sábado, 27 de fevereiro de 2021

Revisionismo histórico made in Guiné-Bissau

Quando o PAIGC tomou Bissau, apressou-se a remover estátuas que simbolizavam o colonialismo. O pequeno forte de Cacheu serve hoje de depósito a esse "lixo" maltratado. O mais interessante é que a revolucionária popular Maria da Fonte constituiu excepção a essa fúria, tendo incrivelmente resistido a todas as tentativas feitas nesse sentido (para a qual chegou a ser utilizado potente carro de combate de origem soviética), continuando actualmente a dominar, do alto da sua imponência, a Praça dos Combatentes da Liberdade da Pátria. A praça quê?


Quem perguntar em Bissau pela toponímia oficial, vai continuar às aranhas. É que, passado meio século, o povo continua a referir-se-lhe como Praça do Império, aliás, simplesmente Império, local mais icónico da jovem república, onde se situa o palácio presidencial, e para onde aflui em massa a população em dias de festa, ou simplesmente ao Domingo, para passar um bom bocado ou degustar um gelado. A recente requalificação do jardim central colocou em relevo, quando vista do ar, graças às fotografias de drones, a cruz de Cristo original.


Maria da Fonte liderou uma revolta popular contra os desmandos "liberais" (derrotada a custo pelo Marechal Saldanha), cujos líderes, incluindo o famoso Zé do Telhado, perdida a causa, acabaram por se refugiar em Santarém, na Real e Insigne Colegiada da Santa Maria da Alcáçova. Curioso é que Passos Manuel, do partido que se lhe opôs, se tenha instalado precisamente nas traseiras, em espaço adquirido a essa multisecular instituição. A história tem destas coisas. Nem sempre aqueles que por ela são derrotados saem pela porta pequena.


Contemporâneo de Maria da Fonte, era Honório Barreto, governador preto da Guiné que fazia muita complicação aos diplomatas europeus, especialmente aos franceses, os quais, no seu racismo estrutural, viam nele um perigo para o espírito da ordem colonial que pretendiam impor no continente. Um preto a comandar brancos? Honório Barreto, tal como Marcelino da Mata, sentia-se orgulhosamente português, e o seu patriotismo fazia corar de vergonha muitos portugueses de gema. A Praça Che Guevara, onde assentava a sua estátua, foi esventrada...

(à procura de uma mítica canoa identitária que os portugueses lá teriam escondido; da sua estátua, sobra a parte superior)


À fúria revisionista, tinha escapado a estátua do Presidente norte-americano Grant, não só por ser estrangeiro, mas por estar situada na mais periférica Bolama. Grant merecera a lembrança por ter servido de mediador entre Portugal e Inglaterra, pela posse das Bijagós. Contudo, também essa viria a ser desmantelada e cortada às postas, mais tarde, num outro contexto. A polícia judiciária viria a encontrá-la no jardim de um saudosista português, grande amigo do Presidente Nino Vieira (e da Guiné), marinheiro e combatente tuga na guerra colonial...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Memórias

"Após o 25 de abril, foram estabelecidos acordos com o PAIGC para a transferência dos poderes territoriais. Em Bissau, antes da independência, só pontualmente se via pessoal do PAIGC, nomeadamente à noite no edifício dos CTT. As coisas foram sendo feitas gradualmente e com grande discrição até à independência da Guiné-Bissau que, creio, se processou a 10 de setembro de 1974. Regressei à Metrópole, evacuado, no dia 5 de setembro de 1974 e a minha companhia no dia seguinte. Nos meses que passei em Bissau, depois do 25 de abril e antes do regresso, assisti a várias manifestações da população, a propósito de tudo e de mais alguma coisa, que normalmente decorriam sob um manto de preocupação ou tristeza o que colidia com o que devia ser a alegria de um povo acabado de ser libertado. As pessoas acomodavam-se de pé, em camionetas de caixa aberta, deslocando-se em marcha lenta, e recitavam uma ladaínha qualquer que não entendia, estando ausente aquela alegria espontânea própria do povo africano, mais parecendo um velório. Na minha opinião, este comportamento indiciava a consciência de que o caminho da liberdade tinha muitos perigos e incertezas."


José João Domingos, in Tabanca Grande

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Promoção por mérito

Magda Robalo foi promovida pela Lusa a Alta Comissária da ONU, uma vez que consegue fazer crescer a curva covid, graças à aplicação intensiva de testes. Insatisfeita com o pequeno número de bijagós aderentes à campanha, decidiu fazer promoção, testando a mesma pessoa, dia sim, dia não. Espera assim que subam em flecha, graças a esta inteligente medida, as estatísticas de testados, casos activos e recuperados, justificando a gravidade que atribui sentido à sua existência.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Dois testes e dois resultados

O doutor Aladje Baldé, da Universidade Piaget acaba de colocar em causa a fiabilidade dos testes Covid, ao mais alto nível e de forma publicamente documentada, confirmando uma possibilidade avançada por este blog, na altura muito criticada por certas pessoas.

Será que se trata de um algoritmo malmequer? Bem me quer no dia seguinte? Dos três testes divulgados (só pode ter sido pela própria, de outra forma seria crime), nem nos vamos pronunciar sobre o segundo, sem qualquer credibilidade. Detação de RNA? Ok...

Se a senhora em questão recebeu um resultado positivo, não deveria auto-confinar-se para minimizar os riscos de contaminação alheia? Que falta de responsabilidade social, mesmo num país onde a transmissão se tem vindo a revelar quase impossível. 

Segundo a versão divulgada, quer fazer acreditar que no dia seguinte fez planos para viajar para a Nigéria! Isto apesar de a primeira versão do teste já referir "viajante aéreo". Qualquer coisa não bate certo. Mais depressa se apanha uma mentirosa que uma coxa...

Mas voltando ao que nos interessa. Será um falso positivo, ou um positivo falso? Com tanto stress Covid, a mera probabilidade, por ínfima que fosse, de a referida senhora ser realmente portadora do vírus, não deveria ser suficientemente assustadora?

O que não se percebe é como a senhora não sofreu outras consequências, para além de ter sido impedida de viajar. Será que apresentou no aeroporto os três testes que deu agora à luz? Ou optou pelo critério do mais recente, dois dias depois do outro?

A senhora Amado (nome de solteira), aparentemente não deu à luz outra coisa senão a sua má fé, ao vir a público, em pleno nojo pela morte do Leopoldo, insinuar-se politicamente perseguida, sendo essa presunção extensível a quem lhe dá ouvidos.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Virgens traumatizadas

Ofendida pelo voto de pesar adoptado pela assembleia da república relativamente ao Tenente-Coronel Marcelino da Mata, a pseudo-inteligência do revisionismo histórico, confessa-se declaradamente traumatizada por ter sido desvirginada no sítio errado, compreendendo perfeitamente que se trata de um auto de acusação. Depois de anos em que reinaram na comunicação social, o seu confinamento à defesa fez-lhe estalar o verniz, mostrando a sua verdadeira face completamente obsessiva. O desmascarar do seu vazio ideológico, sob coberto de uma capa pretensamente científica, ficou igualmente bem patente, com as estúpidas e condenadas ao fracasso tentativas de contra-ataque, nas quais a sua frágil base ideológica de um racismo unidireccional foi inteira e extensamente exposta ao ridículo. O que talvez ainda não tenha percebido a ex-virgem é que, depois do que se passou, nada será como dantes, e que o seu estatuto passou a ser o de prostituta fora do prazo de validade (correndo assumidamente o risco, para efeitos insultuosos, de ofender as honestas profissionais do sexo, e fazendo lembrar o slogan do PREC "as putas ao poder, que os filhos já lá estão"). Nas redacções, confrontadas com as reacções, começa-se a perceber que o suposto unanimismo pretensamente progressista e insidiosamente provocatório, cujo expoente máximo encarnou no ícone, só cretino, de Fernanda Câncio, não só saiu de moda, não drenando já qualquer leitor, mas pelo contrário, afasta os poucos leitores e consumidores de televisão que ainda restam, a favor de propostas alternativas melhor alinhadas com as tendências mais razoáveis e socialmente críticas do miserável status quo reinante, agravado pela profunda crise socioeconómica pós-pandémica que se adivinha, estimuladas pelos novos meios distribuídos de comunicação, sinalizando o fim da era dos média de massa, pelo menos tal como os concebemos (e do qual o melhor exemplo foi a dissonante interrupção, mais de século e meio depois, do carácter diário das notícias do diário de notícias). As tentativas de reconstrução do hímen perdido, pela repetição goebbeliana dos mesmos argumentos mais que estafados, raiam o patético e mais não são que vulgares confissões da derrota anunciada. Assumida a ruptura, a mudança de paradigma será rápida, e as suas "vítimas" nem sequer passarão à história que renegam, sendo rapidamente esquecidas, como ranhoso epifenómeno de uma intrusiva mas obsoleta e indigente ideologia ressabiada. 

O expoente e prova concludente do condenável (e felizmente condenado) enviesamento daquilo que acabo de expor encarna epistologicamente à perfeição no título do semanário "de referência" Sol. O profundo voto de pesar não foi aprovado, como dizem, "por poucos votos", mas sim por maioria superior a quatro quintos! O que seria mais que suficiente para alterar a constituição! Que mau perder... contudo, a inversão já se sente, depois de a redacção perceber que só venderia a edição papel deste Sábado se fosse simpática para Marcelino na capa. Abençoado dinheirinho... talvez ajude, à esquerda, a perceber que o respeito e admiração que quase todos os seus camaradas "brancos de merda" (para o SOS Racismo) sentiam pelo "raio do preto" era genuíno e não um mero produto ideológico, como lhes querem fazer acreditar.

PS o mau perder traduz-se ainda pela censura de muitos comentários, na tentativa de enraiar a vaga de fundo, ou melhor o avassalador tsunami que varreu a sua praia... as virgens podiam ofender tudo e todos, usando indiscriminadamente do criminoso, colonialista, fascista, nazi e quejandos, mas ficam muito ofendidas na sua extrema susceptibilidade quando se lhes atiram meia dúzia de justificados epítetos, ou mesmo se lhes apontam verdades cruas, exercendo uma execrável censura, autênticos atentados à liberdade de expressão que dizem defender.

Outro cromo


Outro cromo para a caderneta dos demagogos em saldo. Francisco Louçã, no olho do furacão, debita a mesma hipocrisia que o seu alter ego Garcia queimado. Pensei em ignorá-lo simplesmente, devido à sua flagrante falta de originalidade. Mas, a pedido de várias famílias, vamos lá desmanchá-lo também.

Em declarações à SIC Notícias, defende que Marcelino optou por "lutar contra o seu país". Portanto está a sugerir que deve não só ser considerado como um estrangeiro em Portugal, porque "o seu país" é a Guiné-"Bissau", como um traidor ao seu povo. Bom. No contexto da descolonização, realmente a Guiné-Bissau foi a primeira província ultramarina a quem Portugal reconheceu a independência, numa cerimónia complicada, na qual o Presidente da República portuguesa negou apertar a mão ao representante do PAIGC chegado de Cabo Verde, ainda em 1974. Mas recuemos mais. Pode-se reconhecer como legítima a declaração uniteral, em 1973. Como também não serve, recuemos mais uma década: seria até possível assumir que, desde o assalto a Tite e o início da luta armada, já havia esse país, no estado potencial, desde 1963. Contudo caro "inteligente" manipulador rasca, o Marcelino nasceu em 1940, ano da Expo do Império (nome que lhe faz imensa comichão). Legalmente e para todos os efeitos, nasceu em chão português, e entrou para a tropa aos 20 anos, antes, portanto, disso tudo. Vamos lá ver se percebemos bem, então. O Marcelino, que era português e amava Portugal, deve ser considerado um estrangeiro e um traidor; mas Mamadou Bah, que nasceu na puta que o pariu (só para citar o Tenente-Coronel) e abomina Portugal, deve ser considerado bom português e poder insultar o primeiro, por via do desamor à pátria que por aí semeiam, a ponto de banalizarem a nacionalidade e até a venderem por dinheiro, certo? Estamos entendidos, em relação à sua perversa mundivisão. Não sou contra a facilitação da nacionalidade sem grandes formalidades nem que se possam ter várias, ainda para mais nós, portugueses, que inventámos a globalização. Mas é o amor que nos permite apropriar-nos do mundo e só esse deve ser o critério.

Mas continuando: defende que Marcelino da Mata era um criminoso, citando "fonte" já aludida pelo degenerado Rosas na TVI, recentes (post-mortem do Marcelino) e duvidosas declarações de Mário Cláudio na sua página do FaceBook, sobre supostos processos que deixou de abrir de forma pouco regulamentar, uma vez que afirma à partida não haver rasto administrativo, ou seja que não se podem confirmar... continuamos no diz que disse e, para mais, de um escritor viciado em ficção, o que é manifestamente pouco como peça de convicção. Quanto às acusações de Mamadou na origem da polémica, fugiu como o diabo da cruz. As barbaridades foram tantas, mas não conseguem apresentar uma... O outro argumento é a sua participação em operações condenadas pela ONU, como Mar Verde e Ametista Real. A sério? É para rir, certamente. Atacar a prisão onde o inimigo mantém prisioneiros das nossas tropas e libertá-los, numa operação genial e bem sucedida, que só foi pena não ter sido devidamente explorada, devido ao (injustificado) receio do comandante Alpoím que aparecessem os famigerados Migs, é crime de guerra? Só se for na sua pobre e descompensada cabecinha. Coitadinho do Sekou Touré, até sinto pena dele, só de pensar como teria sido... se lá se tivesse deixado o Marcelino, para apoiar Alpha Condé como presidente (sim, o actual presidente fazia parte da expedição, vindo directamente da Sorbonne, até a França ressabiada de 1958 apoiaria). Louçã dissimula mal, como traidor ressabiado e anti-patriota que é, a inveja pelo sucesso da op, que desafia a sua narrativa determinista da libertação dos povos do jugo "colonial".

Mas não nos atardemos e passemos ao argumento segundo o qual o presidente Marcelo só fez isso por a Guiné-Bissau ser um Estado fraco, incapaz de responder diplomaticamente. Isso é inverter por completo a realidade pois, como toda a gente sabe, a guerra colonial estava ganha em Angola e em Moçambique (basta ver de que teatro operacional eram oriundos todos os oficiais que fizeram o 25A), onde Portugal tinha autênticos interesses coloniais, logo não poderia existir nenhum mito como Marcelino. Para além disso é um argumento fraco, esquecendo-se de uma gigantesca nuance: se nesses dois países ainda são os partidos históricos MPLA e FRELIMO que estão no poder, o mesmo não se passa na Guiné-Bissau, onde, apesar de todo o apoio da diplomacia e da maçonaria portuguesa e suas extensões na ONU, já se conseguiram livrar dessa peste, e por isso o Xico esperto está desactualizado, a Guiné-Bissau já não é um país destruído e sem futuro, os financiadores fazem fila, ainda ontem lá esteve o Director para a sub-região do Banco Mundial. Isso do país destruído talvez se aplique a Angola, a quem ninguém empresta nem mais um dólar... a Guiné-Bissau deu um baile aos dirigentes tugas, a quem fez engolir a preferência ingerente por DSP, vá informar-se melhor, antes de debitar postas de pescada mal regurgitadas.

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Queimado


Este artigo de Garcia Pereira é de uma demagogia e desonestidade intelectual sem precedentes. Vou concentrar-me em apenas dois exemplos para não me alargar. 

Em primeiro lugar, as notas de rodapé referem-se apenas a coisas irrelevantes que podem ser facilmente confirmadas por simples pesquisa; enquanto aquelas coisas que gostaríamos de saber de onde tirou, não estão referenciadas, excepto o livro do Vasco Lourenço, que também não tem nada de palpável senão o diz que disse, não passando da palavra de alguém que não teve muito sucesso na "sua" guerra, para além de conotado na mesma narrativa. 

Em segundo lugar, bem mais exemplar, quero dizer comprometedor. O Garcia queimado pretende desmerecer as maiores operações comando após a segunda guerra, apresentando-as como um falhanço (que não foram) total (muito menos) e para isso apresenta os objectivos que ficaram por cumprir, mas esquece-se muito convenientemente daqueles que se cumpriram. Vou só dar o exemplo da operação Mar Verde: esqueceu-se que outro objectivo era queimar as lanchas do PAIGC? É que arderam bem. Esqueceu-se que outro objectivo era libertar as dezenas de prisioneiros portugueses que apodreciam na prisão? É que os próprios não, e há-os ainda vivos na minha cidade, Santarém, se for preciso, para confirmar. O mais curioso é que a coluna que se ocupou desse objectivo, que era o mais humanitário, foi comandada precisamente pelo Marcelino da Mata! (não se compreende pois, como é possível que nesse contexto operacional seja possível acusá-lo de "crimes de guerra", como o fez, mentindo com todos os dentes e traindo as suas motivações, o dirigente da A25 em 2018, no texto que serviu de base ao mamado). Mas mais. O queimado até se lembra dos modelos dos Mig? Mas esqueceu-se de dizer que, se esse objectivo não foi cumprido, foi por não estarem na pista, por informações erradas da PIDE! 

Para acabar, é preciso muita lata, para aquele cujos homens torturaram Marcelino com requintes de malvadez (e permaneceram meses a cercar uma casa onde julgavam que morava Salgueiro Maia), vir falar das "torturas e assassinatos às mãos dos esbirros" da polícia política. 

PS Intitula o artigo "que não se apague a memória", julgando que todos a temos curta para compactuarmos com a selectividade da sua? O queimado perdeu uma boa ocasião para ficar calado, tal como o mamado não perde uma oportunidade para debitar vomitado.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Testemunho de camarada

Extracto do relato de Mário Dias, sargento comando, que conviveu com Marcelino da Mata de 1963 a 1966, testemunho produzido em finais de 2006, a pedido da filha.


"Cometeu excessos, dizem alguns. Não sei. Não assisti. Porém, ponho as minhas reticências porque, enquanto com ele lidei, nunca o vi realizar acções menos dignas nem ter atitudes desumanas. Era duro e inflexível porque assim é a guerra; mas cruel e sanguinário, não.


Hoje, o Marcelino mantém-se igual ao que sempre foi: determinado, amigo do seu amigo, e senhor de um amor a Portugal que deveria fazer corar de vergonha muitos patriotas da nossa praça. Quando o encontro e por vezes o confronto com esse facto que não é, nos dias de hoje, politicamente (e vantajosamente, digo eu) correcto, ele me responde invariavelmente:


- Eu sou português e sempre serei. Esses gajos (PAIGC) que fizeram a independência só trouxeram desgraça. E em Angola e Moçambique é a mesma coisa. Os governantes enchem a barriga e o povo passa fome. E remata com o vernáculo p... que os pariu
."


Aproveito para Homemnagear EM VIDA o Luís Graça e o imenso serviço que prestou à suas duas pátrias, com o registo histórico que deixa na sua Tabanca Grande às gerações vindouras. Que seríamos, sem Camões ou João de Barros? Talvez os desenraizados que alguns teimam em querer fazer de nós... Apesar das pesquisas sobre a Guiné que desde o século XX fazia na net, confesso que não fui eu quem descobriu o blog: foi o meu grande amigo Pepito (apesar das nossas, por vezes igualmente grandes, discórdias) que me o apresentou, em finais de 2007, quando me envolveu na preparação do Simpósio de Guiledje, para o qual contribuí transcrevendo a "Crónica dos feitos por Guidage", do Fernando José Salgueiro Maia. Nesse ano de 1973, o PAIGC, que acabara de martirizar Cabral, tinha a grande ofensiva antes das chuvas em curso e os dois teatros estavam claramente associados, a ponto de figura grada da PIDE (sempre completamente desinformada em relação à Guiné, porque a tropa não colaborava) ter confundido o G da frente Norte com o da frente Sul! Ambos começavam por Gui, como a Guiné.


Interessante notar as pinças com que o Luís (que é da Lourinhã, chão templário) aceitou pegar no mito do Coronel Marcelino: reconhecendo que se tratava de um tema fracturante. Tal como a guerra colonial, que durante muito tempo foi um injusto tabu, imposto à sociedade portuguesa, ignomínia que muitos pagaram com a vida (não estou a falar obviamente daqueles que lá ficaram, mas do tempo de "paz", e conheci bastantes), outros com o sono, ou de outras formas dolorosas. Jovens que foram obrigados a ir para uma guerra que não compreendiam, pela teimosia já senil de um governante (por mais legitimidade e habilidade que possa ter tido in ilo tempore), a maior parte das vezes completamente despreparados (Maia queixa-se nas suas memórias que muitos nem um garrote sabiam fazer), para depois serem tratados como bandidos. São decerto sequelas interiores bem maiores que aquelas que deixa o racismo, que é externo, se não o deixarmos insidiosamente penetrar. E, ao contrário das ideias feitas que por aí abundam à esquerda fascizóide, os antigos combatentes, na sua imensa maioria, não só não são racistas, como não alimentam qualquer espírito revanchista, e aqueles que tiveram a sorte de ter condições económicas para isso, estabeleceram uma relação de amor com o seu antigo teatro de operações... aconteceu isso com o DFE8, cujos homens vieram recentemente a Bissau (cheguei a marcar encontro na garagem do Toni, onde ocupámos por inteiro aquela que alguns chamam "zona libertada"), reconhecendo unanimemente que foi muito salutar. Não ficaria caro, ao Estado português, no âmbito da política de cooperação, criar uma política de turismo sénior exorcizante, a bem da saúde mental daqueles perante quem a nação tem uma imensa dívida de sangue. Aliás, são a prova ainda viva que a história poderia ter sido outra e que podemos no futuro reencontrar espaços de autêntico reencontro.


Enfim, apenas para dizer que o texto sobre o Marcelino foi extraído dessa magnífica base de dados, esperando que esta seja devidamente valorizada, estimulando a sua universalização sistemática a todos os antigos combatentes ainda vivos, para que possamos completar esse puzzle, verdadeiro quebra-cabeças...


Não há desculpa para a ignorância sistémica que os papagueadores de refrões básicos e mentirosos se arrogam em difundir, com ar doutoral de intelectualóides baratos. Estudem a vossa história, antes de aspirarem a uma engenharia social obsoleta. O caso Marcelino da Mata teve um saudável efeito, do despertar da apatia o povo português. E ainda bem. Uma vez mais, meu Coronel, um imenso obrigado.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Solidariedade terrorista


Pedro Pires (ex-presidente de Cabo Verde), o co-mandante do assassinato de Cabral com Nino Vieira, acaba de efectuar um telefonema de solidariedade ao seu homólogo Mamado. Bahhh, era de esperar. O homem que prometeu na mesa das negociações em Bissau não tocar num cabelo dos comandos africanos, para melhor os conseguir enganar e desarmar... A quem o General Spínola ainda presidente, mas já sem autoridade, se recusou, muito diplomaticamente, em cerimónia oficial, a apertar a mão, tendo conhecimento da barbaridade em curso. Para aqueles que acusam o Tenente-Coronel Marcelino da Mata de crimes de guerra inventados, eis que entra em cena o autor de crimes de paz verdadeiros. Na guerra, matar é um dever. Mas que dizer do massacre da maioria dos homens comandados por Marcelino da Mata? Não interessam à narrativa oficial, nem ao PS, essas lembranças da descolonização "exemplar" que o "doutor" Soares promoveu.


PS Em relação à primeira acusação e para quem desconfie, foi o próprio Primeiro-Ministro José Maria, numa lavagem de roupa suja intra-partidária, quem o declarou à televisão...

O soneto rasca do Mamado

A SOS racismo, assustada com a reacção do povo português, veio tentar desmarcar-se do Mamad'orçamento, mas foi bem pior a emenda que o soneto, servindo apenas para demonstrar à exaustão que é tudo gentalha absolutamente vazia de conteúdo.

Quanto às fontes do animal, que numa breve pesquisa google quis superar a sua absoluta ignorância do assunto, para chamar criminoso de guerra ao Marcelino, são o coronel Vasco Lourenço e outro chupista orçamental como ele, armado em cineasta.

Comecemos e acabemos pelo primeiro, que o segundo é um insecto irrelevante que não queremos promover, como estes fizeram a Ventura. Afirmava o Coronel Vasco Lourenço, para se opor à promoção do Tenente, não fosse chegar à sua própria patente, que o Marcelino cometeu crimes de guerra na operação Mar Verde. No assalto à prisão de Sekou Touré? Trata-se de uma absoluta mentira, como o poderão confirmar várias pessoas ainda vivas, algumas de Santarém. Faz ainda umas vagas referências, aliás enganosas, a um livro seu, decerto com intuitos comerciais, pois nada nele consta de relevante sobre o assunto que interessa. Tenho de acrescentar, com bastante mágoa minha (pois cheguei por várias vezes a curtir prolongados almoços na Associação e a fumar charutos à sua mesa, para perceber melhor alguns assuntos ou mesmo para influenciar outros, como o apoio concedido pela maçonaria a DSP, sem sucesso, aliás, pelo que partilham da humilhação que este sofreu), que o senhor Coronel não participou no 25 de Abril, nem aliás em qualquer acção militar de sucesso (aliás,  pelo contrário), sendo um administrativo de Academia. Além disso, envelheceu, engordou, e pelos vistos, ressabiou, tendo revelado, para além de uma faceta de invejoso que eu não conhecia, ter-se tornado num teimoso defensor do status quo xuxialista e da sua narrativa, contaminada pelos revisionistas da história de Portugal, de quem precisam para se aguentar no poder.

O que mais choca é que muito boa gente de esquerda, na sua ingenuidade, pape acriticamente a desinformação que queimou o Mamado dos cornos, como se se tratasse da santíssima hóstia...


PS Desesperados, os "activistas" da situação recorrem a expedientes de uma vilania insuperável, como a publicação de conteúdos porno em perfis facebook de antigos combatentes, para os desacreditar, ou de longas cadeias de espaço em branco nos comentários, já para não falar da banal criação de falsos perfis (de que acusam o Chega) para tentar esconder a pesada derrota que estão a sofrer nas redes sociais, das quais até aqui abusavam impunemente.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

O funeral do politicamente correcto

Depois de anos a provocarem o povo português, a ofenderem a sua história, depois de terem parido a aberração populista, à força de lhe darem tempo de antena, hoje os "activistas" da porcaria descobriram escandalizados que morreram, pela reacção da maioria silenciosa (sim, escusam de vir com o velho refrão "fascista" já muito gasto, que não pega, é claramente uma causa nacional, não do Chega ou do CDS, que apenas aspiram aos dividendos políticos que daí podem extrair). Essa maioria, indignada, fartou-se finalmente e quer por na alheta o iconoclasta racista (que queria destruir a estátua do imperador da língua portuguesa, o padre António Vieira, curiosamente um afro-descendente, neto de uma guineense), a pretexto das suas declarações sobre o funeral do militar mais condecorado do seu exército (um guineense), a quem este inveja o sucesso. Aquilo que mais irritou o mamado dos cornos foi ver a cúpula do Portugal que considera racista a homenagear um "não branco". O "cidadão português" em causa deveria antecipar-se e emigrar de livre vontade, pois com a fatwa em curso, arrisca-se a ser literalmente devolvido à terra. A máscara não o protegerá por muito tempo. E o executor, comando ou não, será aplaudido pela populaça.

Desde Nuno Tristão, o primeiro a lá chegar e também a primeira vítima da guerra "colonial", até que deu à luz o 25 de Abril e acabou com os restos do Império material, que a Guiné tem esse condão, de fracturar a nação. 


PS O mesmo deveriam fazer as degeneradas Fernanda Câncio e Alexandra Lucas Coelho ou o pseudo-historiador desenraizado Fernando Rosas, entre outras alimárias da mesma raça: auto-ostracizarem-se para bem longe da pátria que visceralmente odeiam. O vosso tempo chegou ao fim. Acabou-se a pachorra.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Modelo gripado

A efabuladora copiona dos brancos tontos, insatisfeita com a miraculosa ausência de morbidade, em vez de agradecida a Deus, e pretendendo justificar o chorudo ordenado, benesses e "fringe benefits" do cargo que ocupa, vem agora falar à Lusa do "covid 2020". Ó senhora, o melhor é pedir a transferência para a secção de paludismo, de mortalidade infantil, ou de qualquer outra causa de morte mais banal estilo estomacal, devido às graves carências em termos de assistência médica na Guiné-Bissau, porque a gripe nunca se deu muito bem por aqui. Já que fala em "variante inglesa" e gosta muito de gráficos, recomendo-lhe vivamente este que apresento aqui, com a recomendação de estar atenta à "curva" a preto (um bocado achatada, não acha, parece mais uma recta, sem picos) colada ao eixo das abscissas, que representa os internamentos por gripe este inverno em Inglaterra... 


PS "This is the winter of our discontentement", diria Shakespeare... lamentamos por si que na Guiné não haja quatro estações como lá, mas apenas duas.

Portugal universalista e multiracial


Uma homenagem à dignidade do Coronel Raúl Folques (no centro da foto, com a medalha), que discretamente conseguiu evitar a apropriação da cerimónia fúnebre em honra de Marcelino por Marcelo, confinando-lhe o protagonismo. 

O senhor Coronel fez a guerra com a esposa e as quatro filhas em Bissau. Como os majores assassinados maCABRAmente à traição pelo PAIGC em chão manjaco à revelia de Amílcar Cabral, é um homem que ama os seus homens, o seu país e a Guiné. 


Tive a honra de o conhecer quando, numa conferência, em Coimbra, sobre os 3G (jogo de palavras com G3: Guidage, Guileje e Gadamael), abandonámos os dois a sala, mais enjoados que revoltados com a palhaçada do imundo (literalmente um javardo e mal educado, teve a descortesia não só de não desligar, mas de atender o telemóvel, como conferencista, enquanto discursava, ficou toda a gente parva) traidor e mentiroso Coutinho e Lima (aliás desmascarado na própria conferência pelos homens de artilharia que se "esqueceu" de informar da retirada e que se mantiveram no quartel). Ficámos depois no corredor a conversar amenamente. Um homem com H grande, por quem os seus camaradas guineenses "comandos africanos" (os poucos sobreviventes à ignomínia do PAIGC) presentes mostravam um enorme respeito.

Partilho ainda um magnífico texto em honra de Marcelino da Mata. Nesse contexto, o meu reconhecimento, em vida e em nome da Pátria, ao homem grande Raúl Folques.

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Apanha bonés

Tal como no futebol, em que o emprego, mas não profissão (uma vez que regra geral não é remunerado), de apanha bolas é desempenhado por jovens que se sentem suficientemente retribuídos pela simples proximidade com os seus ídolos e pelo bilhete de primeira linha, também nas touradas, quando o povo aprecia por demais o espectáculo atirando muitas boinas e bonés para a arena, o toureiro assim agraciado não pode devolver a totalidade, precisando de um ajudante para acudir à glória em demasia.


Assim parece DSP, a quem, depois de toureado na praça, só resta a apanha dos bonés. Depois de longas férias na Europa, que propagandeou deverem-se a questões de "segurança" (mesmo que fosse verdade, o que não é o caso, um verdadeiro líder saberia expor-se e daí retirar dividendos políticos), quer novamente fazer-nos acreditar, pela enésima vez, que está para chegar ao país. Tal como Aristides, que se alojou a título gratuito de "primeiro-ministro" legítimo, nas instalações hoteleiras da extinta missão dedicada da ONU, e que agora apanhou avião da organização (a qual nada faz onde deve, para andar a desperdiçar recursos a apaparicar meninos queridos do incompetente Secretário-Geral: é Uber ou ambulância?). As NU praticam assim grosseiras ingerências na política interna de países considerados de "segunda", a soldo de agendas particulares e amiguismos maçónicos, que nunca seriam toleradas numa nação soberana.

Há toda uma hipocrisia associada que não dignifica (para evitar estar sempre a chamar os bois pelo nome) nem o país nem a ONU e na qual colabora desnecessariamente o Presidente da República, com o requerente humanitário e auto-candidato a refugiado, anunciando suposta necessidade (presuma-se que inadiável) de tratamento médico fora (coisa que a imensa maioria dos nacionais não se podem permitir, o que cai definitivamente mal no contexto da miserável campanha que fizeram em torno da morte do jovem MCCI) mas a fazer política ainda antes de sair do país (coisa que o estatuto solicitado lhe veda no exterior, ku fadi no interior, lembre-se o documento que Nino teve de assinar para sair em 1999), fazendo-se fotografar no gozo e de perfeita saúde ao lado do propagandista blogueiro do antigo regime falhado de DSP. Toda uma teatralização deveras degradante. 

Castigo injusto

Deve entender-se que a ala sul do MFDC, de César qui perd ses bases atoute vitesse, está a pagar por culpa dos intelectuais francófilos, que, de Paris e sem conhecimento de causa, fizeram uma avaliação errada da situação política em Bissau, apostando desnecessariamente todos os ovos no cesto de DSP, que parecia ter tudo pelo seu lado, a começar pelo SG da ONU. Perdidas as bases, resta a propaganda, ou, em alternativa, fazer um esforço sério de incorporação nas fileiras da ala norte de Salif, onde se respira um ar mais sadio. De qualquer forma, não deixa de ser historicamente um pouco ingrato, para não dizer um erro estratégico, o castigo aplicado.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Ditosa pátria que tais filhos tem




Uma honra tê-lo conhecido, meu Tenente-Coronel.

Mama Sumae.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Epidemia de estupidez

Depois da chegada às Bijagós da palete de testes, a Covidssária, à falta de desgraça epidemiológica, veio ontem anunciar com pompa e circunstância o primeiro "caso" positivo naquela região. Obviamente que, neste caso, não se trata propriamente de "caso", mas simplesmente de resultado do teste. Os verdadeiros casos dispensam o adjectivo "positivo", sendo aliás ocorrências muito negativas. 


Trata-se, isso sim, de um verdadeiro caso de psico-patologia clínica, o da pseudo-médica com especialização recente em propaganda alarmista, que faz tábua rasa da simples deontologia profissional, confundindo voluntária e premeditadamente a nuvem com Juno, atirando para as ortigas o juramento num pico de hipocrisia.


O que mais choca é o tom de festa com que apresenta o falso positivo que conseguiu desencantar nas ilhas. E, pelos vistos, a dita conseguiu contaminar os/as jornalistas com a estupidez que espirra por todos os poros, a ponto de até o Jornal O Democrata papar acriticamente a verborréia, sem uma epifania de questionamento... 

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Prioridades

Com todo o respeito devido ao senhor Presidente da Guiné-Bissau, assinala-se que há outras prioridades bem mais importantes na securização do Palácio, do que aquela que envolve a Ordem dos Advogados. Em primeiro lugar, a desocupação da Associação de Comerciantes, por um Partido que já deu sinal de propensão para a actuação terrorista. Logo em seguida, tal como muito bem assinalou a segurança do Rei de Marrocos, deve dinamitar-se o Hotel homónimo da Praça do Império, pois nenhuma construção deve apresentar "sobrado" superior ao da Presidência, ou seja, passar do primeiro piso, respeitando a volumetria do Plano Director associado e a elementar arquitectura paisagística do kau mais icónico da República. Igual destino deve ser dado à construção nova, cujos ferros apontados para o céu dão a entender que, se não for interrompida, continuará não só a ofender a segurança presidencial como a ferir a sensibilidade estética do comum dos mortais. Isto se o Excelentíssimo está realmente interessado em governar bem e deixar marca. É que com a multiplicação de conselheiros, arrisca-se a ficar cada vez mais confundido, em vez de bem aconselhado... 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Homenagem póstuma

Lembro-me bem da alegria que deu origem a este artigo. O Leopoldo acabava merecidamente de ser nomeado para dirigir o INEP: foi a minha maneira de lhe dar os parabéns. Acabei por entregar a obra prometida uns tempos mais tarde, em mão e in loco, onde fui amavelmente recebido com um pequeno lanche em minha honra, acompanhado de um pedido de desculpas pela escassez do orçamento da casa.

Citando-me: "meu muito amado irmão Leopoldo", até sempre!

Demasiado novo para morrer

Mais um "combatente da liberdade da pátria" que partiu. Os sentimentos à família enlutada.

NB Tinha 15 anos quando o PAIGC tomou Bissau. 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Inadmissível!

Enquanto em Bissau os auto-proclamados activistas encenam revoltas populares com pretextos fúteis e publicitam manifestantes mártires com ligeiras escoriações enrolados num autêntico desperdício de gaze, o exército senegalês bombardeava território guineense, matando hoje uma criança, ao acertar com um óbus num campo de futebol, na tabanca de Nhalom.

Ó dois ou dóis

A covidssária, para além de desnecessária, lembrou-se agora de aderir ao pseudo-activismo demagogo a soldo de um PAIGC tão ressabiado, que não sabe mais para onde se virar. Numa história muito mal contada, inventaram que o jovem do 1201 (em numeração romana) morreu por lhe ter sido negado O2 no Hospital público, esquecendo-se de acrescentar que o facto ocorreu numa clínica privada. Igualmente privada de oxigénio, presuma-se. Como é possível imputar a culpa da morte aos profissionais do SM? Pode ter morrido de tudo, até de um solavanco no percurso. Já há muito que conhecemos a hipocrisia instrumental sem limites do PAIGC, desde que mataram Cabral e Titina para os transformar em mártires...


A covidssária "exige" um inquérito? Não se nega a sua oportunidade, começando pela autópsia apurando a causa da morte bem como a patologia na origem do óbito. Mas ó Magda, exige a quem? A que título e com que autoridade? Quem está a desafiar, ao aderir a esta miserável campanha, abusando do posto que ocupa e da tragédia ocorrida? 


Quanto à contagiante sociopatia que tomou conta do mundo, parece legítimo questionar se vão obrigar as pessoas já vacinadas a usar as atrofiantes máscaras (para fins não carnavalescos) uma vez que supostamente já não podem contaminar ninguém nem ser contaminadas... mas para que não digam que 7ze só denuncia os males sem avançar soluções, sugere-se a utilização, em alternativa à máscara, de uma estrela verde (discriminação positiva apenas, qualquer semelhança com factos históricos verídicos é pura ilusão). Outra questão é se vão obrigar as pessoas recuperadas (logo, mais que imunizadas) a tomar a vacina 2019, já desactualizada... só se for para efeito placebo anti-paranóia.


Mas voltando à patológica covidssária que, sabe-se lá como e com muito esforço, conseguiu forjar uma curva ascendente no seu querido gráfico semanal, para legitimar as suas hiperbólicas frustrações. Obviamente que era um resultado mais que previsível, diria mesmo esperado, à força de generalização dos testes, que comprou desnecessariamente sem prestar contas a ninguém. Mas será que a senhora tem conhecimento de que, nos países infestados de Covid, um terço dos resultados que acusam a gripe 2019 (agora já temos obviamente a 2020, sob designações fantasiosas), são falsos positivos? 


Demissão já, com extinção do cargo e reversão do dinheiro roubado a favor do Ministério da Saúde, que deveria ser entregue a um profissional consciente e inconformado como Jorge Herbert...


PS caro leitor, se fosse possível, banias a banalidade do "activista" Miguel de Barros das redes sociais? Defender o direito ao oxigénio? estará a pensar fazer greve à respiração, para reivindicar os seus inalienáveis direitos?