Felicitações ao grande Comandante Xanana, pela postura humilde «Não viemos para ensinar nada; apenas para trocar experiências». Trata-se de um convívio, humana e politicamente enriquecedor. O grande Comandante da guerrilha sabe o que são decisões impopulares.
Como quando optou pela não violência, numa decisão pessoal, como Nelson Mandela, entregando-se ao inimigo, para o roer por dentro. O grande Comandante sabe como, às vezes, é preciso dar um passo atrás, para depois poder dar dois, em confiança, para a frente.
Timor-Leste está com um protagonismo internacional invejável, afirmando-se na cena mundial muito para além da sua pequena dimensão, no âmbito da Presidência do G7+, um organismo reunindo 18 países que aspiram a encontrar a fórmula para o desenvolvimento sustentável.
Tal como Timor-Leste fica feliz por poder apoiar o povo irmão da Guiné-Bissau, agora que começa a chegar algum dinheiro do petróleo (a Guiné é mais pequena que Timor), só tem a lucrar, com uma experiência piloto conduzida com sucesso, para servir de modelo.
É que, um investimento criteriosamente alocado, não só ajudaria a Guiné-Bissau, como, seguindo o exemplo Timorense, talvez viesse a permitir, mais cedo do que se julga, contribuir para um Fundo de Desenvolvimento Global, que por sua vez ajudasse outros países.
Porque vêem as Necessidades a aproximação Dili-Bissau de mau olho? Pela voz de Xanana, Timor apenas manifestou algum ressentimento de ter sido economicamente abandonado por Portugal, no processo de reconstrução, resumindo-se o apoio a alguma cultura «chocha».
Não há qualquer consistência nas «arquitecturas» de Lisboa, que parece ter abandonado qualquer política própria e andar a reboque de Angola. Qualquer vaga ideia «lírica» de um Portugal universalista e construtivo, desapareceu, num lamentável desfile de medíocres.
A actual dinâmica não deve ser perdida, talvez o grande Comandante pudesse, via Lisboa, seguir para o Brasil, para tentar convencer o novo Ministro dos Negócios Estrangeiros do interesse, para o seu país, em aderir a uma nova visão da CPLP, sem preconceitos.
No mesmo sentido, uma visita ecuménica de Dom Ximenes Belo, completaria o quadro deste estreito relacionamento, que se espera possa vir a dar belos frutos e a beneficiar não só os dois povos, como indirectamente os povos oprimidos de Portugal e de Angola.
PS Julgo que o povo guineense, deveria poder manifestar a sua gratidão pelo empenho do grande Comandante Xanana, pelo que talvez fosse de abrir uma excepção ao regime de proibição de manifestações públicas, permitindo a expressão do afecto (e vontade) popular.
Há 13 minutos
7 comentários:
“PS Julgo que o povo guineense, deveria poder manifestar a sua gratidão pelo empenho do grande Comandante Xanana, pelo que talvez fosse de abrir uma excepção ao regime de proibição de manifestações públicas, permitindo a expressão do afecto (e vontade) popular.
Engraçado é que, discretos, os guineenses nunca aderiram publicamente (e em massa, como pretendiam e quiseram fazer crer) a quaisquer iniciativas de apoio ao Governo deposto, como aliás foi sendo documentado neste blog. Depois, tiveram de reconhecer a figura de «intelectuais golpistas»... (viu-se depois que eram muitas «bruxas» para caçar)
Porque vêem as Necessidades a aproximação Dili-Bissau de mau olho? Pela voz de Xanana, Timor apenas manifestou algum ressentimento de ter sido economicamente abandonado por Portugal, no processo de reconstrução, resumindo-se o apoio a alguma cultura «chocha».”
Meu caro 7ze,
Habituei-me aqui no seu blog, a analisar em detalhe os seus comentários, faço-o porque por vezes as contradições são tão evidentes, que fico na dúvida se é a mesma pessoa quem escreve aqueles dois parágrafos por exemplo.
É que se reparar no segundo o senhor escreve, ”os guineenses nunca aderiram publicamente (e em massa…) a quaisquer iniciativas de apoio ao governo deposto”, e atente no que escreveu (?) no primeiro parágrafo “talvez fosse de abrir uma excepção ao regime de proibição de manifestações públicas”. Esta frase por si só, deveria ser razão para um processo-crime no TPI contra quem a executa, por coarctar um dos princípios fundamentais de um estado de direito. Mas mais do que isso é lamentável que em pleno sec xx1 ainda exista gente capaz de o escrever, e pelo respeito que me merece, lamento que o escreva, espero que se trate de um conjunto de interesses e não de uma posição de princípios. Mas que a contradição é evidente, isso é por demais óbvio!
Quanto ao último paragrafo, ou o senhor desconhece o papel desinteressado de Portugal em Timor, desde 2000, ao contrário da Indonésia e Austrália, ou então fico na dúvida mais uma vez do que pretende com isso. E muito feliz estaria eu hoje, se a CDEAO com muito mais poder e abrangência que a CPLP, tivesse feito uma décima parte na Guiné-Bissau do que foi feito pela organização que tanta urticária lhe provoca pelo povo de Timor. E se tem dúvidas, pergunte ao “grande Comandante Xanana”!
Com a sua autorização, vou corrigir a versão original. É que não explicitei no que estava a pensar: e estava a pensar nas iniciativas na diáspora onde não existia essa proibição (pois em Bissau essa liberdade foi coartada em prol da paz pública).
Obrigado pelo reparo.
Quanto a recomendar-me ao TPI para réu... porque peço uma excepção a um regime de proibição, já me sinto um pouco incomodado: poderia fazer ao caro Marcelo, ou ao próprio Tribunal uma lista de situações bem mais urgentes, para ocupar o tempo desse tribunal.
Meu caro 7ze,
Eu não preciso de corrigir o que escrevi e que foi, a de recomendar o TPI para quem a executa, e reafirmo a acusação de falta de cultura democrática para quem a considera válida e correta como você acabou de confirmar.E espero estar enganado ao presumir que não é você que a executa!
Ok, já percebi. Não é para mim, o TPI.
Assumo a total «ausência» pessoal de cultura democrática.
Julgo que o caro Marcelo, como igualmente desiludido da política nacional, possa compreender as razões, mesmo que não comungue dessas «posições de princípio».
E, já agora, caro Marcelo: quando entrou em vigor o regime de que falámos, também foram proibidas manifestações de apoio ao Comando Militar, não apenas as contrárias. Foram firmemente proibidas todas as manifestações, evitando conflitos violentos entre umas e outras facções. Mas o momento era outro, julgo que actualmente as restrições poderiam ser aliviadas, sobretudo neste momento especial de visita de Estado.
M.D.M.
Manifestação de apoio ao comando militar!?... Onde, quando? Quem estaria nesta suposta manifestação? Senegaleses, burkinabés e nigerianos? A única facção armada, criminosa e violenta é e continua os militares golpista, apoiados pelos emplastros, mentalmente deficientes como este Zé das 7 cabras. Nunca ninguém teve motivo de se manifestar a favor desta famigerada junta militar, a não ser a própria famigerada junta militar e os emplastros.,
Caro Malam Dindim Mané
«Onde? Quando?» Em lado nenhum nem nunca: ora se foram proibidas...
«Quem estaria nessa suposta manifestação» e quantos seriam, nunca chegaremos assim a saber.
O levantamento dessa proibição. assumindo restituir essas liberdades ao povo, seria uma medida corajosa.
E talvez o resultado fosse surpreendente.
E porque é que o caro Mané não participa positivamente, desistindo de insistir em que lhe apague os comentários, por me chamar Zé das Sete Cabras? O nick que escolhi é mosca tsé-tsé (duvido que encontre insultos que não tenham já sido, há quinze anos, inventados em minha intenção). Concentre-se na mosca, esqueça as cabras.
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