Numa redundância plenamente justificada, os blogs da rede guineense de informações publicaram a notícia da morte de Nelson Mandela, acompanhada de comentários e resumos da sua obra e feitos.
Pela parte de Angola, as condolências, desta vez, não vieram da Presidência da República. Foram enviadas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros. É que «o grande exemplo» não se adapta propriamente a Angola...
Mandela, depois de conquistar, com toda a legitimidade, o poder (o que não foi o caso de José Eduardo dos Santos); soube abandoná-lo, no cume da sua popularidade, deixando o palco aos mais novos (coisa que José Eduardo dos Santos, pelos vistos, também não consegue).
Lutava «contra a dominação branca e contra a dominação negra». Ver Ordidja, link à direita.
Também neste campo, o modelo angolano introduziu uma grave e perniciosa distinção: entre os extremamente ricos (estilo autocrata, arrogante e vaidoso), os seus escravos brancos (maioritariamente portugueses: embora mesmo esses - se bem que finjam que não - acabem por desprezar os seus «donos»), e o resto (a imensa maioria) da população, que vive abaixo de cão.
A morte de Mandela justifica uma reflexão profunda e consistente sobre a sua coragem e exemplo.
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Há 40 minutos
2 comentários:
Mandela foi a excepção à regra a sul do Sahara.
Infelizmente para África foi excepção, mas no caso de Angola, Moçambique e Guiné, mais que excepção pode ser que ainda seja uma lição que venha a tempo.
Porque a luta continua!
A memória não é curta Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas A/RES/42/23 de 20 de novembro de 1987, pela libertação de Mandela, então condenado a prisão perpétua: 129 votos a favor, 3 contra (EUA, Reino Unido, Portugal) e 23 abstenções. Cavaco Silva era o primeiro ministro e Mandela ficou mais 13 anos na prisão.
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