O Primeiro-Ministro cabo-verdeano cometeu uma monumental e macabra gaffe.
Quando escolhi Mandela, para acompanhar Amílcar Cabral e representar o continente africano na exposição «aerobiografo» que realizei no Xantarim, com 16 personalidades famosas do século XX, escolhi-o essencialmente pela sua humildade e a célebre afirmação, de que o seu exemplo era insignificante face à grandeza de Amílcar Cabral.
Julgo que consegui captar, no graffiti, o seu inesquecível sorriso.
Parece sintomático que José Eduardo dos Santos, na sua recente entrevista à SIC, tenha cruzado o Atlântico, em busca de uma referência política... Já agora, talvez Pinochet tivesse sido uma escolha mais ajustada aos seus métodos, pois os deputados angolanos estão comprados à partida... É claro que Mandela não podia servir para referência, pois, como Senghor, abandonou o poder pelo seu próprio pé. O «regime» sobreviverá ao seu funeral, graças ao exemplo de desprendimento.
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Há 4 minutos
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