sexta-feira, 29 de maio de 2015

Adivinha quem é o pseudo-dragão?

A quem se destina o seguinte recado, hoje saído na imprensa marroquina, a propósito da visita do Rei de Marrocos?

«Quels sont ces pays africains, qui se déclarent faussement des puissances régionales,
qui en ont fait de même? Aucun !
Des pseudo "dragons" africains
qui n'arrivent même pas à assurer
le minimum vital à leur peuple!»

«Que países africanos, entre aqueles que falsamente se proclamam potências regionais, deram o seu apoio [à Guiné-Bissau] como está Marrocos a fazer? Nenhum! Pseudo-"dragões" africanos que não conseguem sequer garantir o mínimo vital para o seu povo!»

Se o plural pode ajudar, esclareça-se desde já que, apesar dum incidente diplomático recente entre os dois países, o principal destinatário da carapuça não é o novo presidente da Nigéria, muçulmano do Norte e que o Rei apoiou nas eleições contra a boa sorte do antigo.

Ao desesperado apelo de fundos das autoridades guineenses,

reforçado pelos intempestivos avisos à navegação que o agente duplo Trovoada emite pela CPLP em nome da ONU , pelos quais ficamos a saber que DSP nada pode fazer sem meios, pois as promessas da mesa redonda não passaram disso mesmo e está completamente sem dinheiro (tudo bem misturado com as ingerências do costume, tentando chantagear com o fantasma da «reforma» da defesa «as condições não estão ainda reunidas para que se possa avançar com margem de sucesso no apuramento das responsabilidades e na punição de culpados ["golpistas"]. (...) Injai foi removido e está tranquilo. (...) Outras altas patentes estão a ser mudadas»)

respondeu o monarca (decerto depois de ouvir as queixas surdas dos seus anfitriões) apontando o dedo a quem muito promete e nada cumpre...

Apenas uma dica: lembre-se que Angola tinha prometido, com pompa e declarações de circunstância (gabando o seu papel de potência regional, o seu lugar no Conselho de Segurança, o seu papel na «paz» do continente), quase dois mil homens para a força centro-africana; uma pequena nota de rodapé meio esquecida do Jornal de Angola veio recentemente anunciar que afinal, «desistiram». Tal como a Garantia ao BES, ou as muitas comissões de inquérito (evidentemente inconclusivas) extintas à dúzia por decreto sibilino.

Sem comentários: