A ver a lasca no olho. Ou seja, paredes meias. Grande jogada dos mais velhos nigerinos! Vade retro... Byyeee!
sexta-feira, 3 de maio de 2024
Base Aérea 102
terça-feira, 30 de abril de 2024
Onde estavas no dia 25 de Abril?
No 25 de Abril de 1974, eu estava em Fajonquito, e vivia entre a nossa casa e o quartel dos metropolitanos onde passava a maior parte do tempo como faxina na caserna de soldados condutores e mecânicos-auto. (...) Todavia, na minha visão pessoal, o verdadeiro 25 de Abril, tinha acontecido em princípios de 1970, quando o general Spínola chegou ao aquartelamento de Fajonquito, sem pré-aviso, e na nossa frente deu um tabefe na cara branca e surpreendida do Capitão da companhia, arrancando-lhe os galões que ostentava, alegadamente por abuso de poder sobre a população indígena, com a cumplicidade do chefe tradicional local.
Tcherno Baldé, há três ou quatro dias atrás, no blogue Tabanca Grande (ligação à direita)
segunda-feira, 29 de abril de 2024
UE financia agressão aos 3 recalcitrantes sahelianos
O dinheiro dos contribuintes da União Europeia está a ser usado para financiar um ditador fantoche, sendo o documento desavergonhadamente explícito relativamente a quanto o "mecanismo de apoio à paz" tem vocação policial extra-nacional, conhecidamente ao serviço do aberrante e arrogante neo-colonialismo francês, na sua revanche contra o Burkina Faso, Mali e Níger.
domingo, 28 de abril de 2024
Juros de mora
Segundo fontes bem informadas, o gabinete jurídico de Marcelo estará a preparar um processo contra o Estado francês, exigindo a devolução dos sinos de bronze que há um pouco mais de duzentos anos tiraram de muitas das nossas igrejas para fundirem e fazer canhões. Convidam-se igualmente as freguesias que tenham registo de roubo de objectos religiosos de ouro e prata, aquando das referidas invasões napoleónicas, a inscreverem-se para consolidação de injunção de restituição ou indemnização.
Esquerda lerda
Caminhando a passos largos para o abismo, a lulada aluada tornou-se ferrenha defensora da "regulação" das redes sociais, ou seja, da censura prévia. Os generais agradecem: quando forem obrigados a tomar o poder, o que por este caminho não demorará muito, bastará continuar-lhes a "obra". Não se enxergam mesmo...
sábado, 20 de abril de 2024
Exemplo edificante de bom senso
Ministro dos Polícias desarmado por subordinado em directo. Não uma, mas duas vezes. À segunda foi mais rápido. Se a insubordinação pega... acaba o carnaval.
sexta-feira, 19 de abril de 2024
Arrazoado ao desbarrato
O documento especifica "subvenção" e não propriamente "aquisição" do arroz. Ou seja, trata-se de uma contribuição que permite ao adquirente negociar o "resto" do stock, atendendo à pseudo-escassez. O mais provável parece ser que o feliz detentor de 8 mil toneladas, em tempos de "escassez", tenha concedido um desconto de quantidade / pronto pagamento de 30 mil francos por tonelada, ou seja 1,5 mil por saco de 50Kg, oferecendo a opção preço antigo (a 21,5-2,5-1,5 = 17,5 mil) ao feliz beneficiário, fazendo assim, em princípio, poupar dinheiro ao Estado, porque ninguém vendia já ao preço tabelado. Nada que este blog não tenha antecipado.
PS Resta saber por que razão o dinheiro do Estado, que é de todos, está a ser utilizado para especular no mercado e qual o destino das oito mil toneladas, que dá em média 5Kg de arroz por cabeça de pecador, nem que recém-nascido. A empresa é a fiel depositária, em nome dos Armazéns do Povo? Talvez se destinem a um Banco de Solidariedade, em tempos complicados, para prevenir a desnutrição infantil. É que à escassez de arroz costuma suceder a sua rápida extensão, por esgotamento dos sucedâneos, virando o sinónimo fome. De qualquer forma, anote-se que esta "subvenção" pontual assinala o fim da "subvenção" estrutural, ou seja que o governo quer ir buscar dinheiro, penalizando o povo em tempo de crise... resta esperar que esse dinheiro que estão agora a cobrar venha depois a ser bem aproveitado e aplicado, de forma transparente e eficaz, mesmo que sem garantias de fiscalização. Sacrifícios unilaterais acartarão seguramente custos políticos extremamente elevados.
quarta-feira, 10 de abril de 2024
Slogan cumprido
Terra ranka um árvore cada dia que passa. Deserto na bim. Assim, Bissau ka na rinka.
sexta-feira, 5 de abril de 2024
terça-feira, 2 de abril de 2024
Go belly
Já não estamos no tempo da rádio. Repetir mil vezes a mesma coisa, para glosar o José, já só cansa, não se converte em verdade. Quem esperam emprenhar pelos ouvidos?
sábado, 16 de março de 2024
Sapo fora
O inglês Welcome não tem problema, dá para ambos os géneros. Já o português Benvindo, é mais complicado, só se dirige ao masculino... Contudo, a quota é reposta pela versão em francês Bienvenue. Só queremos francesas, aqui em Bissau, nada de franceses.
PS Portanto, se Macron quiser voltar a Bissau, vai ter de aprender a falar português, ou então mudar de sexo, como fez a mulher.
quinta-feira, 14 de março de 2024
terça-feira, 13 de fevereiro de 2024
Emplastro muito à frente
Consequência lógica da opção de saída da CEDEAO... Antecipada por 7ze há mais de seis meses, apenas uma semana após o golpe de Tiani no Níger. Emplastro, uma fonte imprescindível no que toca à derrocada da françÁfrica. Avanço desde já minha candidatura espontânea a consultor do Banco Central da nova Federação e moeda, apresentando como currículo aquilo que já aqui foi escrito sobre o CFA e o ECO.
ADPE
Em projecto constituinte, face à malvada pressão de alguns invejosos, a Associação de Defesa e Protecção dos Emplastros vem tomar posição contra aqueles que pretendem condenar na Praça pública (passe a redundância) a sobre-exposição mediática.
quarta-feira, 31 de janeiro de 2024
terça-feira, 16 de janeiro de 2024
Fazer-lhe a cama
Quem boa cama fizer, nela se deitará.
segunda-feira, 8 de janeiro de 2024
Rabada de oleado
A tradução do francês "cul-de-sac" resulta literalmente nesta expressão em crioulo. Imagine-se como se sente o 🐟 preso contra a rabada de um oleado: tal como ladrão que escolhe beco para escapulir. Beco dispensa pleonasmo. É como lamber com a 👅: havia de ser com quê?
sexta-feira, 24 de novembro de 2023
Formulação desadequada
Por despacho, o PGR assume a iniciativa da acção penal relativamente ao documento BAO vazado.
Não fundamenta, como expectável, sua decisão, incorre em imprecisão quando diz que "desembolsou", no passado, seis bilhões (também aqui, Senhor Procurador, foi falta de atenção em relação ao original, onde está correcto, seis mil milhões, em português não existe bilhão), quando, de facto (senhor Procurador, facto é diferente de 👔 escreve-se com C, segundo as regras do AO90), o Ministro se propõe desembolsar, no futuro, ao longo de cinco anos, a partir de Janeiro do ano que vem. É que essa forma errónea de apresentação tem obviamente custos para a credibilidade do processo que pretende encetar, abrindo caminho a esclarecimentos contrários passíveis de prejudicar o seu bom andamento.
Há muitas questões para esclarecer, decerto uma leitura atenta do documento pode ajudar: começa por se referir ao reconhecimento de dívidas. Mas a que propósito, os elementos listados em anexo, para além das "instituições do Estado" com quinhentos milhões, são considerados credores do Estado? Na altura do primeiro episódio desta novela, dizia-se que os bancos tinham garantias, hipotecas, que 90% seriam pagos pelos próprios devedores. Quando surge na lista, por exemplo, Hotel Império e sabemos que continua a operar, torna-se complicado exigir ao contribuinte que pague essa "dívida" sem diligências eficazes de cobrança. Seria interessante confrontar a percentagem prevista de recuperação de crédito? Zero %?
Ficar mal no retrato
Ora uma coisa é irretractável "que não pode ser revogado ou anulado", outra é irretratável "que não pode ser retratado ou voltar a ser tratado". A palavra mais importante, em termos de confiança bancária, no documento (em abono da verdade, este deveria esclarecer, logo de início, ser feito "a pedido do interessado") que supostamente obriga o Ministério das Finanças, a favor de um banco cujo presidente está preso em Portugal (há 7 anos este blog dedicou-lhe alguns mimos), tem gralha e trunca todo o efeito pretendido, ou seja, salvar o BAO da falência. Ó Diogo, tens de carregar no C quando diktares irretraccckkktável. Ou prefere irrevogável. Mas olha que quando não basta a garantia do Estado e é preciso acrescentar-lhe esse género de adjectivos, é óbvio que é para desconfiar, como todo guineense sabe, na sua gireza.
sexta-feira, 17 de novembro de 2023
Somos todos filhos de Deus
Moisés, depois de alguns encontros com Alá no Monte Sinai, disse ao Criador:
_“Senhor, oiço Tua voz, mas não Te vejo, e arde em mim a curiosidade de conhecer Teu rosto, Tua forma, Teu aspeto, de conhecer, enfim, qualquer coisa de Ti. Deixa que Teu servo Te veja, Senhor!”
Deus respondeu-lhe que aquele pedido era impossível de satisfazer. Moisés insistia, queria saber se era branco ou preto, homem ou mulher. A resposta veio breve: não era homem nem mulher nem branco nem preto e não tinha filhos. Moisés estava confuso, mesmo decepcionado. Então Alá deu a Moisés três ovos e mandou a Moisés que regressasse para junto do seu povo e que mais tarde lhe daria a explicação daquilo que tanto o surpreendera. Moisés regressou à sua gente, um dos filhos quis brincar com um dos ovos, este partiu-se, tanto chorou que acabou por receber o segundo, e depois o terceiro, ambos se partiram. Quando Moisés voltou ao Monte Sinai, questionado sobre o destino que dera aos ovos, lamentou-se, todos tinham sido partidos pelo mais novo dos seus filhos.
_“Ora aí tens, Moisés, admiraste-te por não ter filhos e agora já te posso explicar a razão de os não ter. Se tu consentiste aos teus filhos que partissem os ovos que te dei, bem poderia acontecer que deixasse aos meus, se os tivesse, que partissem a abóboda do Céu. Não, Moisés, não tenho filhos à maneira dos homens, mas são meus filhos todos os seres que criei”.
Lindíssimo conto mandinga intitulado “Por que razão Deus não tem filhos?”, extraído do blog do Luís Graça, o qual me parece deixar Jesus numa posição teológica delicada. Note-se que a ambiguidade se mantem, apesar do aparente dilema.quinta-feira, 26 de outubro de 2023
Honte et infamie au Tchad
Basta ver as caras dos Generais da Junta na tomada de posse do novo Ministro da Defesa, para se perceber que a coisa não vai ficar por aqui. Num país altamente militarizado como o Chade, o ministério dos militares ocupado por um civil? O qual "por acaso" estava em Paris. Mais difícil de atribuir ao acaso é o facto de ser tio da envolvida no vídeo vazado nas redes sociais que conduziu à demissão do seu antecessor, filmado pela própria filha. As insinuações de rapto das raparigas, que surgiram nas horas seguintes à divulgação, eram obviamente falsas. Os chadianos já perceberam que a nomeação é o prémio da infâmia. As redes sociais, com destaque para o tiktok, enchem-se de declarações repudiando a farsa, entre as quais a de um deputado. Os chadianos estão de alma e coração com os seus irmãos nigerinos, malianos e burkinabés, no sentimento anti-francês. Decerto não agrada aos generais ter de disparar contra o seu povo, pelos bonitos olhos de Macron. O próprio conselho de ministros que Déby promoveu esta manhã na presidência não parece ter corrido muito bem, dando origem a mais uma demissão no Governo...