No Brasil, Kilombo eram repúblicas livres de escravos fugidos. Em Angola, Kilamba é hoje uma cidade fantasma, financiada (com garantia «soberana») e construída pelos chineses, inaugurada em fins de 2011, para servir de sede ao recém criado município de Belas. Destinada ao segmento da classe média, é o exemplo acabado não só da inconsistência governativa, mas também do desperdício de fundos públicos, simbolizando ainda na perfeição a falência do «modelo» angolano.
Apenas uma ínfima parte dos apartamentos estão actualmente ocupados, pois, pura e simplesmente, não existe classe média em Angola! Localmente, desculpam-se com «dificuldades no acesso ao crédito». As ruas apresentam-se vazias e nenhuma das doze escolas construídas está a funcionar, sendo necessário um autocarro para levar as poucas crianças que ali moram até Luanda... Triste engenharia social e lamentável arquitectura política.
Em Angola, um por cento da população controla 99% dos recursos. Não há meio termo.
Há 4 minutos
1 comentário:
Essa Luanda grandiosa já era imaginada pelos independentistas jovens da geração dos anos 50.
("Luanda vai ser uma segunda Nova York" quando ficarmos independentes dos caputos, que são uns atrazados).
Aquela geração eram em geral os Estudantes do Império ou jogadores do Belenenses ou do Benfica e Sporting.
Claro que os sobas do Huambo e dos Mucubais, não sabiam o que seria Nova York.
Afinal construir cubatas com 20 andares com ar condicionado é fácil, mas não é tão saudável como uma cubata de adobe e telhado de capim aparelhado em camadas.
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