sexta-feira, 1 de maio de 2015

Efeito dominó

A deslocação de Ouattara a Lomé, para um desesperado golpe de bastidores, foi prenhe de funestas consequências. Em Abidjan os estudantes marcham ao assalto do Palácio Presidencial, depois de bloqueadas as tentativas da polícia (ver video) para impedir a tomada de posse de Gbabo como Presidente do seu Partido, em Mama. A onda de choque rapidamente se propagou à capital...«As forças da ordem, ultrapassadas, pedem reforços. A situação está extremamente confusa e muito volátil».


Enquanto isso, em Lomé, o ainda Presidente dá mostras de nervosismo evidente perante as câmaras: a linguagem corporal não consegue ocultar a farsa que ainda representa e na qual já ninguém acredita, o video é esclarecedor por si.

O Le Monde de há uma semana dera um sinal premonitório:

«O exemplo burkinabê e a queda súbita de Campaoré fizeram o medo mudar de campo. "Viremos a página !" tornou-se na palavra de ordem das sociedades civis africanas e dos seus parceiros europeus. A França e os Estados Unidos apelaram claramente aos chefes de Estado africanos para viabilizarem a alternância. Quantos mais terão de morrer na rua para que o regime togolês aceite eleições transparentes conducentes à alternância?»

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