sábado, 14 de março de 2015

Vergonha

Perante a sua própria insegurança e medo, o tirano mandou um seu cão de fila para tentar amedrontar os cabindas, numa ofensa perfeitamente gratuita. O «internacionalismo» de algibeira de José Eduardo dos Santos vai apodrecer com a sua micro-federação falhada: há muito que se comporta como um ocupante estrangeiro, em terras legalmente ainda sob protecção portuguesa. Não fosse Portugal a vergonha (palavras de Orlando Castro) que se conhece... já teria emitido umas palavras de desagrado (ou, no mínimo, de desconforto), face à repressão (com ordem para matar) do legítimo direito à manifestação do povo cabinda, incluindo a prisão de destacados líderes políticos e activistas cívicos. Auto-determinação já!

ANGOLA = INDONÉSIA

CABINDA = TIMOR

5 comentários:

Retornado disse...

Cabinda em relação a Angola podia ficar com um estatuto semelhante à Madeira e Açores com o Cont'nente.

É pena os Orlandos Castros todos terem ficado pelo caminho.

Pena não pelo Orlando Castro, mas pelos africanos em geral.

Orlando Castro disse...


Caminhar, mesmo que lentamente, não significa ficar pelo caminho.

7ze disse...

Caro retornado:

O estatuto seria sempre desigual: enquanto a Madeira e os Açores são um sorvedouro de dinheiro, já Cabinda representa, de longe, a maior fatia nos rendimentos petrolíferos de Angola.

Caro Orlando Castro:

É uma honra contar com um seu comentário neste blog. O Orlando é incansável: aqueles que têm um rumo, nunca ficam «pelo caminho», mesmo que este se apresente ingrato e sinuoso. Perante a inércia e grande pressão de formatação mental do regime, o simples inconformismo do Orlando representa, por si só, um inestimável legado: espero que continue a sua caminhada, pois o destino está ao virar da esquina, o resultado de tão porfiados esforços, sendo-lhe devida a sua merecida quota-parte nos louros da inevitável e inadiável falência do regime ditatorial de José Eduardo dos Santos.

Retornado disse...

Embora me considere bastante formatado, já assisto com muito frieza e distanciamento ao que é bom ou mau para os Palop.

E sei que em África o partidarismo é vizinho do tribalismo.

E faziam falta muitos "Orlandos" que havia em todos os Palop e hoje andam pelo Brasil, Portugal e França.

Desistiram!

Orlando Castro disse...


Obrigado pelas elogiosas palavras que, sinceramente, não mereço. Sou apenas alguém que não gosta de ser imbecil (pelo silêncio) e criminoso (pela inacção).

Abraço,