sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Portugal reconhece que precisa da Guiné-Bissau

1) O Presidente da República, em Portugal, ao contrário do caso de França, por exemplo, não tem competências na área dos Negócios Estrangeiros.

2) Portugal não reconhece a Guiné-Bissau como Estado independente, vai para dois anos parado no tempo

A que propósito vem portanto a declaração de Cavaco Silva? Responsabilidades sobre uma viagem em grupo? Deve ser para rir. Responsabilidades tem o governo português, que, numa inqualificável atitude, tem vindo a perseguir e a prejudicar sistematicamente a Guiné-Bissau no palco internacional. A que autoridades estará Cavaco Silva a dirigir-se? Será que não conhece a posição oficial do seu país?

O encarregado de negócios da Guiné-Bissau em Lisboa deveria declinar «diplomaticamente» qualquer convite posterior para se deslocar ao MNE a esse pretexto, significando ser o «negócio» matéria que o transcende, remetendo para futura acreditação de um embaixador, tais assuntos mais melindrosos.

O problema foi Portugal que o criou, ao cortar as relações com um país de língua portuguesa, onde possui uma importante comunidade, mantendo essa atitude para além do inimaginável, apenas por causa de uma «birra» infantil de um mentecapto do actual governo. Não queiram agora empurrar as culpas.

P.S. Se não fosse pedir muito, o senhor presidente poderia falar, isso sim, em termos genéricos, da catástrofe humanitária provocada pelos agitadores americanos, ingleses e franceses na Síria, que acaba por dar origem a estes tristes e lamentáveis casos para a dignidade humana. Congratular-se por terem escolhido Portugal, tão longe da sua origem (com a Grécia ali tão perto) e já agora, pelo jovem português de origem síria que veio selar este benefício de refúgio, que prestigia Portugal. Utilizar este caso, perante a Europa, para chamar a atenção para a tragédia que vive o povo sírio. Essa seria uma atitude humana, mas também inteligente, que prestigiaria a sua função, que gostaríamos de ter por nobre.

5 comentários:

Retornado disse...

Mas quem te pagará para defender o indefensável!

7ze disse...

O indefensável é o quê? O direito de asilo? Quem assina retornado deveria ter um pouco mais de sensibilidade no caso. Defende que Portugal deveria ter colocado entraves ao retorno dos refugiados de 1975, com origem em África?

E, caro retornado, esse «inquérito» do «quem pagará» é desnecessário, no sentido da manutenção e admissibilidade dos seus comentários aqui neste blog. Por favor, respeite o anfitrião.

Retornado disse...

Quem assina retornado é porque adquiriu imunidade total.

Tem legitimidade para disparar em várias direcções.

Sabe o que é tolerância e intolerância.

E com esta gota que fez transbordar o copo, a Guiné só talvez lá vá com a invasão de "legionários franceses" porque com Ramos Horta já não vai lá de maneira nenhuma.

Podia ter sido em 1998 a solução final, se não tem sido a marinha tuga.

E como já há muitos anos há guineenses a preferir que venha a Air France em vez da TAP...!

7ze disse...

Não deseje isso à Legião! Seria o fim dessa unidade de elite do exército francês.

A «solução final» soa um pouco a genocídio, e não se entende o que pretende dizer... Solução final, no 7 de Junho? A marinha portuguesa? Está a falar de quê? Deveriam ter apoiado o Nino e exterminado os seus opositores? O que quer dizer com isto? Acredito na sua imunidade e legitimidade, mas também que não se esquivará a esclarecer as suas palavras...

A solução na Guiné, para ser sustentável, terá de ser endógena. Qualquer tentativa de ingerência é perniciosa.

Anónimo disse...


A forma cega que se tem defendendo o mau resultado de governo que temos em GB é incrível.

O nosso problema se resume em ser coitadinhos mesmo que erramos.

Faz um favor e pensa muito antes de estares a defender a inverdade.

Os Militares e os Policiais da GB são movidos pelo dinheiro e não medem conseqüências para os ter.

Att