sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Carlos Filipe manifesta-se

Não há nada como formular. Só CTR C + CTR V farta. Uma ou outra vez que o fez foi só para contrariar.

Formalizar pretensões. (pré ou pós)... Clarificar. Já agora. Também há jovens no interior. Cheios de ... e de boa vontade.

Bem vindo, Carlos (não gosto de Filipes)

PS E nem parece bem, acreditar em «salvadores». Isso é do outro lado...

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Emoção e contenção

Recebi vários emails estranhando a não publicação (alguns chegaram a sugerir «aproveitamento político») de notícias relacionadas com o funeral de Ganga.


Obrigado, Rafael e Samuel (na rede guineense).

Se não o fiz antes, não o vou fazer depois, não quero deixar a raiva tomar conta das minhas emoções. Apenas chorei, compulsivamente...

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Timor na vanguarda da CPLP

Ironia reveladora: a brincar, a brincar, o Luso Monitor refere que «Timor-Leste encontrou a sua causa: a Guiné-Bissau»!

Porque razão Timor não pode ter «uma causa»? Tal como referido, Timor, já tendo sido «causa», tem toda a legitimidade para o efeito.

E não se confundam: se querem «monitorizar» a lusofonia, abram o espírito às novas realidades, não se deixem fossilizar em preconceitos.

Carnaval de fardas

O hábito não faz o monge.

Para assinalar uma notável redundância em torno de Daba, na rede guineense de informações. Quase todos publicaram a prisão dos farsantes que prejudicavam a imagem das Forças Armadas.

Talvez devessem ser «afagados» para confessarem qual o objectivo que tinham nessa noite: porque andavam a circular? A soldo de quem? As notícias são confusas... Mas isso não será um sinal?

De qualquer forma, Daba aproveitou para manifestar algum desconforto com a posição do SGONU, quanto ao reforço da ECOMIB. Com que fundamento? Com que objectivo?

P.S.

A. da Silva (não confundir com o insuspeito editor do DC) sugere que é tudo treta. No entanto, como descobriu essa insofismável verdade? Só porque, por baixo das fardas, usavam gravata?

Disseram à RTP África? Nunca? Ainda bem. Então, a acção preventiva da tropa, foi realmente eficaz! Não chegaram a conseguir praticar nenhum crime... Mesmo assim, isso não cola.

Para além de ter ido às tabancas, o Daba também os ajudou a vestir as «máscaras» (contra a vontade dos próprios) e, claro, obrigou-os, contrariados, a entrar para o BMW último grito.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Muco

«Personalidades»? Lista? Nomes?

«Plano de curto prazo»? Ver para crer.

«Identificar e propor ao Governo»? Qual governo?

«Devem orientar a agenda política»? Devem? Orientar? Belo ditado...

«Plano de urgência»? Despachem-se!

«Até ao fim do ano»? Corram!

«Preparar mesa redonda de doadores»? Boa! Eu doo um euro. Mas só se a mesa for quadrada.

Ver notícia.

Metodologia obscura

Timor lidera o ranking da competitividade fiscal.

Portugal atrás de Cabo Verde e Angola atrás da Guiné-Bissau.

Os indicadores escolhidos, foram-no em função dos países «desenvolvidos»... são pouco relevantes e a metodologia obscura, não sendo levado em consideração um factor importante: a informalidade (atenção às traduções livres: não estou a querer sugerir «corrupção»).

De tenções está o inferno cheio

Jesus estava muito mais à frente na Lei: se o prevaricador tenciona praticar o crime, já é culpado, nem precisa de o executar!

Basta desejar a mulher do próximo para cometer adultério (se calhar foi assim que o pai Zé...)

De tenção adiato nô és krime! (tradução livre)

Cópia do Original.

Nova entrada

Apenas para realçar mais uma entrada para a rede guineense de informações. Acessoriamente, pode servir para desmentir uma certa percepção de «parcialidade» a «qualquer custo» deste blog (7ze).

Um prémio para um português recentemente envolvido nestas andanças. Carlos Filipe tem vindo a fazer um trabalho de recolha de informações, tentando penetrar os mistérios da realidade guineense.

(«mais estranha que a ficção», segundo as suas próprias palavras)

Parece-me que bebeu um «shot» de água do Geba, quando por lá passou ao serviço do exército português (e isto não é uma crítica). Se me engano, espero um desmentido, pois sei que está atento.

Eis uma prova «viva» de como, graças ao «amor», se ganha legitimidade para intervir. Já agora, se me permite uma observação, as «traduções livres» prejudicam-no. Deixe-se de automatismos e releia-se, quando copia a «pasta». Não basta parecê-lo. Mesmo não o sendo, tem de merecê-lo. Empenhe-se: dê um jeito à tradução, acrescente valor, julgo que é capaz. E cite a fonte. É um protocolo da rede.

P.S. A consultoria vem de Hong Kong. Será que os 4,3 biliões de dólares a que se referem não são americanos? Mesmo que sejam HK$, parece um «pouco» exagerado... Talvez valesse a pena legalizar esse tráfico, para lhe aplicar uma «pequena» taxa de 0,1% sobre o Valor Acrescentado, resolveria rapidamente o deficit guineense... A Guiné-Bissau não é, nem nunca será um narco-estado.

Aviso à navegação

All international players need to be cautious to avoid becoming too deeply embroiled in local elite Bissau political games and learn from past mistakes.

Todos os actores internacionais devem mostrar-se cautelosos, evitando deixarem-se arrastar e «embrulharem-se» nos jogos políticos da elite local guineense: aprendam com os erros do passado!

Ver notícia. Obrigado PN.

A carapuça serve em especial, no actual momento, ao Secretário Geral da ONU:

1) A CEDEAO não é uma repartição às ordens de Vossa Excelência: a desejável cooperação entre as duas organizações, de âmbito geográfico diferente, de forma alguma pode tolerar este género de abordagens; uma intenção deste tipo teria de ser apresentada em conjunto com a CEDEAO e as autoridade guineenses.

2) O mandato (já prorrogado) da organização sub-regional termina a 31 de Dezembro; seria aconselhável a sua não renovação, garantindo assim ao povo guineense a total liberdade eleitoral, sem constrangimentos estranhos; dada a simpatia que gerou o apoio do povo timorense à causa da estabilização e reconciliação guineenses, parece-me que a única solução aceitável, seria uma força 100% timorense.

Mu dança de posto

Há que felicitar a aparente mudança de atitude de Carlos Gomes Junior, que substituiu o «legítimo» por «deposto». É um primeiro passo, a bem da sua sanidade mental, contribuindo assim para uma remota possibilidade de reconciliação nacional. Ninguém se pode curar se não reconhecer a doença. Já agora, comece (Presidente do PAIGC) e acabe (Primeiro-Ministro deposto) os documentos na mesma pessoa, para não ser acusado de «problemas de identidade»

A senhora nunca esteve detida, apenas as (in)formalidades de entrada no país demoraram um pouco mais que o habitual... Mas considerar um interrogatório como «humilhação pública», «violação dos direitos humanos de forma flagrante», da «integridade física», etc, etc, parece um pouco demagógico: já que começou a medir melhor as palavras, chame-lhe antes «esclarecimento necessário». Os melhores cumprimentos a Vossa (Ex)celência pela atitude.

sábado, 23 de novembro de 2013

Guarda do Planalto

Na ausência do Presidente, só guardam mesmo o Planalto.

Depois das mortes contra as quais se reclamava, mais do mesmo, mostrando inequivocamente, quem provoca distúrbios...

Fuzilamento cobarde de mais um mártir. Ver imagens.

«Ao Sol»

O Sol minimiza os acontecimentos, falando em «dezenas de manifestantes».

Ignóbil vendido, desmerecendo a família (pai e tio), filho da ... do Director do Sol, face à gravidade dos acontecimentos, com gente a morrer, tem ainda a lata de publicar:

«Entretanto, exceptuando o local da manifestação, a vida em Luanda prosseguia tranquila, como em qualquer outro sábado desta época do ano, as pessoas gozavam o sol e o mar»

Ver notícia. Prostituto! Uma saraivada... era pouco.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Os termos da Lei

A declaração da Polícia angolana, de que impedirá a manifestação prevista para amanhã, às 13h, é não só ilegítima, como completamente ilegal.

1) Não há qualquer responsável político de topo, no país, para assumir uma ordem dessa magnitude. (se os responsáveis estão no exterior, e a coisa correr mal, a eles não lhes acontecerá nada, mas quem cumprir essas ordens ilegítimas e ilegais, poderá ser responsabilizado)

2) Não existem manifestações «não autorizadas» ao abrigo do Artigo 47º da Constituição.

3) A proibição da manifestação deve ocorrer nas 24h após a notificação da intenção, neste caso é feita menos de 24h antes da hora prevista para a sua realização (até aqui a Polícia não proibia, desaconselhava)

4) A figura da «concorrência» entre Manifestações (mesmo sabendo de toda a hipocrisia dessa pseudo-contra-manifestação inventada de todas as peças) não tem qualquer fundamento, pois não têm fins antagónicos (a não ser que a JMPLA assuma que é a favor dos assassinatos e da guerra) nem necessitam de interceptar os seus percursos

5) Os «termos da lei» a que se refere o Artigo 47º, são os da Lei sobre o Direito de Reunião e de Manifestação 16/91 de 11 de Maio. Fazemos um pequeno resumo dos artigos relevantes para o caso, quem quiser consulte... Artigo 3º «Todos os cidadãos têm o direito de se reunirem e manifestarem livre e pacificamente, em lugares públicos, abertos aos público e particulares, independentemente de qualquer autorização, para fins não contrários a lei, a moral, a ordem, e tranquilidade públicas e aos direitos das pessoas singulares e colectivas» Defender a paz e condenar assassinatos não é contrário à lei nem à moral; quem atenta contra a tranquilidade é o Ministério do Interior e o Comandante da Polícia (eventualmente perante um dilema moral) podendo ser responsabilizados por isso. No seu Artigo 4º «Limitações ao Exercício do direito» ponto 3 «Por razões de segurança, as autoridades competentes poderão impedir a realização de reuniões ou manifestações em lugares públicos situados a menos de 100 metros das sedes dos órgãos de soberania, dos acampamentos e instalações das forcas militares e militarizadas, dos estabelecimentos prisionais, das representações diplomáticas ou consulares e das sedes dos partidos políticos.» Também não se aplica pois a UNITA teve esse cuidado ao estabelecer o percurso, já cá anda há uns tempos e aprendeu com os erros. No seu Artigo 5° «Limitações em função do tempo», ponto 2 «Os cortejos e os desfiles não poderão ter lugar antes das 19h nos dias úteis e antes das 13h aos sábados» idem aspas... Ou seja, a manifestação passa a ser ilegal quando não ocorre nestes termos, mas o «know how» da UNITA permitiu respeitar todos os pontos.

6) Além disso, como, nos termos da Lei, é o cidadão individual que é responsabilizado, a Polícia não pode proibir preventivamente manifestações, apenas prender prevaricadores que, no âmbito da manifestação, a título individual, perturbem efectivamente a ordem pública.

7) Mas saltando 10 artigos para a frente na Constituição, temos o 57.º «Restrição de direitos, liberdades e garantias» que nos seus pontos, estipula, respectivamente 1. «A lei só pode restringir os direitos, liberdades e garantias nos casos expressamente previstos na Constituição, devendo as restrições limitar-se ao necessário, proporcional e razoável numa sociedade livre e democrática, para salvaguardar outros direitos ou interesses constitucionalmente protegidos.»; e 2. «As leis restritivas de direitos, liberdades e garantias têm de revestir carácter geral e abstracto e não podem ter efeito retroactivo nem diminuir a extensão e o alcance do conteúdo essencial dos preceitos constitucionais»

8) Logo o Artigo que se segue seria a única via legal para proibir a Manifestação: o 58º. Declarar o Estado de Emergência! E, mesmo assim, «devem sempre limitar-se às acções necessárias e adequadas à manutenção da ordem pública, a protecção do interesse geral, o respeito ao princípio da proporcionalidade e limitar-se, nomeadamente quanto à sua extensão e duração e aos meios utilizados, ao estritamente necessário ao pronto restabelecimento da normalidade».

Zé Pinóquio a Guiar às cegas

«As Forças Armadas têm dado exemplo de estarem na primeira trincheira daquilo que é necessário fazer-se para os ajustamentos que devem dar sustentabilidade às contas públicas portuguesas. As Forças Armadas têm dado o seu exemplo, trabalham num quadro constitucional e num quadro de democracia. Eu estou tranquilo a esse propósito».

Pois, pois... com o nariz a crescer assim, tapa-lhe a vista, não pode andar por aí a conduzir em branco. E já agora, passe pela farmácia a comprar uns calmantes, mais vale prevenir.

Bode expiatório

Um tiro no pé do «regime» português. A demissão do chefe da polícia, pelo Ministro da Administração Interna, que se prepara para fazer uma «comunicação» ao país nos próximos minutos, é um desafio aos 10000 profissionais que estiveram na manifestação.

Se estes já se achavam ultrajados, como um dos polícias traduziu pela expressão «escarro da sociedade», que espera o senhor Ministro e o Presidente da República com esta atitude? Deitar achas para a fogueira? Se há um valor perene nas forças da ordem, é a hierarquia.

O chefe não abandona os subordinados, mas isso é recíproco. Se os homens deixaram bem patente a sua indignação (e já patentearam que ninguém está disposto a defender o regime), esta atitude é, no mínimo, passível de colocar em causa «os fundamentos do regime democrático».

Para a próxima, vão utilizar a tropa contra a polícia? Vão dar ordens para disparar? Estão a brincar com o fogo (e com o povo). Vão-se queimar. É que nem sequer estou curioso para conhecer o discurso suicida do senhor Ministro. A atitude mais inteligente (única, aliás), teria sido ignorar...

Ah, Valente!

E a escolha do substituto é só uma jogada para dividir os polícias. Depois dos aplausos que recebeu dos colegas e de toda esta hipocrisia, o senhor devia honrosamente recusar a nomeação, por parte deste regime moribundo. Não queiram fazer farinha com os polícias.

Obrigado PN

Caros irmãos do Progresso Nacional

Publico esta mensagem à hora que avançaram para o encontro. No entanto, muitos dos blogueiros estão no exterior, pelo que lhes será impossível comparecer. O que, de forma alguma, invalida a vossa ideia. Os próprios blogs são deslocalizados, a adesão pode ser virtual, não carece de presença física. De qualquer maneira, parabéns pela iniciativa, a amadurecer.

Agradeço a Vossa «nomeação», com a ressalva já avançada pelo blog Saiba News: se na blogosfera dermos um exemplo de boa convivência virtual, no respeito pela diferença, esse será um contributo positivo: à condicionante anunciada, acrescentaria que não vos fica bem excluir o irmão Doka da proposta de Associação; espero que tenha sido puro esquecimento e que revejam o assunto. Se quiserem arranjar um código de conduta para a Associação e um tribunal que fiscalize o seu cumprimento, poder-se-à, depois, excluir quem não cumpra, mas não de entrada.

Mantenhas di ermondadi

Tentativa desesperada

Segundo a UNITA, cuja Direcção foi convocada para uma reunião na Polícia, este partido terá sido aconselhado a desconvocar a Manifestação prevista para daqui a pouco mais de 24 horas, supostamente porque o MPLA pretende realizar uma contra-manifestação.

Quando se organiza uma contra-manifestação, é porque se é contra aquilo que essa manifestação defende. Se a manifestação é pacífica e contra os assassinatos, deverá presumir-se que quem convoca essa contra-manifestação é a favor da guerra e das mortes de cidadãos?

E o responsável por detrás desta insidiosa e desesperada campanha, quem é? Um dos presumidos envolvidos nos assassinatos que a Manifestação pretende condenar: Bento Bento. E esse senhor ainda julga que «o apoio da polícia» levará alguém à sua manifestação? Ignóbil chantagem!

A UNITA, que talvez tenha querido avançar um pouco cedo demais, sem concertar com outras formações políticas, mas que entretanto recebeu um apoio generalizado, arrisca-se a perder a credibilidade, cedendo a este tipo previsível de pressões. Nas próximas horas saberemos.

Com todos os apoios já manifestados, a UNITA já não é só a UNITA, representa uma frente comum do povo e não pode perder o momento: muitos jovens sairão decerto para a rua; a desistência da UNITA fortaleceria a repressão e agravaria os resultados da manifestação.

O «banho maria» não é solução. UNITA, sê bonita.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Portugal maduro

Em Portugal, a subversão é liderada pelas próprias forças da ordem, que hoje se manifestaram em Lisboa: ao aproximarem-se da Assembleia da República, uma dezena de milhar de polícias entoavam, em coro: «Já cheira a merda, já cheira a merda».

Chegou a ouvir-se o slogan «Invasão». Mas acabou por ser só da escadaria...

Mutismo de José Eduardo dos Santos

O Presidente de Angola, face a toda a efervescência política que se viveu na última semana e à exigência da sua demissão por parte da UNITA, mantém um silêncio comprometedor, permitindo todas as especulações.

Com o Presidente no exterior, tal como o Ministro da Defesa e o recém nomeado chefe do SISE (bem como o seu subordinado do Departamento LCSPS)... Com um Ministro do Interior que perdeu a confiança política (por ter autorizado a manifestação e não estar a preparar a repressão para Sábado?), quem irá executar as ameaças do BP?

Segundo a UNITA, o ultimato dura até às 9h do próprio dia 23. Ainda está a tempo de evitar a vergonha de ter o país inteiro às costas! Demita-se já, senhor Presidente.

Percentoequatroagem

Na Lusa, ou estão tontos, ou então estão feitos com a manipulação dos resultados eleitorais em Moçambique...

O primeiros resultados vieram do município de Gondola, província de Manica.

Ora  FRELIMO 57%
          MDM    47%

perfazendo     104%

Ver notícia.

Isto não augura nada de bom. Noutros casos, o número de votos revela-se superior ao número de votantes inscritos: decerto que o podem justificar recorrendo à figura de abstenção negativa... Estranhamente, os resultados parciais, cujo anúncio estava previsto para de manhã, têm sido sucessivamente adiados.

Entretanto, as pessoas perceberam que não podiam abandonar as assembleias de voto, sem que tivessem terminado a contagem e afixado os resultados. Foi nesse contexto que pelo menos um jovem foi assassinado em Quelimane, pela Força de Intervenção Rápida, com um tiro na cabeça. Guebuza abusa!

De todos os lados, ouvem-se relatos de fraudes, espancamentos, detenções arbitrárias e até assassinatos. Interessante é o facto da impressionante vitória do MDM junto das «elites» económicas, na Maputo do cimento. O regime está condenado, mas parece disposto, na sua agonia, a exigir mais mortes.

Não estará na altura de realizar uma grande manifestação nacional contra as mortes gratuitas de cidadãos?

Papagaio tem medo da Primavera

O «especialista» em Direito Administrativo angolano, deputado do MPLA, João Pinto, que ainda há um ano defendia, face às questões de um jornalista da VoA sobre o caso de Isaías Kassule e Alves Kamulingue, que «não deveria perguntar» porque era «segredo de justiça» (e continuaria a ser por mais um ano...) vem agora, num discurso atabalhoado, ameaçar o povo angolano, para que não participe na manifestação de Sábado, fornecendo pseudo-argumentos legais para a sua proibição... Nem vale a pena assinalar o monte de erros de português, ou descascar a sua verborreia e lixo legal, pois o referido insecto não merece.

Basta notar o espírito global que preside ao seu «comunicado» é o medo: medo que têm os apaniguados do regime, da Primavera angolana, que está à porta. Realce-se apenas o exagero a que o conduz o desespero: sugere que, face a uma suposta «ameaça» à segurança nacional, será dever das autoridades «abater na praça pública» os cidadãos?

Co-prosperidade

Em Timor, Xanana, actual Primeiro-Ministro, acompanhado pelo antigo, Alkatiri, preparam-se para lançar, no final deste mês, a Associação de Amizade Timor-Leste Portugal. Iniciativa que me parece traduzir não apenas a vontade, do lado timorense, de reforçar as relações com o povo português, mas também a de dar um pequeno empurrão à «reinvenção» de Portugal (e, pelo caminho, da CPLP), neste momento crítico de crise profunda. Recuperando as palavras que o Comandante utilizou com a Guiné-Bissau: agora que começa a chegar algum dinheiro da exploração das riquezas naturais de Timor, está na altura de partilhar, de fazer «crescer» a comunidade, aproveitando óbvias vantagens económicas do bom entendimento existente... Ver notícia.

Atitude louvável e nos antípodas do caduco «modelo» angolano, o qual, se, de certa forma, mostrou o caminho, foi desviado e corrompido em prol do enriquecimento selvagem de uns poucos, sem benefícios para o povo. Portugal carece de sinais de esperança deste género. Há todo um potencial de co-prosperidade (termo que peço emprestado ao candidato presidencial guineense Paulo Gomes, e felicito por me parecer estar no mesmo «comprimento de onda» estratégico), entre Portugal e os novos países de língua portuguesa. Espera-se que esta reflexão se propague ao novo governo angolano e moçambicano. Que este humilde, mas valiosíssimo, exemplo timorense seja um sinal do despertar de uma nova era, da qual nos possamos vir a orgulhar perante o mundo.

Obrigado, Comandante!

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Juventude adere

A Juventude do MPLA (e do país) acaba de «aderir» à manifestação do dia 23.

Só o malvado do Jacaré dos Santos pode julgar que manipula a juventude.

Ver notícia.

Sim, a juventude do MPLA, como todos os jovens patriotas (devidamente acompanhados pelas suas mães) sairão à rua, no Sábado. Mas não ao lado dos assassinos da Guarda Presidencial.

José Eduardo dos Santos não tem qualquer capacidade de mobilização. Nem com dez camiões frigoríficos carregados de Cuca e bar aberto, aparece ninguém, em lado nenhum, para o defender.

É o desespero total nas hostes. Está-se a ver que o regime (absentista, aliás) pretende lançar a confusão no seio de uma iniciativa legítima. Daqui até Sábado, pode esperar-se o pior.

A manifestação já está na rua, podem inventar o que quiserem, não vão conseguir travar a decisão do povo angolano. Proíbam ou não (por assinatura digital, do exterior?).

Basta não chega: é pena não dar para utilizar o superlativo: «Bastão» poderia ter outras conotações!

Zangam-se as comadres, sabem-se as verdades

O SISE sublevou-se preventivamente, recusando a carapuça que lhe querem enfiar. Ninguém gosta de ser transformado em bode expiatório.

As revelações têm pormenores macabros: «presunto» era o nome de código da comida, que já vinha destinada aos crocodilos. Esclarecedor.

Interessante é a referência à «autoria moral». Ver notícia.

Lágrimas de crocodilo

As rudes e frustres tentativas do regime para tentar contrariar o onda gigante que varrerá o país no Sábado, encerram um aspecto deveras caricato.

Condenam o «rapto» ou o «desaparecimento»: mortes ou a cena do crocodilo foram classificados com bolinha vermelha e banidos do discurso.

P.S. Em vez de adoptarem um discurso de reconciliação, não, referiram-se à cartilha de sempre. Mas o tiro saiu-lhes pela culatra: basta uma pequena análise dos comentários que estão a circular nas redes sociais.