Depois do chumbo do parlamento britânico ao envolvimento na Síria, resta-lhe a França (antiga potência colonial), para tentar dar uma aparência de legitimidade à guerra que pretende lançar. Depois da Líbia (ainda periférica, na lógica do «barril de gasolina» do Médio Oriente), a Síria serve agora os interesses económicos da intoxicação mundial pelo controlo dos standards financeiros e pela manutenção de um nível artificialmente alto do dólar, estratégia na qual os Estados Unidos parecem ser incondicionalmente apoiados pelo capital «mundial».
Não se brinca com fósforo perto de bomba de gasolina: os riscos de incêndio são elevados. E os franceses não perdoarão ao seu presidente que se submeta aos caprichos e interesses dos americanos. Russos e chineses opondo-se claramente a qualquer intervenção, e não se mostrando inclinados a ser uma vez mais enganados, como no caso da Líbia, aprovando o que quer que seja em sede das Nações Unidas que possa servir de pretexto a uma agressão, os Estados Unidos terão de arcar sozinhos com a responsabilidade de um ataque.
Intervenção limitada? Apenas uma punição? O discurso está confuso, as opções estratégicas mal enunciadas, e os Estados Unidos cada vez mais isolados representando um papel de ingerência nos assuntos internos de um estado soberano... O caso parece reunir todas as características de um «guet apens», passível de se transformar num beco sem saída, abrasando uma região do mundo de equilíbrio já de si bastante frágil, numa altura também de si complicada, com a ressaca da «Primavera Árabe» no Egipto, momento que recomendaria prudência.
Há 1 minuto
1 comentário:
O Obama já disse ao Hollande que ou vai para a Síria ou não lhe empresta mais drones como aqueles que foram para o Mali, recentemente.
Mas essa dos ingleses não quererem ir para a Síria não impede que já haja uns tantos na Grécia engravatadinhos prontos para o baile.
Há muito tempo!
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