sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Esclarecimento

Publico, a pedido do autor, um comentário em resposta a uma carapuça que, embora não me fosse destinada, também me serve.

«Dizer aos "amigos" da Guiné-Bissau que se julgam mais guineenses do que os próprios guineenses, de que, por mais anos que tenham estado ou estejam na Guiné-Bissau, jamais serão mais guineenses do que os próprios guineenses»

«Venho constatando através de comentários nalguns espaços virtuais que há uns poucos "amigos" da Guiné-Bissau que se querem posicionar acima dos próprios guineenses (...) por mais que um português, nascido em Portugal, por exemplo, queira ser guineense, ou se "assuma" como guineense, jamais será mais (ou tão) guineense que um guineense nascido na Guiné-Bissau...» Didinho.

Pretendo fazer um comentário ao texto atrás transcrito!

1- O texto atrás referido tem como único destinatário a minha pessoa, Marcelo Marques, e reconheço que na verdade por muito que não concorde, acabou por ter o resultado pretendido pelo Sr Fernando Casimiro, ou seja o de me calar. Não entendo as suas razões para além de como Guineense que é poder odiar outros Guineenses, e falo de Carlos Gomes Junior e Raimundo Pereira, enquanto eu pelo facto de não ser, conseguir respeitar todas as tendências. Respeitar não significa aceitar, mas criticar também não é o mesmo que insultar e demonstrar ódios mal contidos.

2- Vivi de facto alguns anos na Guiné-Bissau, mais propriamente de 2008 a finais de 2012. Fui para lá com o objectivo de ganhar dinheiro de uma forma honesta, presumo que não seja crime, não ganhei, pelo contrário, mas em contrapartida, ganhei afectos, respeito, carinho e amor. Aprendi a gostar de um povo e de um país. Insultarem-me por isso é ridículo, mas quando se colocam de um dos lados, (que não o meu) interesses políticos ou materiais, acabo por entender.

3- Porque a Guiné-Bissau para mim não é um jogo de interesses mas uma paixão imensa, eu preferi recuar para não me colocar ao mesmo nível. Amo a Guiné-Bissau, como amo Portugal, a terra onde nasci, e quase sempre vivi, uso as redes sociais para falar, discutir, ouvir e aprender. Não apago nomes do facebook porque não comungam dos meus ideais, pelo contrário, quando se gosta de algo é na conjugação das ideias que se encontram soluções. A questão é que existem pessoas como o Sr Fernando Casimiro que interiorizaram o princípio de quem são a solução, e não a parte dela! Pelo que tenho lido dele, não me parece, olhando aliás para a realidade Guineense que ele tanto defendeu e defende ainda mais certo me parece.

4- Não pretendo por isso voltar a comentar aqui nada relacionado com um assunto que me é demasiado querido, e por vezes me tolda o discernimento.

Marcelo Marques

9 comentários:

7ze disse...

Marcelo:

Pela parte que me toca, obrigado pelo esclarecimento, se bem que também possa enfiar a carapuça. Embora acredite que, se não sou guineense, gosto de me sentir especial, tal como acredito que o seu amor pela Guiné também é genuíno, fazendo de si uma pessoa especial.

No tocante ao Didinho,

1) não compreendo porque afirma que este actua por ódio ao Cadogo. O Didinho pode ter algumas inimizades, mas não é pessoa de alimentar ódios. Dá o seu contributo e solta o que lhe vai na alma, sempre com esforço de moderação, conhecendo as suas responsabilidades, como líder de opinião, junto de muitos guineenses;

2) quanto a «ser» a solução, julgo que é uma boa proposta (como aliás já defendi aqui, naquela brincadeira do PN), embora também julgue que ainda não está pronto para o assumir, sinceramente farei o que puder para o tentar convencer a tomar uma atitude verdadeiramente «política»

Um abraço

Anónimo disse...

Sr. 7ze, o sr. tem a destinta lata de afirmar que o seu protegido não é pessoa de alimentar ódios? O sr. quer a lista de cidadãos Guineenses que foram insultados, ultrajados, vilipendiados etc. pelo seu protegido ao longo desses anos todos? É só manifestar que publico aqui a longa lista a começar pelo falecido Hélder Proença…
O seu protegido só se sente à vontade quando destila ataques pessoais.

7ze disse...

Helder Proença, que, como Nino Vieira, ou Baciro Dabó, eram uns santos!

Uma coisa é chamar os bois pelos nomes, outra são insultos vazios e odiosos.

Se discordava das atitudes dos políticos, sempre respeitou as funções.

Desafio-o, realmente, a transcrever os «textos» em que se baseia para isso.

Anónimo disse...

Meu caro 7ze,como sabe que as pessoas malvads nao perdem o tempo em procura de armas que possa distruir os mais bons,neste caso a unica coisa que deve fzer é reforçar ainda mais a tua força e contribuiçao que esta fazendo agora é muito importante para o nosso paìs,MUITO OBRIGADO...tbem quero dizer que aquele comentario de mano Didinho,nao foi endereçado a um verdadeiro amigo de G.Bissau como senhor,foi direcionado para aqueles PT.que assossiam com guineenses criminosos em beneficio dos seus interesses.

UM ABRAçO FORTE...FIVE.

7ze disse...

Obrigado, 5!

Quanto aos outros comentários que acabam de ser apagados:
já avisei por mais de uma vez que não tolerarei acusações sem fundamento, seja a mim ou a outras pessoas.

O desafio que foi lançado, foi o de justificarem, com base em textos publicados pelo Didinho, o seu «ódio» às pessoas que consideram visadas. Não vale a pena continuarem, se não fizerem o esforço de encontrar essas citações. Disponível em didinho.org

Mantenhas

Anónimo disse...

Censura, Cobardia e falta de argumentos: Emplastro.

7ze disse...

Todos os comentários censurados o foram por insultar alguém, que não se espera que aqui venha para se defender.

Em especial, por deferência incondicional, não tolerarei qualquer menção depreciativa a Xanana Gusmão.

7ze disse...

Engraçado e, de certa forma, revelador: o visado, o Didinho, encontrou uma citação que parece consentânea com o sentimento em análise: ódio... um «tiro na nuca» não pode propriamente ser entendido como amor. Embora muitas vezes queira acreditar que o Aly apenas o diz da boca para fora... No fundo, continua a respeitar o Didinho, mas o desespero associado a algumas opções erradas, desviaram-no do bom caminho.

Se uns só o dizem da boca para fora, já o Didinho nos tem habituado a uma postura de seriedade e sobriedade, sendo este um bom exemplo, em como aceita jogar as regras do jogo, coisa que aqueles de que o acusavam pelos vistos não são capazes.

Com FAIR PLAY

Ndji Assanam disse...

Porra, pá! Porque tanto falas do Didinho! Ainda acreditas que ele vai ser o primeiro ministro e te arranjar um curu de cooperanti assessor para assuntos aleatórios?