Embora não seja jurista, não quis deixar de responder ao desafio lançado pelo Progresso Nacional, reflectindo e dando a minha opinião sobre o assunto, no sentido de tentar contribuir para o esclarecimento da Conceição. Formalmente, basta clicar aqui para ser encaminhada para o tópico do Didinho, onde poderá consultar, em formato digital, toda a informação que procura, por baixo do mapa da Guiné.
Informalmente, darei também a minha opinião à Conceição: o sistema eleitoral guineense é uma farsa e dificilmente se pode considerar um exercício de cidadania. Como resultado das várias convulsões e dos problemas estruturais de insubordinação das forças armadas perante a mentalidade corrupta e a incompetência dos políticos, agravados pela extrema pobreza a que estes condenaram o país, expondo-o por essa via às mais vis e interesseiras e grosseiras propostas desonestas, as eleições são sempre financiadas (importando técnicos estrangeiros, muito pouco desse dinheiro fica na Guiné) e observadas (supostamente policiadas, viu-se o paradigma do modelo, com as eleições angolanas) por estrangeiros.
Graças ao mito da «dependência», querem hipocritamente fazer-nos acreditar que a Guiné precisa de estrangeiros para financiar (os próprios estrangeiros) a virem dar prémios de bom comportamento à manutenção das aparências. Que valor ou validade, que legitimidade têm eleições pagas por estranhos? Como pode esse acto pretensamente estruturante da soberania popular estar dependente de circunstâncias estranhas e vontades alheias?
Não há almoços gratuitos (excepto para os deputados, na cantina da ANP).
Há 3 minutos
1 comentário:
O exercício do Progresso Nacional acaba de demonstrar, segundo a opinião de algumas mensagens lá publicadas, ser mais válido, na auscultação da vontade popular (ainda pouco informada e habituada a exprimir-se através da internet), do que todo o aparelho obsoleto da CNE. Mudam-se as tecnologias, mudam-se os hábitos.
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