sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Kil ku muri ba dja dus biás

A 6 de Junho de 1998, quando pensava ainda poder abandonar o país para eliminar Ansumane, Nino proclamava na Chapa que até a sua camisa mandaria em Bissau. Herói ou psicopata? 


Culpados do assassinato de Nino? Não foi assassínio, foi suicídio. Para que voltou Nino à Guiné-Bissau, conhecendo bem em que circunstâncias tinha sido obrigado a deixá-la? Já foi uma chatice arrancá-lo às garras do povo, quando os manuais ordenavam suprimi-lo, para evitar chatices... 

Luís Cabral sim, merece elogio, pois sabendo passado o seu tempo, sempre fez questão de não se intrometer e decerto que não por falta de amor à Guiné, acabando os seus dias tranquilamente no exílio, de morte natural. Se há um culpado do assassinato de Nino, é decerto o próprio e sua sede doentia de vingança e de eternização no poder. 1, 2, 3, fossem quantos "mandatos" fossem. 

Para além disso, de forma alguma pode haver mais suspeitos, para além do ante-declarado culpado e bode expiatório ideal. O valente general Tagma Nawai ordenou para as horas seguintes a qualquer coisa que lhe acontecesse, o fuzilamento do presidente. Ordens diligentemente cumpridas pelos seus subordinados. 

O ex-presidente deixou um pesado passivo contraído nesses dez anos que roubou à cova, a acumular à factura da sua vida anterior.

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