quinta-feira, 14 de junho de 2012

Empresários portugueses na Guiné criticam Paulo Portas

«Nestas situações de conflitos, as tomadas de decisão têm de ser bem analisadas e contextualizadas. A nós, que estamos cá há muitos anos, não nos foi perguntado nada, não tiveram o cuidado de nos perguntar o que achávamos daqui», disseram os empresários, que criticaram também a forma como foi comunicado o envio de barcos da marinha portuguesa nos dias a seguir ao golpe, o que "criou problemas" no país.


http://www.ionline.pt/portugal/guine-bissau-grupo-empresarios-portugueses-demarca-se-da-posicao-governo-passos

Que vergonha, senhor Ministro, até a sua diáspora o manda bugiar!

7 comentários:

Anónimo disse...

Os empresários portugueses sabem que as eleições democráticas certificadas por tecnocratas (alguns avençados) como estatisticamente e politicamente de "livres", transparentes" e "justas" foram realizadas a 18 de Março de 2012, assim como outras tantas em toda a África.

Eles sabem também que essas eleições tiveram lugar em ambientes em que cultos de personalidade e de dinheiro falaram mais alto, utilizando uma participação maioritariamente da população pobre (em parte doente, privada de cesta básica) e analfabeta. Essas eleições dão o que dão, tudo menos de "democráticas".

No acto de votar, os eleitores privados cronicamente de outros direitos mais elementares não fazem entrar esses direitos de que até desconhecem, na ponderação das decisões presentes no acto de votar. As mentes são focalizadas no fenómeno: “Só quem tem tamanha riqueza, por bondade de Deus, pode oferecer esmolas” aos pobres.

Só a avençada ditadura do consenso e seus mentores (eurodeputados portugueses, Paulo Portas e Eduardo dos Santos)fingem não entender isto.

Que pena ver Cabo-Verde embarcar nesta podre nau.

Frederico Espeto

Retornado disse...

O Frederico Espeto está a chamar os guineenses de "ceguinhos".

Só ele é que é esperto!

7ze disse...

O outro comentário, manifestava uma opinião; já o retorno é básico, não contesta o argumento das eleições serem viciadas, confunde-se porque este lhes chama mais «esfomeados» que «ceguinhos» (é outra lógica), e depois ataca pessoalmente o emissor da opinião. Configura cada vez mais contra-informação básica...

Anónimo disse...

Obrigado 7ze pelo reparo ao "Retornado".

Se calhar, o "Retornado" não conhece a Guiné-Bissau, ou se conhece talvez seja so Bissau, seus restaurantes e sitios de entretenimento.

Porque ele é esperto como eu e conhecedor do pais como eu, convido-lhe a contra-argumentar estas analises abaixo:

Consegue apontar-me algum dos partidos, inclusive o PAIGC que possua uma ideologia politica?

Consegue indicar-me qual dos partidos tem no seu programa a autosuficiência alimentar, a redução do nivel de pobreza, o aumento do acesso e qualidade da educação, tudo com planos realistas e mensuraveis.

Eu respondo po si: NENHUM!!!

Mas os cidadãos votam neles? VOTAM!!! E não votam por ideologia, principios, feitos, visões.

Um dos argumentos de maior peso reside no facto dos partidos so se lembrarem de visitar as povoações mais remotas para ostentar o poder economico durante as campanhas eleitorais.

As povoações que não conhecem o que é electricidade, vêm carros de transporte publico passar 3-4 vezes por semana, de repente durante uma semana têm visitantes que aparecem como bons samaritanos numa coluna de jipes de luxo, com caixas térmicas repletas de alimentos, com muito dinheiro para oferecer e relogios, telemoveis, televisores, geradores, enfim tudo para comprar consciências, não acabam enfadadas pelos presentes?

Inadmissivel que em quaisquer eleições, a Guiné-Bissau que apenas consegue e com dificuldades pagar os salarios aos funcionarios, não consegue comprar um litro de carburante para o meios de transporte que os parceiros de desenvolvimento lhes compram, hajam campanhas eleitorais à americana, mediatização das mais caras, muito dinheiro de procedência duvidosa (Khadafi, coca, outras fontes para além dos apoios formais de Angola, Nigéria, CEDEAO, UE, etc...). Nessas alturas todo o mundo é corrompido , sobretudo os cerca de 80% que passam 360 dias num ano (desconto as festas religiosas ou outras de fartura) com uma unica refeição diaria.

- as crianças percorrem a pé mais de 5-7 km diarios para aceder a uma escola primaria precaria. O governante chega à povoação durante a campanha eleitoral para oferecer uma mesquita (nunca uma latrina ou poço de agua escolar, ou folhas de zinco para a escolinha). De analise da situação especifica daquela povoação e soluções partilhadas, zero.

- a mortalidade materna é alta porque os maridos é que decidem quando evacuar as esposas inchadas e anémicas, enquanto gestores da poupança familiar que so da para alimentação ou então para com os encargos de saude em detrimento de todo o resto. Chega o politico à povoação, vai oferecendo telemoveis, mas nunca meios de evacuação ou melhoria das estradas para rapido acesso aos serviços de urgência. De analise da situação especifica daquela povoação e soluções partilhadas, zero.

No meio urbano a estratégia é outra e não me perco em detalhar, mas assenta sobretudo nos chefes de familias ou jovens que ganham a vida facilmente, sem trabalhar, mas ostentadores de riquezas (os paus mandados).

Os partidos que apoiam os candidatos às eleições trouxeram pouco para a melhoria da qualidade de vida das populações desde a independência: exodo rural, desemprego, indice elevado de pobreza e mortalidade de mulheres e crianças (antepenultimo pais do mundo no indice de desenvolvimento humano pelo PNUD).

Os governantes não tem vergonha na cara quando lêem esses indicadores, porque sabem que não ensinaram ao povo reclamar seus direitos de consumidor, de acessos à educação, saude, crédito. Não estão interessados em ensinar ao povo o que significa referendum e plebiscitos.

Enfim devo ser mesmo esperto tal como os cerca de 50% de guineenses que não foram votar como actores da palhaçada de eleições a 18 de Março ultimo.

Sr "Retornado fico aguardando seus contra-argumentos com muita paciência e gratidão antecipado.

Frederico Espeto

Retornado disse...

Senhor Frederico Espeto, é tudo muito bonito o que escreveu sobre os partidos políticos.

Quem não aplaude as suas ideias? Eu aplaudo.

Mas como retornado, logicamente antigo "colon" também sou reacionário contra os aldrabões dos dirigentes políticos.

Mas isso não é motivo para a Guiné ser invadida por exércitos estrangeiros que tarde vão abandonar esse PALOP.

As consequências não vão ser como em 1998 em que os estrangeiros foram corridos de Bissau.

É um país independente que corre o risco de desaparecer do mapa como país de corpo inteiro.

Sobre o abandono no interior da Guiné é semelhante em toda a África, e devido à maravilhosa gente da Guiné, até deve haver mais paz do que nos países africanos que se dizem desenvolvidos e ricos.

Sou contra o golpe que é muito mau para essa terra, só serve os interesses de terceiros que moram ao lado.

E os povos, todos têm a sua sabedoria, mesmo analfabetos com diz, senhor Frederico Espeto.

Anónimo disse...

NA GUINE BISSAU, VIVE MAIS DE QUATRO MIL (4000) PORTUGUESES DE NACIONALIDADE, ENTRE ESTAS ESTÃO POR VOLTA DE 800 (OITOCENTOS) PORTUGUESES DE ORIGEM, POR ISSO UM ABAIXO ASSINADO COM MENOS DE TRINTA ASSINANTES, TEM ALGUMA RELEVANCIA? É NORMAL MANIFESTAR OS SEUS DESACORDOS COM GOVERNO PORTUGUES, MAS É GOTA D´AGUA NO RIO.

Anónimo disse...

Mas dos outros nem pio. Rio vai seco.