Em Timor, Xanana, actual Primeiro-Ministro, acompanhado pelo antigo, Alkatiri, preparam-se para lançar, no final deste mês, a Associação de Amizade Timor-Leste Portugal. Iniciativa que me parece traduzir não apenas a vontade, do lado timorense, de reforçar as relações com o povo português, mas também a de dar um pequeno empurrão à «reinvenção» de Portugal (e, pelo caminho, da CPLP), neste momento crítico de crise profunda. Recuperando as palavras que o Comandante utilizou com a Guiné-Bissau: agora que começa a chegar algum dinheiro da exploração das riquezas naturais de Timor, está na altura de partilhar, de fazer «crescer» a comunidade, aproveitando óbvias vantagens económicas do bom entendimento existente... Ver notícia.
Atitude louvável e nos antípodas do caduco «modelo» angolano, o qual, se, de certa forma, mostrou o caminho, foi desviado e corrompido em prol do enriquecimento selvagem de uns poucos, sem benefícios para o povo. Portugal carece de sinais de esperança deste género. Há todo um potencial de co-prosperidade (termo que peço emprestado ao candidato presidencial guineense Paulo Gomes, e felicito por me parecer estar no mesmo «comprimento de onda» estratégico), entre Portugal e os novos países de língua portuguesa. Espera-se que esta reflexão se propague ao novo governo angolano e moçambicano. Que este humilde, mas valiosíssimo, exemplo timorense seja um sinal do despertar de uma nova era, da qual nos possamos vir a orgulhar perante o mundo.
Obrigado, Comandante!
Há 1 hora
4 comentários:
pobres, famintos e miseráveis sempre de mãos estendidas,,, um país da união europeia?
Sim, lamentável, a situação a que quatro décadas de mediocridade e cleptocracia conduziram.
Mas o povo português é trabalhador, quando bem conduzido, e não recua perante dificuldades.
A união europeia tem a sua quota parte de responsabilidade perniciosa, no mito da riqueza fácil...
É bom que outros que como Timor reconhecem a colaboração lusa para a existência daquelas fronteiras, outras ex-colónias façam o mesmo, se acaso têm algum amor à Pátria e às fronteiras que couberam a cada uma.
Se algumas foi com velas acesas que se alcançou muita coisa, outras se precisarem orações para se salvarem, até a Fátima se vai, mesmo de joelhos.
as 'outras ex-colónias' conquistaram a 'Pátria' com sangue suor e lágrimas.
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