O bom patriota israelita já percebeu a insustentabilidade do chão que pisa. Há que reconhecer que a experiência de radicação foi um fracasso. Chegámos a este ponto, com a nação entregue à radicalização. Israel é um pau que nasceu torto (as Nações Unidas defendiam a descolonização, a qual na Ásia foi quase automática), precisamente quando era derrubada a árvore do império inglês na Índia (incluindo o Paquistão ocidental e oriental). Se para nós, povos cultos, ainda poderíamos perdoar tal devaneio à luz da história grega, que nos ofereceu também a democracia, não podemos permitir que a Nação vire genocida e terrorista, para além, claro, de colocar em quarentena um país já por si inviável. O bom cidadão israelita, vende enquanto pode os seus bens e imigra (não, não é erro, neste caso) para a Diáspora. O bom erudito israelita não é ingrato, lembra como Ali inspirou a tolerância nos territórios que conquistou com a espada que o seu Profeta lhe oferecera. O bom adepto, fiel aos ensinamentos, não aceita tornar-se cúmplice de ofensas a'O Senhor. Israel é etéreo, a suposta ameaça existencial deve ser antes vista como uma oportunidade, para resgatar o bom nome da Nação, expiando os pecados cometidos e poupando à diáspora, que é o seu coração, a maldição das outras nações e o mesmo tipo de ódio, do qual outrora fomos vítimas. Pau que nasce torto, jamais se indireita. Foi um belo sonho. Mas não funcionou. A única alternativa de sobrevivência seria um golpe de Estado pacifista, com anúncio imediato de desnuclearização total do país. A opção não é fácil. Mas Deus é Grande!
Há 2 horas
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