quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Otite de Odete

Presença assídua no Palácio como porta-voz do PAIGC, deu à costa sem medo para anunciar que a partir de agora reconhece o Presidente da República. Deveria ter acrescentado "incondicionalmente". 

Que ía a senhora fazer a esse edifício, onde se encontrou várias vezes com o indivíduo em questão? Como não ouve nada bem, se calhar confundiu com as instalações da Alfândega, ninguém leva a mal.

Sim, não esquecer que isto do reconhecimento teve altos e baixos... com o seu espírito mercantil, o PAIGC estava disposto a trocá-lo pelo Governo, como ainda sonhou até ao dia 22 de Maio.

Enfim, a coerência continua definitivamente a não ser o ponto forte desse Partido.

PS Odete foi mendigar participação na "festa" do Governo, contudo apresenta a coisa como proposta do Presidente...

Bruma embota empresário

Uma névoa tolda a lógica de Catió Baldé, um vulgar complexado de Estocolmo, quando se refere a DSP: 

"o seu pronunciamento baixou a temperatura política e subiu o índice da esperança"

Agradecer a DSP o cumprimento do seu programa "pa frianta terra", querendo fazer esquecer que foi o próprio que levantou a fervura, é daquelas falácias básicas que caracterizam o PAIGC, das quais cada vez mais abusam (quando lhes falta a sua droga, o poder totalitário e parasitário).

É como felicitar o incendiário, depois da terra queimada, por aceitar não queimar mais nada, quando aliás já nada mais há para queimar. 

Subiu a esperança? Ou baixou a desesperança? pelo ponto final no teimoso apego do líder falhado às suas ficções...

É preciso ter lata!

PS Se Catió devia favores ao beneficiado, devem ter ficado integralmente liquidados (se ao contrário, a dívida agravou-se drasticamente), mas não fica bem a um especulador da bola vir cumprir de encomenda essa agenda obsoleta e obtusa, fingindo agradar a gregos e troianos, enquanto tenta lavar indignamente as mãos, a cara e a roupa suja a DSP.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Retorno ao ventre materno

Há alturas na vida em que é preciso dar o braço a torcer. Mas matchu, mesmo quando a realidade impõe a sua incontornabilidade, imagina forma de a tentar condicionar a eventualidades inconcebíveis: propõe voltar atrás no tempo que nos fez perder com as suas quixotescas reivindicações, um status quo ante que implicaria obviamente o reempossamento de Aristides. 

Ou seja, propõe que se beneficie o infractor, o candidato derrrotado que andou este tempo todo a empatar a vida ao país, com manobras dilatórias de mau perdedor, assentes no abuso do STJ (em seu descrédito), finalmente descartado com reafirmação do poder do Plenário face a tentativas de bloqueio institucional (à imagem da ANP) por parte da Presidência e sucedâneos.

Depois de ter pago uma fortuna pela injecção da expressão "ab initio" (aliás mal escrita, ao arrepio de todo o texto bem fundamentado do Plenário), de onde derivou toda a posterior confusão, o irreverente improcedente a quem a fragilidade política do momento da derrota impediu de aceitar os resultados, vem agora publicamente dizer para não contarem com ele para a festa?

Qual festa? A festa que estragou? É necessário chamar a atenção para o nível altamente ofensivo derivado do vocabulário recorrentemente utilizado, subversivo para as autoridades e perigoso para a ordem pública, um preço elevado que DSP facturou injustamente à imagem do país e à do seu actual presidente democraticamente eleito, exacerbando tensões nos últimos oito meses.

Vai pedir muita desculpa como desmancha-prazeres, para tentar repor a situação? 

Vai explicar à ONU e à CPLP que tudo não passou de brincadeira sua de mau gosto?

Não sabe onde se há de enfiar? Desistir já soa a pouco; des-exista, se é homem. 

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Matchu improcedente

Ficou constitucionalmente patente a improcedência do derrotado (a má-fé destas manobras dilatórias foi exposta no decurso do processo e deveria ter constado do acordão final do Supremo Tribunal de Justiça). Resta o voto de vencido do Vice depois do eclipse do Presidente, a cujos argumentos estropiados se agarram como se estes fossem a última coca-cola no deserto. Até há poucos dias, em comunicado sobre o Secretário-Geral da ONU, a falta de pronúncia do STJ era o principal argumento que sustentava o discurso negacionista até aqui alimentado; agora, que ruiu o último alicerce pseudo-legalista, o mesmo tribunal recebe atestado de incompetência, por parte do bloguista-mor do reino virtual de DSP...


PS Onde estão as organizações da sociedade civil para denunciar o mau perdedor com quem assinaram pactos pós-eleitorais? O responsável máximo da farsa já foi presente ao Tribunal Supremo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

TdR UNIOGBIS II

 


Guterres extravasa do seu convencional lirismo tosco, quando se propõe a "monitorização dos proveitos do crime organizado usados para apoiar indivíduos que procuram impedir o restabelecimento da ordem constitucional". Mais que patético!

Tanta conversa e ofensas ao país, para chegar à conclusão rasca de que o Conselho de Segurança "pode desejar"? As pessoas devem ser esclarecidas, neste contexto, que nada as proíbe de desejar o que quer que seja, desde possuir um Ferrari a pregar um bom estalo no abusador que ocupa o cargo de Secretário-Geral das Nações Unidas...

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Bavure française au Mali

O incidente que implicou a morte de um civil vem questionar o papel francês na região, que se arrisca a passar de "libertador" para "ocupante". Os militares portugueses já nada têm a fazer no Mali, associados a uma força neo-colonial. Esperemos que os decisores tenham o bom senso de os retirar, antes que as coisas se precipitem.

PS La retraite de tout le dispositif semble desormais inévitable, pour ne pas être avalé par les dunes.

Humilhação do SG, com veto garantido

O SG da ONU deve estar bêbado, ouvia-se hoje em Bissau. Missão de peritagem com agenda imbecil não entra. O senhor Guterres quer arranjar bodes expiatórios para a incompetência no Mali? Vá coçar-se para outro lado! Qualquer tentativa de submissão de proposta de sanções terá, se não mesmo o voto contra da maioria, garantidamente o veto determinado da China e da Rússia.

PS Note-se a escalada exponencial da agressividade do SG em torno deste polémico relatório. A 10 de Agosto pedia apenas um "diálogo genuíno" e uma "governação inclusiva". O que o fez mudar tão radicalmente de discurso, em três semanas apenas, voltando atrás com o reconhecimento atribuído por delegação à CEDEAO? Será a perspectiva demasiado evidente de um desaire da sua iniciativa obviamente obtusa e abusiva, por ofensiva da soberania nacional, quatro meses depois dos factos consumados?

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Regresso triunfal

Do cda Eng.º Domingos Simões Pereira, no dia 7 de Setembro, depois de longa estadia no estrangeiro.

Fonte: PAIGC.

Bater sempre na mesma tecla

 A LUSA e o SG da ONU têm o disco riscado. Se fossem um restaurante, confeccionavam os pratos com os restos dos dias anteriores. Que nojo...

Usemos pois uma dessas caixas de ressonância acríticas que pagam à LUSA pelo lixo que produz. Ananim, ananão, calhou à VISÃO.

Quem consegue encontrar uma única diferença nos quatro últimos parágrafos (metade do texto), entre esta notícia de 10 de Agosto e esta outra de hoje

Não julgam que estão a abusar do copy/paste, apostados na burrice do leitor? Pelo menos alterem uma palavrinha aqui, uma palavrinha ali.

Seus preguiçosos! Tenham vergonha!

PS Para aferir da inconsistência da notícia, note-se que o pretexto invocado é a renovação de sanções ineficazes e risíveis a militares, mas o título fala de sanções a civis. O Secretário-Geral tem o osso da Guiné-Bissau atravessado na garganta e é hoje um dos principais factores de instabilidade do país.