sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Garantias de segurança alimentar

Em tempos de insegurança, de carestia e de eventual escassez, a isenção aduaneira temporária de bens alimentares de primeira necessidade, abusivamente interpretada como sendo exclusivo de um único importador, constitui um sacrifício fiscal mais que justificado. O incentivo estende-se obviamente, por razões de igualdade e de não discriminação entre contribuintes, a qualquer operador com os impostos em dia; contudo, o Ministro das Finanças aparenta grave déficit de comunicação.

A transparência e restituição do Orçamento de Estado também não brilharam em conselho de ministros. Não basta pedir autorização para financiar um déficit gigantesco recorrendo a crédito avulso, é preciso clarificar se a situação se prolongará e por quanto tempo, qual a racionalidade das estratégias de amortização, quais os benefícios esperados, partilhando objectivos e envolvendo as pessoas. Não fica bem a um Ministro das Finanças pedir aos seus concidadãos cheques em branco.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Produzir contornos

Comunicado do PAIGC de extrema gravidade, no qual se denuncia um "facto ignóbil" (coitado do facto), terminando por um lapidar "podendo produzir contornos imprevisíveis". 

O torneiro, perito na produção com torno, faz peças inesperadas com contornos inauditos...

DSP pulveriza sucessivamente os próprios recordes no teste do pateticómetro.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Pedante internacional sénior


Quem é Madalena Mendes, que assina o artigo em mau francês (logo no título salta aos olhos um "regerder") e pior traduzido ainda para português?

É uma pseudo-activista bas bleu, do bas fond da outra margem do Tejo, que se dedica a traduzir para francês as teses de DSP num blog. Volta não volta, a senhora oferece artigos a plataformas digitais francófonas, como este outro artigo em que se intitula pomposamente de coordenadora de um "Colectivo da Sociedade Civil", cujo único referente é o próprio blog.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Sissoko corrige o tiro

Dando um ar da sua graça na Cimeira de Chefes de Estado da CEDEAO, o presidente guineense chamou a atenção para o que se passa na Costa do Marfim e Guiné-Conacri, relativizando assim a situação no Mali e inibindo avanços no processo de condenação do "golpe". E ainda conseguiu uma nota final, legitimando a sua agenda e continuando o roteiro, a caminho de uma revisão constitucional. No actual contexto, o desmerecimento francês, no Jeune Afrique, vira elogio.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Consumidos por factos consumados

Depois de caído em saco roto o coro de condenações pro-forma, parece ser à embaixada de França que compete dar o primeiro passo, no incontornável reconhecimento do momento que se vive em Bamako, antes que o ambiente dê início à indesejável fermentação do beco sem saída. Sanções não vão assustar o exército.

Os discursos vãos da diplomacia chocha

As imagens em directo da captura do presidente Keita, com breves planos dos blindados das forças internacionais atirados para a valeta e hostilizados pela população, desafinam vivamente das tomadas de posição das organizações internacionais, devendo preocupar em especial os estados-maior dos países com soldados na zona. 

Apelar à reposição da ordem constitucional e à "imediata" libertação de figuras políticas é um contra-senso e só pode conduzir a maior desacreditação da ONU ou a uma desgraça. Em relação às figuras políticas, a questão já nem se coloca, pois desde que assinaram a demissão, são livres como simples cidadãos. Sempre compulsivamente atrasado e mal informado, o Secretário-Geral: defender aquilo que não tem força, nem militar nem diplomática, para implementar, só pode ser uma brincadeira de mau gosto.

Avião presidencial a caminho de Bamako

Enquanto o povo rejubila, em Bamako, não deveria estar a chegar ao aeroporto um avião carregado de presidentes, segundo o esquema de 2012, para arranjar uma solução? O problema é que esses estão hoje proscristos pela Comunidade Internacional e pelos seus concidadãos, nos meandros da sua perpetuação no poder. 

Sua Excelência o Presidente da República da Guiné-Bissau faz mal, na minha opinião, em condenar o exercício da soberania popular, igualmente consagrada na Constituição que jurou, por parte do povo do Mali.

100 máscaras

Corrigindo os erros de 2012, o comando apresenta-se coeso ao lado do povo e decreta a inexistência do COVID. 


Estamos juntos. Viva a Junta.

domingo, 16 de agosto de 2020

Guiné-Bissau monitorizada

Requiem por DSP

terça-feira, 11 de agosto de 2020

A hostilidade patológica da senhora Rosine

Com óbvia carência de objectividade, a representante do gabinete demissionário da ONU, acabada de descer do Paraíso à terra, declara o ambiente em Bissau como hostil. Se se estava a referir a mosquitos use antes "insalubre" ou então recorra ao famoso DUM DUM. Porque por esse termo pode dar a entender estar a profetizar a abertura de hostilidades. Entre quem e quem? Será que Rosine papou o discurso obsoleto da "zona libertada", sobrevalorizando a retórica subversiva e terrorista de DSP? A ONU não terá já sarna suficiente para se coçar com aqueles que ainda há pouco serviam de mediadores na Guiné-Bissau? Procurem mais para os lados de Abidjan, Conacri, Lomé, etc É que na Guiné-Bissau não há qualquer ambiente "hostil" senão na cabeça do auto-proclamado líder inamovível do PAIGC.


Para se aferir a credibilidade da crédula senhora, repare-se que afirma que "a crise pós-eleições impediu a realização das reformas urgentes, incluindo a revisão da Constituição, da lei eleitoral, bem como a lei dos partidos políticos." Ah, sim? Era uma tal comissão, que andava há dois septenatos a trabalhar no assunto, mas que ainda não submeteu nada em concreto à apreciação pública... Aliás, incongruentemente, uma iniciativa no mesmo sentido de revisão constitucional, promovida pelo Presidente, essa, não só não conta para a dita senhora, como é classificada de perniciosa, apesar de ainda se lhe não conhecerem os contornos. Por aqui se constata o lamentável parti pris e a tendenciosa adesão às falácias do líder por video-conferência. As reformas urgentes iriam decerto aparecer por algum passe de mágica, não fosse, claro, a lamentável circunstância da "crise pós-eleições". A qual não passa de um mito forjado por um mau perdedor para tentar lançar o caos. 

As referências às Forças Armadas da Guiné-Bissau são, para além de desprimorosas, inconsistentes. As Forças Armadas mereceram fortes elogios, ao longo dos últimos oito anos, pelo seu afastamento da política. Não precisam de ser "constantemente recordadas" para o fazer. Não é a senhora, que nada percebe do que se passa em Bissau e emprenha pelos ouvidos nos corredores dos edifícios multilaterais, que lhes vai ensinar que "devem tornar-se agentes de mudança no sentido da paz e estabilidade", pois essa é a missão que lhes está consagrada na Constituição no ponto 2 do seu artigo 20.

Quanto ao SG, o discurso da imposição de anteriores governos ou dos seus planos está a tornar-se claramente obsessivo. Parece que não consegue engolir a ordem de desmobilização a 31 de Dezembro e quer salvar a todo o custo a representação em Bissau, ajudando a pintar um cenário catastrófico como ferramenta de um macabro marketing de burocrata: os perigosos fantasmas que assobram a ingénua senhora Rosine são afinal simples espantalhos que gente malvada e mal intencionada plantou na sua sugestionável imaginação.

sábado, 8 de agosto de 2020

memoranDUM DUM DUMinguinhu

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"Le PAIGC est son candidat DSP" in último parágrafo do memo não assinado.

Passe a gralha, mas o PAIGC e o seu "candidato"? Estarão com espírito derrotista e falta de adjectivos? Talvez devessem acrescentar "supostamente derrotado"... Candidato a quê? À terceira volta das eleições presidenciais? A chefe do novo governo de maioria parlamentar emanado do comunicado da CEDEAO, o tal que deveria ter tomado posse a 22 de Maio?

O título do documento é claramente desadequado. Caderno de condolências, colectânea de agravos, muro das lamentações, sina de carpideira, tudo se ajeitaria melhor ao conteúdo, que não passa de uma choraminguice piegas para betos da ONU. Os mosquitos zumbem e a noite passa...

Chave simbólica

 A representação das Nações Unidas, de malas aviadas da Guiné-Bissau, pretende deixar as instalações ao "primeiro-ministro" Aristides Gomes, para servir como palácio ao governo que o PAIGC proclama como legítimo, continuando assim a alimentar artificialmente uma pseudo-crise política. A cerimónia de passação está prevista para o dia 31 de Dezembro do corrente.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Ponto no i (continuação de capítulos anteriores)

Bolos, salgados, imperiais, pão com chouriço, uma paciente com a mania da perseguição refugiada no Júlio de Matos que abandona a instituição para dar uma entrevista, Rio choca contra Chega, rio vermelho choca população, morreu o amigo de Marcelo Caetano, enquanto o Ricardo ainda mexia. iiiii!!!