT, já rotulado de provocação por Ouattara, vai provocar uma inevitável divisão da classe castrense. Quanto ao TPI, que acaba de inocentar Gbabo, ou seja de condenar a França, pode começar a instruir o processo do criminoso, para ocupar a mesma cela.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

O tarado do Ouattara

Ouattara ultima os seus resultados soviéticos, rondando os 100%, baseado numa taxa de participação de 10%, com 23% das assembleias de voto que nem sequer abriram devido a ameaças a delegados, vandalização do material ou instalações, etc.

Há registo de suspeitas de enchimento de urnas, voto de pessoas não constantes nos cadernos, entre múltiplos outros incidentes. O que levou o Instituto para a Democracia Sustentável em África a denunciar os resultados eleitorais, ainda antes de anunciados.

Vários candidatos tinham já anunciado o boicote ao voto, para além daqueles que nem sequer reconheciam a legitimidade das eleições. Apesar de em Paris por enquanto se suspirar de alívio, os fazendeiros de cacau estão a abandonar as plantações.

A oposição reclama a proclamação do fim do regime, através do empossamento de uma comissão de transição, com os franceses assustados temendo uma crise pós-eleitoral de magnitude superior à do ano de 2010, durante a qual morreram mais de 3000 pessoas.

domingo, 1 de novembro de 2020

Diz o roto para o nu

Jlo ultrapassado em todos os campos e a rebentar pelas costuras, recorre às velhas fórmulas de diabolização da UNITA. PAIGC caído em desgraça vem em socorro de um MPLA que soçobra. DSP aproveita para criticar manifestações populares em Angola. 

Os manos estão fartos da brigada canina que os kotchongo trazem pela trela e de ser mordidos na canela, por isso decidiram levar os rafeiros pelo cordel...

Adivinha: que está DSP a fazer? 

1. A tirar cera do ouvido

2. A coçar a orelha

3. A fazer um gesto simbolizando o suicídio dos partidos históricos nos PALOP

PS Estou a imaginar, Amílcar Cabral, defensor da luta armada e que sugeria à burguesia o suicídio, desesperado às voltas no túmulo, a gritar para darem uma arma ao homem, a ver se o libertam do peso histórico em relação ao programa máximo!