Jorge Heitor, o «Máximo», jornalista reformado, andeiro e vezeiro das coisas da Guiné, alinhavou umas frases banais para traduzir o momento que se vive no país, à intenção do ÁfricaMonitor. No entanto, a sua «análise» poderia resumir-se a um acto falhado (onde aparece, a despropósito, o ano de 2010... na sua cabeça, era importante comemorar os 5 anos da mentira desse dia) e a uma atribuição muito voluntariosa (para não dizer completamente errada) das intenções dos «parceiros», quando afirma
«Os participantes na mesa redonda de Bruxelas desejam que o Presidente José Mário Vaz e o primeiro-ministro Domingos Simôes Pereira levem até ao fim os seus mandatos, sem que haja mais necessidade de recorrer a tropas estrangeiras para resolver assuntos internos; sejam essas tropas do Senegal, da República da Guiné ou de Angola.»
Se dissesse «o povo» estaria plenamente de acordo. Agora «os participantes» na mesa redonda? O comunicado final (difundido pelo Primeiro-Ministro), nos seus dois últimos pontos, dá claramente a entender precisamente o contrário. No entanto, regista-se com agrado a evolução da sua opinião pessoal, mesmo travestida de análise infeliz.
Por falar em actos falhados, o mesmo excerto revela a perspectiva subliminar do seu feitor: escreve Presidente com maíúscula, dignidade que não atribui ao primeiro-ministro.
Há 1 hora
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