Daba dá bofetada de luva branca em Paulo Portas e no
Chefe de Estado Maior das Forças Armadas de Portugal:
1) À retirada da força portuguesa, respondeu que não sabia, só
sabia que tinham ido para resgatar portugueses, mas que sempre lhe tinha
parecido que isso não se justificava por causa da abertura das fronteiras
aéreas (quem quer ir aos trambolhos? de barco? isso era há meio século… para
quê, se pode apanhar confortavelmente o voo da TAP?), além de que, claro, se os
portugueses não querem voltar para Portugal, não podem obrigá-los a sair… eheh
2) À ridícula justificação apresentada para a impo(t)nente
missão Manatim, de ter contribuído para a dissuasão de uma violência de maiores
proporções, respondeu que os militares guineenses estiveram debaixo de fogo na
casa do Primeiro-Ministro e que nunca dispararam. Ainda não correu uma única
gota de sangue (humano, pronto) desde há um mês. Maiores proporções que nada?
Sabe quanto é zero multiplicado por qualquer número? Lá na Academia não se
aplicou muito em Matemática, está-se a ver. Limite-se a cumprir bem o seu
dever; se acha que é um herói e merece uma medalha (por uns dias de férias à
pesca nos trópicos), faça um requerimento a quem de direito, mas poupe-nos às
suas lucubrações infelizes, que pouco vêm ajudar ao apaziguamento da situação, e
podem prejudicar a imagem de Portugal, podendo
ser vistas como inseridas na campanha de mistificação em torno da «democracia»
promovida por José Eduardo dos Santos (com que moral?) em conluio com Paulo
Portas, um par cujas motivações dariam decerto uma boa reportagem independente no
Expresso. Senhor CEMFA.pt:
deploráveis são as suas afirmações; convir-lhe-ia mais estar calado e
fazer-se esquecer. Foi de facto um bom exercício militar de mobilização
intempestiva, conseguiu demonstrar a prontidão que se requer de uma força criada
para isso; mas já que se recusa a entrar no campo financeiro, que não é da sua
competência, não enverede também por distribuir avulso opiniões políticas pessoais,
pouco fundamentadas e avalizadas, pois já chega a irritante incompetência de
quem o mandou para lá. Dissuasão? Não seja ridículo. Se não tivessem acudido tão prontamente nem o canário do Sr.
Ex-Primeiro Ministro teria escapado! Um banho de sangue...
O Chefe de Estado Maior da Marinha angolano está agora junto dos seus congéneres da CPLP: numa reunião «menor» no Brasil, hoje dia 8 de Maio, abordado pelos jornalistas, falou na esperança depositada na CEDEAO para resgate da MISSANG. Pelos vistos o tema deixou de ser tabu: o Senhor Almirante referiu-se humildemente ao desejo de Angola de obter segurança para a retirada da força. O discurso parece estar a mudar, no bom sentido.
O Chefe de Estado Maior da Marinha angolano está agora junto dos seus congéneres da CPLP: numa reunião «menor» no Brasil, hoje dia 8 de Maio, abordado pelos jornalistas, falou na esperança depositada na CEDEAO para resgate da MISSANG. Pelos vistos o tema deixou de ser tabu: o Senhor Almirante referiu-se humildemente ao desejo de Angola de obter segurança para a retirada da força. O discurso parece estar a mudar, no bom sentido.
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