sábado, 13 de fevereiro de 2021

Apanha bonés

Tal como no futebol, em que o emprego, mas não profissão (uma vez que regra geral não é remunerado), de apanha bolas é desempenhado por jovens que se sentem suficientemente retribuídos pela simples proximidade com os seus ídolos e pelo bilhete de primeira linha, também nas touradas, quando o povo aprecia por demais o espectáculo atirando muitas boinas e bonés para a arena, o toureiro assim agraciado não pode devolver a totalidade, precisando de um ajudante para acudir à glória em demasia.


Assim parece DSP, a quem, depois de toureado na praça, só resta a apanha dos bonés. Depois de longas férias na Europa, que propagandeou deverem-se a questões de "segurança" (mesmo que fosse verdade, o que não é o caso, um verdadeiro líder saberia expor-se e daí retirar dividendos políticos), quer novamente fazer-nos acreditar, pela enésima vez, que está para chegar ao país. Tal como Aristides, que se alojou a título gratuito de "primeiro-ministro" legítimo, nas instalações hoteleiras da extinta missão dedicada da ONU, e que agora apanhou avião da organização (a qual nada faz onde deve, para andar a desperdiçar recursos a apaparicar meninos queridos do incompetente Secretário-Geral: é Uber ou ambulância?). As NU praticam assim grosseiras ingerências na política interna de países considerados de "segunda", a soldo de agendas particulares e amiguismos maçónicos, que nunca seriam toleradas numa nação soberana.

Há toda uma hipocrisia associada que não dignifica (para evitar estar sempre a chamar os bois pelo nome) nem o país nem a ONU e na qual colabora desnecessariamente o Presidente da República, com o requerente humanitário e auto-candidato a refugiado, anunciando suposta necessidade (presuma-se que inadiável) de tratamento médico fora (coisa que a imensa maioria dos nacionais não se podem permitir, o que cai definitivamente mal no contexto da miserável campanha que fizeram em torno da morte do jovem MCCI) mas a fazer política ainda antes de sair do país (coisa que o estatuto solicitado lhe veda no exterior, ku fadi no interior, lembre-se o documento que Nino teve de assinar para sair em 1999), fazendo-se fotografar no gozo e de perfeita saúde ao lado do propagandista blogueiro do antigo regime falhado de DSP. Toda uma teatralização deveras degradante. 

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