Fernando Vaz defendeu que a ante-proposta de Amnistia seguiu por caminhos errados, ao centrar-se na figura dos autores do (contra)golpe; o esclarecimento, se tardio, é bastante feliz, pois o que está em causa é a amnistia do próprio golpe, independentemente dos seus autores. Dada a composição do hemiciclo, seria improcedente defender um voto de louvor aos executantes, que aceitaram dar a cara, no desempenho dessa patriótica e inadiável missão, que se impunha.
O PRS prepara já uma revisão, para que nova proposta, reformulada, suba de novo ao hemiciclo. Uma vez que esse voto se destina simplesmente a confirmar anteriores compromissos, o PRS, claramente minoritário e ao sabor dos caprichos, jogos e intrigas dos deputados absentistas, poderia inverter o ónus: uma proposta de simples validação da Lei da Amnistia, que, não sendo chumbada, daria os anteriores compromissos por assumidos. Qual a vantagem? Acabavam-se as férias, haveria quórum, para os deputados da maioria deixarem de se refugiar hipocritamente uns atrás dos outros, à vez. É que assim os absentistas contariam a favor da proposta!
Quanto à Liga e aos blogs que têm defendido que se tratou de uma «grande vitória» do CHUMBO, não se percebe como é que, quem se diz democrata (não sou eu) defende tal sofisma, que de outra coisa não se trata. 40 deputados votaram a favor da amnistia, 25 contra.
Em democracia, 8 ganham a 5! Azar a soma dar 13.
Há 6 horas
2 comentários:
Essa é boa! Amnistiar o acto (Golpe de Estado), como se os actos acontecessem por sí!... Mas se o acto é patriotico, porque precisa de amnistia? Que contradição senhores golpistas?
Apressem-se que seu tempo está acabando e os americanos vêem aí!...
O acto dispensa amnistia e mereceria um louvor. Aconteceu porque se tornou inevitável e inadiável.
O mínimo que se pode fazer é poupar mais chatices a quem arriscou o nome e a carreira nesse acto patriótico.
Não há qualquer contradição, ao contrário das muitas em que se enrolam os defensores de Cadogo.
Os americanos já não têm autorização para tudo... não vão para a Síria, ainda menos para a Guiné-Bissau.
Remember Mogadiscio! Em Bissau há uma pequena grande corneta para dar música a qualquer invasor.
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