Julgo que as autoridades de Transição devem compreender o Presidente da Administração da TAP, colocado entre três fogos: o Governo Português; a confiança nas autoridades guineenses (que teve o mérito de manter «durante» o 12 de Abril do ano passado); e os accionistas (dos quais depende, claro, o seu bom nome como melhor gestor português - mesmo não o sendo de verdadeiro passaporte), preocupados com a multa milionária que poderão ter de pagar.
Antes de o irmão Fernando ter de inscrever nas contas da empresa uma provisão para o próximo exercício económico, julgo que o Governo da Guiné-Bissau deveria dar garantias à empresa (em termos comerciais, claro, e não diplomáticos), prontificando-se para tal eventualidade. Podem fazê-lo, aliviando assim a tensão entre a Guiné-Bissau e a TAP; não custa nada para já, será apenas preciso recrutar uma equipa de advogados guineenses à altura e está no papo.
Quanto ao novo destino da TAP, Bissau, um pouco de senso comum e um protocolo estrito daqui para a frente, aplanarão sem dificuldades as pequenas arestas que ainda possam subsistir. Como a empresa, não tendo razão para duvidar da boa-fé da proposta, tem conhecimento das dificuldades de tesouraria a que fazem face as actuais autoridades em Bissau, se os irmãos timorenses aceitassem servir de simples fiadores, poderia ajudar ao rápido desenlace.
PS Parabéns ao editor do blog Ditadura do Consenso, pela rábula da nova companhia aérea concorrente da TAP. Está com piada. «Rir é o melhor remédio».
Há 2 horas
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