Escolhi para título uma fórmula usada por Dom Sebastião nas cortes da Igreja de Marvila, em Santarém, que traduz o espírito da narco-boca de Elon Musk na sua rede social.
Os defensores da eutanásia seriam mais eficazes se generalizassem o "direito" de cada um se matar como lhe apetecer. A indústria farmacêutica vende legalmente toda uma panóplia de drogas tanto ou mais perigosas que aquelas entendidas como tal, por criminalização. Entregar ao crime a comercialização deste tipo de substâncias tem múltiplos inconvenientes, desde a génese de dinheiro sujo, gerador de crime e violência, como se constatou há um século relativamente ao álcool com a Lei Seca, nos EUA, mas também a roleta russa para os consumidores, que nunca sabem aquilo que estão a comprar e não podem reclamar. A Guiné-Bissau poderia tornar-se num "hub" turístico nesse "spot"... descriminalizando em troca de pagamento dos devidos impostos. Sim, que isto de ter a fama e não o proveito, não se admite, como Estado!
A famosa bebida estimulante é uma referência transatlântica: tem uma droga americana, a coca, e outra africana, a cola... o 7ze já brincava com isso, há dez anos... O inventor era um veterano da guerra civil norte-americana, viciado em morfina - equivalente moderno a heroína - à procura de uma forma de se livrar dessa dependência... pouco tempo antes da Coca-Cola, o lançamento do "vinho de coca" tinha-se revelado um fiasco. O génio de Fernando Pessoa deu origem ao melhor slogan da Coca-Cola, que infelizmente nunca viria a ser utilizado, o qual não deixa de ser, de certa forma, a apologia do vício. "Primeiro estranha-se, depois entranha-se". Talvez por isso a pulga tenha saltado detrás da orelha de Salazar, levando-o a proibir a bebida em Portugal, onde só se tornaria legal três anos depois do 25 de Abril. Aliás, consta da fundamentação da rejeição oficial, a referência ao conteúdo viciante: cocaína. Todavia, nas colónias havia outra liberdade... quando em Portugal nos tínhamos de contentar com os pirolitos! Aquilo que depois se tornou num pseudo-mito, a "fórmula secreta" da Coca-Cola, foi uma estratégia da empresa, para continuar a colocar, por razões mais "espirituais" que comerciais e de respeito pelo criador e pelo nome, uma ínfima permilagem de cocaína.
Por este andar, qualquer dia o polígrafo vai analisar "casos" banais à La Palisse, tais como afirmações de que a terra é redonda. Alguém, no seu perfeito juízo, pode estranhar que uma bebida chamada coca, tenha alguma coisa a ver com ela? Só se for entranhado!
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