O diário senegalês EnQuête parece estar a gerar confusão. Ontem, titulava na sua primeira página: «A Guiné-Bissau rebela-se contra o Senegal». Ora, a Guiné-Bissau não é uma província senegalesa, para se poder rebelar. Cuidado com as palavras, há que manter as distâncias: a Guiné-Bissau é independente.
Será que é a presença de alguns soldados em Bissau que já permite estas liberdades? O acordo para a protecção das águas territoriais, face à ausência de meios, era com a Marinha da Nigéria. Aprisionar navios terceiros nas águas territoriais de um vizinho? Raptar e maltratar guineenses, nas suas próprias águas?
No arsenal deste litígio e na lógica da escalada, como meio de pressionar o Senegal a restituir a liberdade aos guineenses ilegalmente aprisionados na secção militar do porto de Dakar a bordo do Oleg Naydenov, consta ainda a possibilidade da exigência da retirada imediata da componente senegalesa da ECOMIB.
Há 6 minutos
1 comentário:
"Independente"...em quê?
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