Pareceu-me altamente relevante o artigo de João Galvão Borges publicado (e comentado) pelo Didinho, nesta importante data.
Gostaria de realçar este excerto em particular:
«Quando se preconiza como solução à já citada crise, a intervenção de uma força estrangeira a coberto de uma ou de diferentes siglas como: Nações Unidas (ONU), OUA, CEDEAO, CPLP ou outra, sinto-me na quase obrigação de manifestar a minha firme oposição ao recurso dessa força estrangeira como pretensa solução para a crise existente. Não dispondo de uma "bola de cristal" para prever as consequências dessa preconizada intervenção, penso entretanto que ela seria mais um problema do que propriamente a solução.
Guardam-se registos da firme reacção do Povo Guineense à ocupação estrangeira. Do conhecido "Desastre de Bolol" em 1879 em Djarfungo no norte do país, em que os felupes infligiram o que se considera a mais pesada derrota sofrida pelo ocupante português, passando pela luta armada de libertação nacional e chegando-se à recente e veemente resposta dada aos estrangeiros (desta vez africanos) no igualmente recente conflito de 7 de Junho de 1998. Estes exemplos muito significativos, não podem ser negligenciados no equacionamento do problema e convidam, seguramente, a uma séria reflexão antes da tomada de posição sobre a possível intervenção de uma força estrangeira como solução do problema.»
Há 36 minutos
1 comentário:
A tradição e o hábito de convocar o mundo inteiro para ajudar a Guiné-Bissau, foi uma originalidade de Amilcar Cabral, com imenso sucesso, que viciou os dirigentes Guineenses todos estes anos.
O vício foi de tal ordem que o povo boquiaberto durante anos e anos, ainda não "descruzou" os braços a ver o resultado de tantas "ajudas internacionais".
E ao fim de tantos anos a purgar os melhores guineenses e mais capazes e preparados, a Guiné terá que continuar a assistir ao desfile das ajudas de «turistas».
Ajudas com armas ou com máquinas fotográficas a tiracolo.
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