O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal veio confirmar, tal como aqui avançámos na altura, que a decisão de cancelamento do voo da TAP foi tomada por pressão do executivo. Embora na altura defendessem ter sido uma decisão técnica, vem agora o MNE tomar a iniciativa, anunciando que «vão contactar as novas autoridades da Guiné-Bissau para verificar se estão reunidas as condições para retomar os voos». Se nas Necessidades tivessem o mínimo de coerência e de consistência, dispensavam-se de comentários, ainda para mais, precoces, revelando apenas a sua impaciência na tomada de posse dessas «novas autoridades», ou pelo menos, punham essas declarações, mais subtilmente, na boca da TAP. A promiscuidade entre decisões políticas e decisões comerciais fica assim descaradamente à mostra. Rui Machete presume sempre, nas suas atitudes, que os outros são burros e de memória curta. Imiscuiu-se vergonhosamente na esfera de competência de uma empresa privada, prejudicando-a em termos financeiros e de imagem, não se preocupando em apagar as pistas e, pior ainda, disso fazendo um estrondoso alarde para consumo pacóvio.
Há 14 minutos
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