O pseudo-constitucionalista Jorge Bacelar Gouveia continua a desinformar de cada vez que lhe dão oportunidade para tal, como se o seu parecer prostituível fosse de qualquer relevância ou mais valia política. Em vez de resolver os problemas constitucionalmente (sinónimo de radical, neste caso), propõe lenitivos e panaceias, defendendo que a constitucionalidade é uma questão de grau. Não, não é. Espera que clamemos em coro "magister dixit" perante as suas monstruosidades? Respondendo pelo atrofiado à pergunta que lhe foi colocada, essa proposta de lei enfermará sempre e constitucionalmente de inconstitucionalidade. O problema não está no maior ou menor grau da ofensa criminal. Está na discriminação: tal como com a conversão forçada de Dom Manuel, passariam a existir o português "velho" e o "novo". Sabemos como isso não resolveu o problema, já que quatro décadas depois, finda a moratória prometida por este, foi introduzida a Inquisição. Atendendo à grande responsabilidade cívica da qual o prostituto se julga investido, esta abordagem sinuosa é grave e demonstra a sua colaboração com uma estratégia de banalização, mediocratização e subversão, a qual só pode ser atribuída a pura burrice, já que se duvida que haja alguém para lhe pagar por serviços sujos de traição aos valores que constituem a âncora da caravela do Estado de Direito e da Nação portuguesa. Tudo isto é feito porque andaram a banalizar formalmente a nacionalidade, permitindo à MOSSAD circular com passaporte sefardita, leiloaram vistos Gold e organizaram autênticas máfias consulares em vários continentes para monetarização de bilhetes de entrada na União Europeia (ninguém se lembrou de publicar os nomes dos sete portugueses mortos no recente acidente de aviação na Índia), servindo o país de plataforma de ambientação, sem qualquer discernimento nem critério, descumprindo leis e prejudicando os PALOP, os quais deveriam obviamente ter preferência. Como beirão e português puro (ou seja, o maior mestiço do mundo: o ADN veio provar que o único homo sapiens puro é o africano; o mais arraçado de Neandertal sendo o povo português, e talvez daí sua propensão para "kumpu raça") recuso a ideia de que possam haver portugueses de primeira e de segunda, introduzindo subrepticiamente precedente de discriminação. Esta abordagem da questão só vem mostrar que o Chega é uma farsa, traindo os verdadeiros anseios de quem nele vota, não passando de infiltrados do dolce far niente da democracia: nada de radicalismo, como talvez merecesse esta questão ser encarada, com Comissão de Inquérito Parlamentar, produção e divulgação de estatísticas de toda a merda que andaram a fazer até aqui, apurando responsabilidades políticas e criminais, bem como graves irregularidades legitimando o cancelamento casuístico da grande maioria, de tão flagrantes que são (assumindo contornos claramente criminosos de Estado, como por exemplo, só para citar um caso, quando foi negado visto de entrada de antigo Comando africano que combateu por Portugal, para tratamento oftalmológico às cataratas). Portugal não está no documento de identificação nem no sangue. Está no coração.
Há 3 minutos
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