segunda-feira, 4 de junho de 2012

Dois coelhos de uma cajadada


Primeiro foi Ansumane. Depois Veríssimo. Depois Tagma, que tinha protagonizado o primeiro ritual de insubordinação na Presidência da República, onde punha e dispunha a murros na mesa; também tinha boas razões de queixa de Nino (não se faz a ninguém o que lhe este lhe mandara fazer...). Tagma foi morto por um explosivo (que segundo as investigações do inquérito seria de origem estrangeira): foi a primeira vez que um morto mandou matar um vivo? Fuzilamento. Terá Zamora sido apenas vítima do andar da carruagem ou, por outro lado, havia um maquiavélico plano para matar dois coelhos de uma cajadada?

Viva o Comando TravaMortes!

4 comentários:

Anónimo disse...

Não são e nunca serão TravaGolpes
Foram eles que mataram Ansumane por lhes tirar os galões; mataram Verissimo por lhes dever salários; mataram e confessaram ter morto Tagma, por lhes querer tirar o tapete da cocaina (brevemente saberemos do processo já acusado); mataram Nino porque Tagma lhes deixara sentença pós-morte. Afinal que coelhos e que cajadada? Afinal quem percebe da Guiné? Meu amigo de Penixe.

7ze disse...

Ninguém falou em TravaGolpes... mas sim TravaMortes. Quanto às motivações, parece estar bem informado. Os coelhos, neste caso, são os dois últimos: a sentença pós-morte de Tagma também está no texto; o CEMFA era Zamora, que discursou ao pelotão de fuzilamento; pelo menos na caça a um dos «coelhos» esteve envolvido; o que se pretende significar com os dois coelhos de uma cajadada, conforme o espírito do provérbio, é de que, se a sentença estava lançada em vida, seria fácil imaginar que, matando Tagma, seguir-se-ia inelutavelmente o seu efeito «dominó»; dois em um, como o champô.

Anónimo disse...

Sabe, essa sua percepção, a dos dois coelhos de uma cajadada, foi a mesma que tive, ainda Nino estava vivo e logo que ouvi a bomba que matou Tagmé. Mas, com diz, pareço estar informado. Pelo que, tudo está em saber quem e porque se matou Tagmé, e isso está para breve. Ficará surpreendido, garanto! E saberá que Zamora apenas aproveitou a boleia, tirando a cabeça, num acto de oportunismo que insiste em caracterizar toda uma geração de guineenses. Contudo, Nino já estava morto. Se é que me entende!

7ze disse...

Sim, perfeitamente. Sim, Tagma (que no Império bizantino significava militar de elite) era um «militarão» e os seus homens queriam-no vingado. Nino estava condenando à morte desde que o caro anónimo ouviu a explosão Aparentemente, sim, como diz, a Tagma tinha-lhe subido a mostarda ao nariz, por ter descoberto que andavam a traficar mesmo por debaixo dele... Zamora aparece do nada (oportunamente, ou a soldo de certos interesses?) e cumpre os desígnios de Injai, constituído herdeiro «natural» de Tagma (teria portanto também de cumprir a ordem de fuzilamento dada pelo morto, ponto culminante da longa história de ódio entre os dois), dando assim início a uma colaboração que só acabaria 13 meses depois, a 1 de Abril de 2010...

Obrigado pelo contributo. Se quiser enviar por email algum texto que julgue actual e relevante para o tema, que sirva o esclarecimento das questões (mesmo que a coberto de anonimato) terei todo o gosto em publicá-lo.