«As autoridades de Cabo Verde apresentaram nas instâncias competentes guineenses um pedido de libertação, que ainda não obteve resposta.» Lusa
Se calhar apresentaram às instâncias erradas... Entregaram o pedido a Raimundo Pereira ou a Carlos Gomes Junior?
É natural que uma coisa que não existe, não responda. Uma reacção mais discreta e low profile seria mais adequada a quem fez borrada.
Esclarecimentos? Com urgência? Agora têm pressa? Quem tem de dar esclarecimentos é Cabo Verde. Que faziam os espiões em Bissau?
O melhor é confessarem. É que a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe não ratificaram a Convenção Internacional contra a tortura...
Tratam os guineenses como selvagens, depois admiram-se.
Há 16 minutos
15 comentários:
Eu começo a não perceber o que é que tu queres da Guiné-Bissau. Um Estado de estupidez colectivo, Estado de barbárie, sem lei sem ordem? O pedido devia ser apresentado ao António N’dajai porque é ele quem realmente manda naquela merda. Ele é o Juiz-mor.
Espiões! Que estupidez. Espiões entram num País devidamente identificados como sendo polícias? Só na cabeça de esquizofrénicos e débeis mentais.
Vê-la se procuras um psiquiatra e deixa a Guiné em paz. Portugal dá-te motivos suficientes de preocupações ou não fosses um subsídio-dependente.
Sobre espionagem recomendo-te a série James Bond que traduzido em crioulo é: Jaime Bunda para enviares aos teus amiguinhos donos de Bissau e djilas de coca.
Ironias á parte, o que me parece inadequado é a sua frase,.."que faziam os espiões em Bissau?"
Alguém falou em espiões? Lançar achas para uma fogueira que se pretende apagada não me parece correto.
A Guiné-Bissau precisa de paz, estabilidade e confiança interna e externa! Só assim poderá dar inicio a um novo rumo em direcção á tão desejada ESTABILIDADE!
Á tantos passos a dar tantos caminhos a percorrer que dar importância a fait-divers e tentar nalguns casos, colocar irmãos contra irmãos, não me parece correto. Seria mais importante nesta altura discutir outros assuntos,como por exemplo, a data das eleições, o tipo de recenseamento, o voto da diáspora, a legitimidade e segurança para os candidatos, o dia a seguir ás eleições,etc,etc,! Vamos falar sobre isso?
Caro Marcelo
Evidentemente trata-se de uma ironia. O facto é que as «instâncias» cabo-verdeanas ainda não clarificaram a sua actuação no caso de Bubo, tendo vindo a manter um discurso de hostilidade em relação às autoridades de facto. Nesse âmbito, parece claramente abusivo enviar agentes em serviço como se a Guiné-Bissau fosse um quintal de Cabo Verde. Considero sem dúvida oportuno, em vésperas da cimeira da CPLP, a criação do «fait divers», como lhe chama, para lembrar a situação de exclusão da Guiné-Bissau. O próprio António Patriota, que parecia ter mantido inicialmente alguma reserva quanto à actuação da CPLP em relação à situação pós 12 de Abril 2012, parece afinal ter ficado irremediavelmente marcado pela «hospitalidade» de Cadogo, aquando da sua visita a Bissau pouco antes dos factos... Com Paulo Portas em banho maria, o tabu da fractura moçambicana, a ausência da Guiné-Bissau, o Brasil em ebulição popular, parece uma cimeira de dissolução. A CPLP carece realmente de uma reinvenção!
Este é um assunto onde muito se tem dito e provavelmente pouco se acerta. Veremos o que dali vai sair, até lá muitas águas vão correr debaixo das pontes! Além de que o que tenho lido são meras posições de caracter politico na defesa dos interesses de cada um.
A CPLP teve desde o primeiro momento a mesma posição, igual em tudo á posição da UA, da ONU, e curiosamente menos drástica e radical que a da CDEAO. A verdade é que ao longo deste ano e meio só a CDEAO mudou a sua opinião e diga-se a 180 graus. E convenhamos, nem todos os membros estiveram de acordo, basta lembrar a posição de Cabo-Verde, da Guiné-Conacri e não só. A verdade é que hoje os problemas que existiam na GB multiplicaram-se e piorou bastante o nível de vida do seu povo. Não será fácil analisar o papel da CPLP, da UA, das NU, ou de outros parceiros, mas o que eu analiso é o papel da CDEAO em relação á GB, e esse foi extremamente negativo!
Boa noite 7ze
Entende muito bem o desespero dos outros, foi bem que não rebateu..muitos ainda entende que Espião é um anônimo. Ao longo dos anos, espião é um policial, é um diplomata até um adido militar. Importante é que cumpra a sua missão obscura. Em Maio deste ano a Rússia expulsou um americano por entender que é um espião, mas ele não é um anônimo. Talvez muito acham que progresso é se livrar da fazer mal ao outros, mas pelo contrario é inicio da sujeira política, não responde ao que num debate lúcido falam mal dos outro. Se fosse eu feria uma carta ao Antonio N´djai e não insultar a quem acho que é uma cidadão livre de se posicionar e expressar a sua opinião. Bem espero que brevemente que Cabo-Verde mostre a sua transparência e humildade nos casos que vem denegrindo a imagem do governo do PAICV...
A questão é que quando se fala de Cabo-Verde fala-se de Desenvolvimento, Paz, Crescimento, Bem estar, Estabilidade!
Não tenho dúvidas de que esse é também o desejo de qualquer Cabo-Verdiano para os seus irmãos Guineenses!
Continuo a achar que esta discussão visa tão somente atirar com poeira, ou como dizem os nossos irmãos brasileiros, chutar para escanteio, para os verdadeiros e reais problemas que sofre o Povo da Guiné-Bissau!
Nòs guineense...nao devemos ser inferiores aos cabo verdianos em relaçao a inteligencia ou qualquer outra intençao,este incidente dos agentes da policias.( sao espiao sim).
E Nao devemos ingnorar a participaçao de cabo verde na captura do nosso concidadao,Bubu na Tchuto,e ninguem se criticou a cabo verde,e mto menos o governo,Bubu nao é cidadao de um paìs???nao é ser humano???o que é a liga diz a captura de BU???nao é eles q começaram a traìçao???entao qual é o problema???
Força ( Sr.7Zé )qualquer critica ou provocaçao merrece resposta.
viva guigui.
Quanto ao primeiro anónimo:
Parece-me reconhecer o estilo.
Por favor, não trate a Guiné como uma «merda», só porque as coisas não lhe correm de feição.
Quando Bubo foi preso, o cenário também parecia inimaginável... tirado de um filme de acção rasca.
Não seria de admirar que os referidos espiões tivessem ido em missão (de espionagem, de infiltração, de intoxicsção, etc), mesmo que não a mando de Cabo Verde (que já deu mostras de estar ao serviço de qualquer um).
É natural que os guineenses estejam especialmente susceptíveis. O dirigente da «Liga» talvez devesse igualmente ser preso por traição, pela pressa na sua atitude pouco patriótica, como se os direitos «humanos» dos «agentes» estivessem em causa (os americanos não querem também prender o seu cidadão que tomou uma atitude anti-nacional?).
O que está em causa é a irresponsabilidade das «instâncias» cabo-verdeanas, agora claramente exposta à luz do dia.
Caro Marcelo
Todos sabemos dos laços que unem os guineenses aos cabo-verdeanos, ambos os povos aos portugueses, e depois, alargando o âmbito, aos restantes PALOP. Na «retórica» empregue, nunca isso esteve associado a qualquer hostilidade ou sequer animosidade em relação aos nossos irmãos. Quando falamos dos nomes de países, deve entender-se apenas os governos em funções, nunca as pessoas.
Torna-se repetitivo, mas é preciso lembrar as palavras de Cabral: «A nossa luta é contra o regime colonial, não contra o povo português». Logo depois do 12 de Abril do ano passado, foram os portugueses em Bissau que deram uma bofetada de luva branca ao seu Ministro, dizendo-lhe que ninguém queria ser «salvo».
Não se colocam «irmãos contra irmãos», nem se «atiram achas para a fogueira» em vão. Entre irmãos é necessário esclarecer os mal entendidos. Não se assentam relações duradouras com base na hipocrisia, mas sim com base no respeito. E mostrar determinação na defesa da sua soberania, só por má fé pode ser entendido como uma atitude de confrontação.
Foi o preconceito e a histeria de Paulo Portas que conduziu a esta história (pode consultar o meu blog, que foi documentando a cena...) e a este beco sem saída. Mesmo demissionário, o seu Secretário de Estado continua com as mesmas instruções.
Agora que o palhaço tentou dar um golpe de estado, e fez uma birra das suas para partilhar o cargo de primeiro-ministro, está na altura de o senhor ex-Primeiro Ministro (inteiro) se questionar se alguma vez o senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros o consultou para definirem em conjunto, pelo menos em traços gerais, os objectivos da sua política externa.
O dito só arranja buracos ao ex-PM. Primeiro as fragatas (e tentou arrastá-lo para um desastre militar sem precedentes), depois a «crise»..
Caro Marcelino:
Sim. Se os outros podem fazer «sujeira» só para sujar o nome dos outros, porque não poderia a Guiné fazer uma pequena «sujeira», só para limpar o seu nome?
E não prejudica ninguém: os agentes passam umas férias merecidas depois de uma missão complicada e arriscada (não perdem o direito ao ordenado e ainda se candidatam a um subsídio de risco).
O Estado de Direito funciona devagar, além disso, num caso novo e sem precedentes, há que rever a legislação guineense e investigar os espiões para procurar que lei violaram, o que vai levar o seu tempo...
A não ser claro, como sugere o Marcelino baseado na sugestão do primeiro anónimo, que Cabo Verde escreva uma carta humilde a António Injai...
Se me permite meu caro 7ze, gostaria de fazer duas pequenas ressalvas!
Você afirma..."quando se fala dos nomes dos países, deve entender-se apenas os governos em funções,nunca as pessoas"...e eu estou plenamente de acordo, mas não será contraditório afirmar?..."tratam os guineenses como selvagens, e depois admiram-se".
É que nunca ouvi ou li algum comentário depreciativo contra os Guineenses como Povo,o mesmo se aplica aos Cabo-Verdianos, Portugueses,etc,etc. Não convém misturar as coisas de acordo com outros interesses. Creio que o seu como o meu é o bem estar e desenvolvimento da Guiné-Bissau.
Quanto á actuação de Paulo Portas, na verdade ela foi indigna de um MNE, inqualificável e perigosa mesmo, agora afirmar que os portugueses que estavam em Bissau lhe deram uma bofetada de luva branca,eu diria com Álvaro Cunhal respondeu a Mário Soares...."olhe que não, olhe que não"... e mais não digo por pudor e respeito por todos aqueles entre os quais com orgulho me incluo que viviam na Guiné-Bissau á data dos acontecimentos!
Se bem me recordo, alguns dos portugueses chegaram a endereçar-lhe uma carta aberta... que eu publiquei, aliás. Mesmo se percebi, logo na altura, que não foi consensual.
Mas foi uma atitude de irritação que se justificava por estarem a servir de «reféns» a Paulo Portas, num hipócrita e inqualificável pretexto para uma «agressão» (fazendo de ama seca de Angola). Na altura, felicitei-os.
Isso de tratar «os guineenses» como selvagens, era eu que estava ainda irritado com as declarações de António Patriota... em nome da CPLP: tratar dos problemas da Guiné, mantendo a suspensão, impor um «representante» não convidado, e para mais, assumir que esteve em discussão uma intervenção militar? Tratar-se-à de uma brincadeira (de mau gosto)?
Isto está mau. Muito mau. Vejam o que disse um polícia caboverdiano no FB
https://www.facebook.com/carlosjorgerodrigues.cajo
É inqualificável. Mas é uma atitude pessoal, que julgo que constitui uma minoria e envergonha o povo cabo-verdeano.
Enviar um comentário