Segundo notícia publicada pela Rádio Vaticano, os sindicatos recusaram-se a aceitar o pagamento de um mês de salário, fazendo chantagem política com a actual situação de tensão no país. A soldo de inconfessáveis interesses, pretendem passar para o exterior uma ideia de desordem e subversão, que de forma alguma traduzem o sentimento generalizado da população. Justificar-se-ia, neste contexto, uma violação da constituição, justificada para contrariar um mal maior: o lock out total, ameaçando os funcionários de perda do vínculo contratual, para recrutar depois apenas os mais capazes, com exame de admissão. Este é o canto do cisne do PAIGC, que ousa desafiar a existência do próprio Estado, que ajudou a criar; que é isto senão alta traição, instigada por actores políticos desclassificados, apostados na criação de um clima de instabilidade, do quanto pior, melhor?
Até quando a Guiné-Bissau estará refém de malfeitores mal disfarçando a sua natureza predatória e delapidatória? Até quando a Guiné-Bissau se julgará dependente de quem lhe quer impor, através de eleições desadequadas, uma insustentável pulverização da legitimidade, ainda para mais contaminada por espúrios candidatos proto-totalitários?
Há 24 minutos
6 comentários:
Só gostaria de saber quem lhe paga e quanto ganha para escrever tanta besteira. Não há greves em Portugal, presumo. Valha-nos Deus.
E eu gostaria de saber quem pergunta, antes de responder.
O meu nome é N'bunhe na M'ocau.
Em Portugal também há greves; não se trata do legítimo direito à greve, mas dos momentos escolhidos...
Parece que são ditados por considerações políticas; ou seja, encomendados por Carlos Gomes Junior, para pintar de tons ainda mais negros o quadro do país perante o exterior, de forma a justificar sabe-se lá que manobras.
Neste caso, face à confusão que se gerou por outras razões, teria sido de bom tom aceitar, para já, a proposta governamental de um salário, desconvocando a greve; condicionado a um eventual retorno à greve, dentro de um mês, para o caso de não haver mais dinheiro entretanto.
Infelizmente, a agenda dos sindicatos coincide demais com outras agendas. Era essa a ideia que pretendia reforçar, ou seja, a manipulação dos sindicatos pelo PAIGC.
Talvez depois haja algum exagero no artigo, ditado pela reactividade do momento. Atenção que os «malfeitores» não são os trabalhadores, mas políticos como Cadogo...
Caro comentador, posso garantir-lhe que não recebo nada do orçamento a que se refere, ou seja, se for prejudicado por falta de dinheiro nos cofres, não será decerto por honorários de articulista cobrados por mim.
Então Sr 7zé, porque os trabalhadores portugueses não desconvocam as greves sabendo da actual situação politico-económica em que o país vive? Porque os professores não desarmam com o Nuno Crato? Sabendo que este já cedeu, desde o momento em que a maioria dos professores(com salários em dia) não farão exames, porque não desconvocam as greves? Os professores são manipulados pelo PS ou PCP? Pense bem, Sr 7zé! Analise as coisas antes de pregar só para pregar!
São situações diferentes; em Portugal, não chegaram ainda aos salários em atraso, são todo o género de cortes, que se traduzem na falta de respeitabilidade do Estado, no cumprimento das obrigações assumidas contratualmente. Mas os sindicatos não conspiram com o exterior, para criar um clima de instabilidade anti-patriótico. E, além disso, grande diferença, o Partido Comunista, que mais inspira os sindicatos, nunca foi um Partido de poder, com o grau de promiscuidade com o Estado como tem o PAIGC.
Na Guiné-Bissau, os sindicatos são mais à imagem dos sindicatos soviéticos. Traduzindo para português, diria que são como o Presidente da República durante o Estado Novo, que servia para pouco mais que «cortar fitas» nas inaugurações, como dizia o povo.
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