sábado, 4 de abril de 2020

Senilidade criogénica

Augusto Mateus, que o meu mestre (e amigo pessoal) Leonardo Ferraz de Carvalho considerava (sempre muito educada, mas depreciativamente) como "guru" do mercado de desconto financeiro socialista de favorecimentos amiguistas no domínio empresarial (com uma longa carreira nos esquemas de chulice dos fundos da CEE, nas máfias bancárias BPN, nas OPA, etc, etc), deu uma entrevista ao Jornal de Negócios, onde deixa a nu a sua indigência intelectual.

Descasque-se a cebola, para encontrar sempre a mesma cebola. Para além do título, que comentaremos mais à frente, o pressuposto enunciado logo a primeira frase dá o mote ao artigo: "Se não hesitámos em meter oito ou nove mil milhões de euros para salvar bancos (…)". Quem é que "não hesitou"? Nós?!? Fale por si! Fale pela cambada de parasitas que representa. Não pelos portugueses, vítimas dessa claque de imbecis. Mas a idiotice não acaba aqui… avança o pretenso economista que "vai ser preciso meter parte da economia no congelador".

E como é que isso se faz, pergunta ingenuamente o jornalista... a augusta e miraculosa receita que avança é no mínimo curiosa (para não lhe chamar completamente estúpida) e traduz a obsoleta psicologia mendiga "eurobond" dos xuxalistas (a qual querem impor à generalidade dos desgraçados dos portugueses): "desligando a produção do rendimento". A Ernst & Young deveria ter mais cuidado com as alianças que promove. Auto-intitula-se este anormal de economista? 

Segundo este "idealista", a solução é simples: pega-se numa tesoura (feminino de tesouro) e corta-se a ligação, deixando portanto o rendimento de ter o que quer que seja a ver com a produção. As pessoas continuam a ganhar, mas não produzem. O facto de violar as mais elementares premissas económicas não prejudicam a naturalidade e facilidade com que o senhor encara a questão. Mas não é a burrice do bicho que está aqui em causa. É a mentalidade em si.

Nem será preciso lembrar que o rendimento, como toda a gente sabe, vem daquilo que se produz. Se houver cada vez mais dinheiro, sem a correspondente produção, só há um factor que pode variar, o qual qualquer estudante de economia sabe identificar e em que sentido se deslocará. É a psicologia da dependência, muito bem identificada pelo Ministro holandês das Finanças.

PS poderia tentar aplicar a receita miraculosa a um frango vivo, congelando-o, talvez nos convencesse melhor... será que espera mesmo que saia vivo? E foi este repugnante e redundante insecto Ministro da Economia... o melhor é não dizer de quem. Não se descortina uma ideia, um cálculo, sequer.

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