quarta-feira, 26 de março de 2014

Acerca da figura de intelectual «golpista»

Propago, na íntegra, a posição do Didinho:

«Depois do golpe de Estado de 12.04.2012 e até há bem pouco tempo, "juízes" sem juízo e visão da realidade das coisas e dos factos; da vida das pessoas; do interesse nacional, quiçá, da salvaguarda de todas as integridades e interesses da (e a bem ) Guiné-Bissau, criaram a imagem do sujeito "golpista", para eles, independentemente desse sujeito, dito "golpista" ser contra golpes de Estado e todas as suas ramificações, o facto de não se ter pronunciado a favor da recondução do regime deposto, na mesma perspectiva que uma "maioria", mas sim, por um realismo circunstancial, que não fosse prejudicar ainda mais, o país e todo um povo, desde sempre sofredor, e perante o facto consumado, de um processo garantidamente irreversível, como se confirmou e que foi o golpe de Estado de 12.04.2012 eis que, felizmente, a "maioria" equivocada acaba por perceber a diferença entre a reposição da normalidade constitucional e a reposição/recondução do regime deposto. Hoje todos falam em eleições, profetizando o melhor para a Guiné-Bissau, o que me apraz sobremaneira, sem me esquecer, contudo, que, há bem pouco tempo, uns e outros instigavam a violência, profetizavam a guerra e, directa ou indirectamente, prejudicavam o país e todo um povo sofredor. Eu, que fui apelidado de "instigador" do golpe de Estado de 12.04.2012 por muita gente que fez questão de manifestar essa acusação de várias formas, não podia estar mais aliviado, nos dias que correm, por ter ajudado na elucidação dos meus irmãos guineenses, sobretudo, para a necessidade de se evitar o radicalismo, quando o que está em causa é o colectivo e o interesse nacional! Viva a Guiné-Bissau! Paz, harmonia, desenvolvimento e bem-estar comum!»

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