Primeiro uma nota de desagrado pela «não notícia» que invadiu os meios de comunicação social portuguesa: desde quando o roubo de um telemóvel é notícia? O grande comandante Xanana visita Bissau e sobre isso nem uma palavra... Parabéns ao Progresso Nacional pela desmistificação.
Parabéns ao Nbissane Nquelim, publicado pelos irmãos intelectuais balantas, pela desmistificação dos boatos anti-nigerianos; seria interessante conhecer a sua proveniência... já agora, os parabéns também à Liga pela pronta reacção. Depois de o sangue ter corrido, é precisa introspecção.
E refiro o exemplo de Ramos-Horta: segundo conta, a violência política em Timor, só acalmou depois do atentado contra si. Ao verem o sangue os seus opositores ficaram confundidos.
É natural que os ânimos se exaltem com facilidade devido ao triste quadro económico e social... E também aos apelos e instigações à violência. É triste e não dignifica o país.
Nada justifica a loucura assassina que assolou hoje Bissau.
Há 20 minutos
10 comentários:
Mohammed Saeed al-Sahhaf ( em árabe : محمد سعيد الصحاف Muḥammad Sa ʿ Id al-Sahhaf ; nascido em 1940) é um ex- iraquiano diplomata e político. Ele veio a grande destaque em todo o mundo durante a invasão do Iraque em 2003 , durante a qual ele era o ministro da Informação do Iraque sob o presidente iraquiano Saddam Hussein , atuando como porta-voz do Partido Socialista Árabe Baath eo regime de Saddam.
Ele é mais conhecido por suas grandiosas e extremamente irrealista propaganda emissões antes e durante a guerra, exaltando a invencibilidade doexército iraquiano ea permanência do governo de Saddam. Seus anúncios foram destinado a um público iraquiano assunto interno de Saddam culto da personalidade total e censura do Estado , e foram recebidos com desprezo generalizado e diversão por cidadãos ocidentais e outros com acesso a-to-date de informações de organizações internacionais de mídia. Em os EUA, ele era popularmente conhecido como Bagdá Bob , no Reino Unido como cómico Ali , e na Itália como Alì il Comico .
Meu caro 7ze,
Confesso que desta vez fui eu que fiquei com urticária ao ler o seu post. Por isso não resisto a coloca-lo ao nível da figura acima indicada, e deixo á sua consideração entender se tal é um elogio ou não. Por comparação, um dos poucos políticos que admiro aqui em Portugal foi á dias comparado a esta figura pela oposição.
E quando você escreve…”mas nada justifica a loucura assassina que invadiu hoje Bissau”……eu e o Sr General estamos de acordo, aliás ele já as proibiu, e eu depois de falar com familiares e amigos em Bissau, em nome da sua integridade física, do seu bem estar, tenho a mesma opinião, mesmo sabendo que isso representa mais fome, mais miséria, mais repressão para o povo.
Tenho pena que você não comente a verdade sobre a visita de Xanana Gusmão, por exemplo, que você só veja um lado da moeda. Recompensa alguma justifica tamanha insensibilidade.
Esse senhor era um óptimo Ministro da Informação. Simpático. Consistente e eficaz.
Ainda o estou a ver, pouco antes da queda de Bagdad, a dar uma entrevista numa das margens do Tigre, dizendo que não havia qualquer soldado americano em solo iraquiano (quando, na outra margem, os tanques americanos ocupavam visivelmente posições).
Esse senhor foi o meu «ídolo» (não perdia uma entrevista), durante esse período (tal como o Rei da Jordânia, este porque colocou o seu exército ao serviço de Saddam, embora estivesse longe de desejar a sua vitória - tratava-se de se manter ao lado da opinião do seu povo - e talvez tenha salvo a coroa com essa atitude), por isso tomo-o como um elogio.
Embora também seja José, já não gostaria, se me comparasse a outro Ministro da Informação... Goebbels.
A desinformação, pelo lado dos americanos, não se ficou atrás. Soube-se depois, não só que não havia quaisquer «armas proibidas» como que a imensa maioria das imagens que passavam na televisão (os cidadãos americanos up-to-date estavam tão desinformados como os iraquianos) eram forjadas e sem correspondência com a realidade...
O desprezo não era assim tão generalizado como diz... eu, pelo menos (tal como quase 100% dos muçulmanos do Médio Oriente), admirava-o!
Meu caro 7ze,
Se a situação porque passa o povo da Guiné-Bissau não fosse tão grave, eu teria que dar uma gargalhada pelos elogios que faz ao ex-ministro da propaganda do falecido, mais ainda pela percentagem e estereótipo dos admiradores do homem entre os quais se inclui. Mas pelo respeito que o povo da Guiné-Bissau me merece fico triste, e quanto a si, e aos seus ídolos fico-me por aqui também!
Só um aparte para me congratular pelas notícias veiculadas pelo Progresso Nacional não serem de órgãos de comunicações portugueses, caso contrário lá teria o meu caro mais razões para um post a trucidar o Machete, a CPLP, Angola, Cabo- Verde, os 182, dos 186 países que dentro das NU não estão de acordo com o golpe contra o povo da Guiné-Bissau, ao contrário do Senegal, Nigéria, Costa do Marfim e Burkina-Faso! E você, claro!
Nunca o faria, neste contexto. Os factos envergonham-me, como amigo da Guiné, mesmo atendendo a que as susceptibilidades andam atiçadas.
Vou dormir sobre o assunto. Amanhã entrarei com um artigo. E começo a interrogar-me (elementar, meu caro... Sherlock) sobre a quem aproveita o crime.
Terá isto sido tão espontâneo como se quer fazer acreditar? Ou foi para sujar a visita de Xanana? Se foi o caso, é ignóbil. E deverá fazer reflectir a todos sobre o perigo do estado de crispação que se vive no país.
Não estará na altura de «acalmar»? Embora esteja a falar em geral, quero também dirigir-me em especial ao Marcelo. O papel que assumi foi o de propagandista, sim. Quem vai à guerra dá e leva. Estamos a falar de guerra da informação, tal como o Marcelo também a faz. Com a diferença que eu faço-a no meu blog, que nem o Marcelo nem o Malam Mané, nem ninguém, é obrigado a ler.
E eu sempre o respeitei, continuo a respeitá-lo, mas fico triste quando reparo que deixou de comentar as notícias e as ideias, apenas para me tentar atacar e denegrir pessoalmente.
Disse e mantenho que respeito muito o propagandista iraquiano, porque era bom no que fazia, aguentou até ao fim, quando outros teriam fugido. Isso não tem nada de mal, o Marcelo pode não concordar, achar que os americanos fizeram um bom serviço ao mundo (tal como no Afeganistão ou na Líbia), mas isso não faz de si, como parece acreditar (ou querer fazer constar), uma autoridade moral. Respeito as suas idiossincrasias, peço-lhe que respeite as minhas.
Como verdadeiros amigos da Guiné-Bissau (aquilo que temos em comum - por isso também lhe pediria para não repetir que quero o mal da Guiné-Bissau), não deveríamos dar um exemplo de pacificação? Eu, pela minha parte, vou reflectir: será que posso fazer alguma coisa para serenar um pouco os ânimos?
Meu caro 7ZE,kel gente ka konsce kusé é,ke(RESPEITO)!
ES Bando D IGNORANTES...
Meu caro 7ze,
No dia em que entender que as minhas críticas, possam por si, ser entendidas como insultos, só precisa de me informar que naturalmente deixarei de o incomodar.
Na verdade, habituei-me, desde que saí da Guiné-Bissau a utilizar o Facebook e diversos grupos para analisar e discutir a questão que tanto me dói e revolta. Nas centenas, se calhar milhares de guineenses que por lá proliferam contam-se se calhar pelos dedos de uma só mão, os que defendem a actual situação. E ainda assim alguns foram desaparecendo misteriosamente nos últimos tempos, presumo que por vergonha, ou talvez porque conseguiram encaixe no sistema.
E depois existem os blogs, que por serem personalizados limitam-se regra geral a lançar á discussão ideias próprias, que podem admitir o contraditório ou não.
Também aqui, é difícil encontrar quem defenda o status-quo actual, e na verdade você, é cada vez mais uma ilha isolada num oceano, que cada vez mais desemboca na necessidade do retorno á democracia, ao direito, e á melhoria do bem-estar daquele povo, tão desprezado e humilhado por esta gente.
Pelo exposto, é óbvio que sinto algum prazer em fazer o seu contraditório, e gostaria mesmo que pudesse ser a sua consciência. Politizado como você me parece estar, acredito que é um acto falhado, porque um dos princípios de quem está na política é “vender” a consciência”. O que me parece no seu caso, é que para além do político existe alguém que á sua maneira gosta do povo da Guiné-Bissau.
Se para sim, tudo o que aqui expus é um insulto, então paro por aqui, porque não vou mudar a minha opinião, você não mudará a sua e eu não conseguirei deixar de o criticar, ou o que lhe quiser chamar. Nem faz parte da minha formação, insultar quem quer que seja, com excepção da classe política e seus derivados!
Marcelo
Eu não falei propriamente em insultar, mas na necessidade de respeitar a diferença sem preconceito de superioridade (ética, moral ou outra).
Claro que aceito o seu contraditório, bem como que constitua uma «consciência» do inevitável «radicalismo» que a propaganda implica (se bem que a minha se constitua e tenha configurado mais, na sua actuação, uma «contra-propaganda» , por reacção contra a uma certa desinformação e propaganda, essa sim cega, pois eu não adultero de má fé a verdade). Sentir-me-hei sempre beneficiado com os seus contributos a esse nível.
Nesse contexto, obrigado pelos esclarecimento: o reconhecimento de que «à minha maneira» pretendo contribuir para o bem da Guiné-Bissau.
Mas não quero deixar de lhe proporcionar igualmente o contraditório do contraditório: já que é o debate que nos estimula.
Antes do resto, um «à parte»: quando defendi o Ali, não quis dizer que concordasse com os métodos dele ou o regime que defendia, nem que acreditasse no que ele ia dizendo (tal, como a maioria dos árabes, aliás). Na sua propaganda via simplesmente o grito do «orgulho» árabe, recusando render-se ao inegável e a mais uma grave humilhação do Ocidente colonizador... (que deu no que deu, a desestabilização de toda a zona, o agravamento dos problemas e da situação da minoria católica, com mais crispação e achas para a fogueira de um conflito de civilizações que não interessa a ninguém, apenas servindo para reforçar um islamismo intolerante como aquele do Norte do Mali, destruindo túmulos dos santos, ou no Afeganistão, dinamitando património histórico). Ah, já agora, neste contexto, despejo o saco: sinceramente, não gostei do seu copy-paste da internet sobre o propagandista Ali, para a próxima refira e coloque simplesmente o link, quem quiser depois poderá segui-lo: parece um pouco pedante (a menos que fale correntemente árabe) explanar conhecimento compilado (nem parece ter sido por si, pois está cheio de erros).
(continua já a seguir)
Não tenho qualquer problema em ser «uma ilha isolada no meio do oceano». Aliás, sofro mais do complexo de «Alamo». Já deve ter visto o filme, que retrata a heróica resistência de uma centena de americanos (entre eles o David Crocket, aquele com o boné de rabo de castor) contra os 25 000 homens do General mexicano Sant'Ana... Já adivinhou o lado que escolhi. Para mim isso não é portanto argumento. Se o Marcelo visse 250 pessoas preparem-se para linchar 1, juntava-se à massa?
Afirma que se «contam se calhar pelos dedos de uma só mão, os que defendem a actual situação (...) é difícil encontrar quem defenda o status-quo actual» (eu seria «o último dos mohicanos»)
O Marcelo costuma esquecer o histórico deste blog... imputando-me com facilidade imprecisões que podem ser mal interpretadas. É um pouco desse respeito que eu falava. Se entrar num fórum de discussão «à bruta», sem observar primeiro quem por lá anda, os protocolos, etc, corre o risco de ser rapidamente corrido... Este blog tem vindo, com uma certa coerência, desde 12 de Abril do ano passado, a defender a via de uma «Ditadura Militar» esclarecida (os militares são um factor não escamoteável, como se sabe), contra uma pseudo-legalidade democrática. Ou seja: eu não «defendo a manutenção do status quo», pelo contrário, ainda há pouco tempo concordei com o General Injai quando disse que foi mais um ano e meio desperdiçado. Sempre defendi um período consistente de transição e uma fórmula de «pacto de regime». Bastará consultar e, se quiser, contraditar, referindo-se às minhas mensagens.
Eu não «estou» politizado; «sou» politizado. Mas não «vendo a consciência».
De qualquer forma, embora não haja nenhuma «sondagem» que nos possa desempatar, julgo que a sua «amostra» de guineenses não é representativa. Não me entenda mal: não lhe estou a chamar mentiroso, mas a forma de propagação das redes sociais consiste num conceito de partilha (bem sei que nós «partilhamos» contraditórios, mas somos mais uma excepção) «simpático» ou empático, ou seja, as pessoas que gostam, por exemplo, de um certo tipo de música, tem mais facilidade em «encontrar-se». É uma questão identitária. Mas não é possível extrapolar, por aí, quaisquer dados relativamente ao universo.
Um grande abraço
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