Líder assertivo

Domingos Simões Pereira estará decerto a pensar como fazer para evitar os erros do seu antecessor à frente do PAIGC. A reunião com o PRS parece ser um sinal claro de responsabilidade política. A escolha do candidato presidencial é oportunidade para consolidar o seu discurso: ao desistir de optar entre os candidatos do Partido, conforme avançou, estaria a afirmar a sua clara vontade de partilha de poder, o que, passados estes tempos atribulados para o PAIGC, lhe poderia granjear uma legitimidade renovada aos olhos do eleitorado.

A disponibilidade para o diálogo já demonstrada, é um bom sinal; a escolha de um candidato independente (independentemente de quem seja) mostraria um líder do PAIGC independente perante as pressões internas do seu próprio Partido, e constituiria sem dúvida uma clara vantagem nas urnas, face ao descrédito e erosão que o Partido sofreu com a anterior liderança. Isso mesmo defende Alfredo Alves em artigo de opinião publicado no Progresso Nacional. Bravo!