O Primeiro-Ministro guineense, após uma série de críticas, quando à sua ausência de política de comunicação, parece ter envidado esforços nesse sentido. Eis o último parágrafo da última obra do recém-criado Gabinete de Propaganda, ou melhor, de hipocrisia, que inclui uma foto com o Secretário-Geral das Nações Unidas.
«O Primeiro-Ministro e o Presidente da ANP elucidaram o Secretário-Geral das Nações Unidas sobre a situação do funcionamento e de boas relações institucionais da República da Guiné-Bissau»
Uma semana lavam em público a roupa suja, na seguinte juntam-se para colaborarem num acto de traição à pátria?
Os titulares dos três mais importantes cargos soberanos demonstram assim que não estão interessados em governar para o país, em arregaçar as mangas e colocar as mãos na massa, mas apenas em conseguir
o chorudo cheque que José Eduardo dos Santos prometeu para comprar a Guiné-Bissau, para regalarem os seus miseráveis apetites privados. Pior que uma agenda exógena, deixaram cair as máscaras e arvoram agora uma agenda anti-nacional.
As Nações Unidas, que dão mostras de colaborar na farsa, deveriam ser avisadas que não parece nada boa ideia a transferência de 1800 angolanos para a MINUSCA: num país com fortes problemas de intolerância religiosa como tem mostrado ser a República Centro-Africana, os soldados de Angola (país que tem perseguido o Islão e arrasado mesquitas) arriscam-se a ser tomados por parciais. É querer apagar o fogo com petróleo...
Quanto aos 1800 que também querem enviar para Bissau, podem começar já a treinar os 1800 que os hão de substituir (não se esqueçam depois de notificar as mães dos primeiros).
Há 13 minutos
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