quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Balas de algodão doce

Ao ler a resposta de Filomeno Pina aos cidadãos pró-Kumba, compreendi o tom de irritação em que este o fez, pois nota-se de início apenas simples animosidade e vontade de contrariar, sem deixar qualquer espaço de respiração, no texto, para sequer uma opinião ou uma discussão construtiva.

Por isso me parece bastante injusto o comentário que o Doka acabou de publicar, que é ainda mais depreciativo, para as competências e boa vontade de Filomeno Pina, o qual lançou bastantes mais desafios para reflexão e sempre com todo o amor. Ironizar com trabalho de equipa não fica bem.

4 comentários:

Anónimo disse...

M.D.M.
Trabalho de EQUIPA!? Sr. Emplastro, que equipa?...

7ze disse...

Caro Malam

O comentário ironizava dizendo que era preciso um trabalho interdisciplinar... «politólogos, historiadores, sociólogos, antropólogos, economistas», apenas para depreciar o contributo do psicólogo, feito com toda a humildade.

E é esse trabalho de equipa, essa reflexão, que se torna cada vez mais inadiável, em conjunto. Sempre que se começa a falar em propostas consistentes, parece que alguns, na Guiné-Bissau, têm medo que os mais capazes desempenhem um papel construtivo, dando mostras de um nefasto complexo de incompetência.

Sim, trabalho em equipa. O próprio Filomeno Pina fala em coordenar esforços, numa discussão activa que envolva a disponibilidade da diáspora, em torno de um modelo de governança consistente. Porque não abrir a discussão em torno de projectos e ideias, modelos de desenvolvimento eficientes, eficácia governativa?

Para isso, acho que o irmão Filomeno Pina estará lá, com o seu contributo (julgo que até mais de poeta que de psicólogo); mas não para querelas estéreis e de baixa retórica. E, na carta aberta a Kumba Yalá, ao contrário daqueles que julgaram ver na omissão um apoio a Carlos Gomes Junior, é óbvio que está pressuposto que, se Filomeno Pina tivesse o mesmo respeito pessoal que tem por Kumba, expressaria exactamente a mesma mensagem, tal como, aliás, o próprio já escreveu e publicou por mais que uma vez.

Anónimo disse...

M.D.M.
o que me surpreende e impressiona é alguém encontrar tantos adjetivos elogiosos em Kumba Yala!
Como intelectual e acadêmico, que contribuição Kumba Yala aportou a sociedade guineense. Como politico que teve a oportunidade de presidir o país, o que Kumba Yala fez que o dignifique como um grande politico e patriota, além dos gafes, discursos catastróficos e desorientações governativas que só desonraram o país. Actos antidemocráticos como o fechamento da ANP, trocas sucessivas de PMs traíram violentamente a confiança do povo no primeiro FORMADO eleito pelo povo e caracterizaram a passagem de Kumba Yala na presidência guineense. O que este homem tem a oferecer aos guineense!?...

Anónimo disse...

M.D.M.
Nao acho Filomeno um doente mental, antes pelo contrario, um ser altamente pensante e racional, em que pese podermos discordar de algumas de suas idéias, o que é natural. Até posso entender os elogios atribuídos ao Kumba Yala, como uma forma de o sensibilizar a abandonar a sua intenção de ser de novo presidente, pois realmente a Guiné precisa de mudança e Kumba faz parte de um passado a esquecer. Foi presidente e nao foi um bom presidente.
A questão central que me preocupa é toda uma onda de supervalorizacao das qualidades intelectuais e patrióticas de Kumba Yala que na realidade nao existem. Como intelectual Kumba está ultrapassado. Nunca produziu uma obra digna de reconhecimento e de algum valor intelectual. E como estadista foi um desastre. Nao acredito que as memórias sejam tão curtas a este ponto!