O doutor Có anda por aí, armado em esperto, a alarmar recorrentemente a população com inexoráveis profecias totalitárias sobre a decadência e desgraça da juventude guineense (até lhe fixa o prazo em cinco anos para se dar ares de agenda 2030). Num país com dois terços de muçulmanos, para quem o álcool é a pior das drogas, pretende fazer do quadro legal pedagogia, apesar da manifesta contradição com os usos e costumes. Se tivesse um olho, faria um pequeno inquérito junto dos jovens, tiraria umas conclusões apressadas e forçadas, mas pelo menos teria um pretexto para a exposição pública, para além da sua própria estupidez natural de pseudo-assimilado e hipocrisia sem limites de complexado, ao serviço da alienação internacional. Se tivesse dois olhos, escolheria uma ou duas bancadas de fumo (os antros de perdição que se limita a imaginar) e acabaria por perceber que “ganza”, ao contrário do que pensa, não é uma droga diferente de haxixe ou liamba, mas sim um sinónimo para as duas, enroladas com tabaco para serem fumadas; perceberia também que “blota” (importado do calão tóxico tuga "bolota" para variante mais oleosa) não passa de haxixe também (e portanto de origem natural), e não algo parecido com MD; aprenderia também a não misturar alhos com bugalhos, colocando tudo no mesmo saco. O pior é que, se o fizesse, acabaria por perceber que nessas bancadas, cujos jovens diaboliza, os há muito mais djiros (e giros) do que ele… Não tardaria a fumar para esquecer, só que teria de trocar o nome à “instituição” para “laboratório experimental” ou, talvez, fumatório. Mantendo-se assim, sobrará apenas o eco de si mantenhas.
Há 1 hora
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