sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Lamber com a língua

Pois haveria de ser com quê?

Agora a LUSA faz pleonasmos grosseiros?

«Os EUA mantêm ainda as acusações de tráfico sobre António Indjai, ex-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, demitido do cargo em setembro pelo Presidente da República, José Mário Vaz, e que se mantém em território guineense.»

Fonte: Lusa 
- O Democrata

 A frase deveria acabar em José Mário Vaz. Quem encomendou a última frase? Ora se o General Injai é guineense, em que «território» queriam os senhores jornalistas que se «mantivesse»?

A LUSA pretende substituir-se à Justiça de um país estrangeiro? Esta frase é altamente insidiosa, desprestigiante e mesmo indigna, enunciada por uma agência noticiosa nacional. O alienado que a produziu (a construção não engana) deveria ser liminarmente despedido, se ainda houver responsabilidade na casa. Se recebeu indicações para isso, o caso piora. Tendo a agência diluído o nome do pseudo-jornalista, assume por isso plenamente a gravidade da sugestão, sujeitando-se a LUSA à vergonha de poder ser legítima e legalmente processada por difamação. Suponho mesmo que a própria Polícia Judiciária, da qual mantenho uma elevada ideia de profissionalismo, estaria interessada em ver esclarecido este caso (assumindo, pelo seu carácter científico, que nada tem a ver com a formulação dada pelo jornalista, tendo as mãos limpas desse género de intenções «políticas» subjacentes).

Já agora, a «apresentação» (para inglês ver) tresanda a neocolonialismo básico.

E por que razão a «cooperação marítima» perde um «o» pelo caminho e vira «polícia do mar» SEACOP? A função policial não constitui parte inalienável da soberania de um país?

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