A União Africana, que no Domingo dará início à sua XXI Cimeira, acaba de publicar, pela voz do seu Comissário para a Paz e Segurança, o enésimo apelo à realização de eleições antes do fim do ano. Quando chegarem a Novembro é isso que vão pedir ao Pai Natal?
O comissário, Ramtane Lamamra, referindo-se ao esforçado representante no terreno, diz que este «envidou até esforços para restaurar a unidade do Partido Africano para a Independência da Guiné e de Cabo Verde (PAIGC) para que este partido resgate a serenidade.»
Estamos perante um novo entendimento da esfera de actuação da UA, que agora faz e desfaz na política partidária dos países membros. Restaurar o PAIGC? Porquê? Está a soro? Ligado à máquina? E tem de acalmar? A situação está assim tão mal, senhor doutor?
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Há 14 minutos
2 comentários:
O africanismo anda pelas horas da morte. A presidência da UA entregue a um país com uma péssima fama internacional em termos de violação dos direitos humanos? Talvez a Guiné-Bissau devesse pensar em fazer secessão dessa união em torno de valores equívocos.
Uma possibilidade seria mudar o nome para a Africana: já que deixou de ser organização e, pelos vistos, união também não é. A hipocrisia não é um bom princípio para uma união.
As efemérides são bons pretextos para se fazer um diagnóstico sério. Há que repensar o africanismo.
Palhaços há muitos e não é só em Belem, pelos vistos também aqui temos um.
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