O DN, extensão acrítica da propaganda do regime angolano, perde claramente para o JN, ao publicar no Sábado a «encomenda», que a LUSA havia publicado na Sexta-Feira de manhã. Não se trata apenas do dia de atraso: é que dá mostras de pouca perspicácia, pois a «notícia» já saiu desactualizada, depois de o JN ter dado a verdadeira notícia, da exoneração da Ministra, aliás já do domínio Público.
A fiscalização «permitiu baixar os preços»? É uma farsa, um bluff descarado, destinado a desinformar os mais simples, que apenas lêem as letras gordas dos títulos dos jornais. A Ministra do Comércio estava a trabalhar tão bem (tal como, aliás, o Governador do Banco Nacional de Angola), que foi despedida. E o DN, que já tinha vendido o serviço, nem reparou; andam na aldeia, mas não vêem as casas.
A Ministra (e o Governador) virou, por sua vez, cabra expiatória, tal como tentava fazer com os comerciantes. A rotação acelera vertiginosamente no BNA, mas o único verdadeiro bode expiatório possível é José Eduardo dos Santos. A sua hora está aí...
segunda-feira, 7 de março de 2016
DN versus JN
sexta-feira, 4 de março de 2016
O fantasma de Veríssimo
O CEMFA fez um sério aviso à navegação (se bem que recorrendo a ameaças desadequadas num Estado de Direito): ou pagam os salários, ou vai ser difícil segurar a tropa. Já são apenas ruínas, os sonhos de Cabral: é dever de honra das Forças Armadas contribuir para a reconstrução nacional.
quinta-feira, 3 de março de 2016
Kota Karlos chumbado
Em relação aos moto-cultivadores chineses, a peça jornalística peca por não dar notícias sobre o protocolo de cooperação, por não inquirir beneficiários, pela ligeireza das asserções «governativas», que ambicionam «grandes projectos» mas que não fazem a mínima ideia da realidade e de como lá chegar.
Governar, ao contrário daquilo que pensam os dirigentes do PAIGC, não é apenas produzir discursos com pompa e circunstância. É dominar os dossiers, sabendo como aproveitar consistentemente os recursos disponíveis. É ter uma visão operativa de futuro, envolver as pessoas com os objectivos.
Depois de censurado no Parlamento, o ex-Primeiro-Ministro Carlos Correia deveria mesmo ter ficado nos bancos de escola primária que inaugurou em Nhacra, pois está chumbado nas contas de matemática apresentadas publicamente, na distribuição de mini tractores, que a ANG relata em artigo.
Kota Karlos não sabe fazer contas de multiplicar!
250 x 800 Kg = 200 000 Kg = 200 Toneladas
Duzentas toneladas e não «Dois» mil!
terça-feira, 1 de março de 2016
Brincadeira tem hora
Domingos Simões Pereira foge oportunamente para a Europa, deixando como presente um bloqueio intransigente em posições insustentáveis. Se alguém tinha ainda tinha dúvidas que não passa de um autocrata autista interessado na desestabilização do país, fica definitivamente esclarecido. Ao retorno, escala em Cabo Verde, para acompanhar o regresso «triunfal» de Cadogo.
Tanto a resposta à proposta de mediação, como a contra-proposta, são uma perfeita brincadeira de mau gosto, limitando-se a encher papel com letras vazias. O PAIGC acusa o Presidente de se limitar a traduzir as propostas da contra-parte, mas a sua «contra-proposta» não passa exactamente da mesmíssima coisa, num vão exercício de retórica demagógica, com um rebuçado «inclusivo».
Brincadeira tem hora. Brincadeira tem limite.
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Retroalimentação
Maria Garrido, que lidera as brigadas da Direcção do Comércio, afirma que «a valorização do dólar não deve ser transferida para os preços [actuais] das mercadorias importadas no ano passado». Ora qualquer comerciante sabe que, se não quiser ir à falência, em tempos de inflacção, ao custo actual de reposição deve acrescentar um prémio de risco em tempos de incerteza, para além de um factor de correcção monetária com frequência adaptada ao ritmo da desvalorização da moeda.
A inflacção é uma pescadinha de rabo na boca, que se retroalimenta, uma bola de neve que, sem muro que a ampare (taxa de câmbio) nem dinheiro para cobrir o défice, vai continuamente continuar a engrossar. E não vale a pena apontar os comerciantes como bodes expiatórios... estes adoptam um comportamento economicamente racional, ao contrário das anti-económicas declarações da responsável governamental, que apenas denotam uma demagogia cada vez mais despudorada e inconsistente.
domingo, 28 de fevereiro de 2016
Reciclagem
António Ramos, crucificado como Administrador do Banco Nacional de Angola, chamado a pronunciar-se sobre questões vitais de tesouraria (face à presente instabilidade, os operadores económicos tenderão a exigir um prémio de risco crescente, para além da sua estimativa de antecipação da inflacção) faz declarações ridiculamente inócuas como «para que a moeda continue a preservar a sua missão de meio de troca e de reserva de valor». Por falar em «Tesouraria», esqueceu-se de referir a rentabilidade da poupança interna, ou seja quanto «ganhou» quem investiu recentemente em Títulos do Tesouro. Cravado ao lenho, apenas pode assegurar que o BNA irá reciclando as notas, retirando as de valor mais baixo, antes que desçam abaixo do valor do papel higiénico. Em termos de moeda metálica, esta desaparecerá rapidamente, não só pela insignificância nominal como pela sua retirada para fundição dos metais.
sábado, 27 de fevereiro de 2016
DáLá o computador!
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
DSP hostiliza CEDEAO
Os guineenses deverão resolver os seus próprios dilemas...
As inevitáveis conclusões, depois de passar por Bissau, foram retiradas por Obasanjo, e o maior contingente da ECOMIB prepara-se aparentemente para reembarcar, para evitar ser armadilhado no confuso e rocambolesco cenário guineense.
Ninguém reconhece já o «Governo» fantoche de Carlos Correia. E o artista das marionetes está a atrair a irritação (senão a fúria) de toda a gente, tal como Hugo Chavez, a quem o Rei de Espanha Juan Carlos atirou com o célebre «Porque no te callas?»
Curiosamente, o abandono da segurança pessoal a DSP pela ECOMIB (incompreensível, aliás, dado tratar-se de um simples cidadão), coincide com «tentativas de deslocação ao exterior» de alguns dos mais proeminentes membros desse Governo?
Ao Presidente da República resta optar (urgentemente) por ser parte da solução; ou parte do problema.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
Faz de conta
Correia de transmissão dos vícios históricos do PAIGC, kota Carlos continua a fazer de conta que é Governo. Segundo notícia da muito oficial ANG:
«O chefe do executivo disse que o Programa de Governo aprovado no passado dia 18 de janeiro, pelo parlamento...»
É preciso descaramento. Se, nesse dia, de manhã, apenas vimos o ex-Primeiro-Ministro indigitado a fugir do Parlamento sem qualquer votação; à tarde assistiu-se à aprovação de uma moção de censura a esse governo e sua consequente queda.
O lançamento de um prospecto de uma ONG estrangeira com honras de Estado? Já o promissor projecto internet da Secretaria de Estado do Turismo, não parece ter continuação.
Carlos Correia ensina aos novos militantes como usar a mentira e a hipocrisia...
Apenas se esqueceu que já não estamos em 1975. As capacidades tecnológicas evoluíram, a propaganda rádio segundo o velho cânone Goebbels (1 mentira repetida 1000 vezes transforma-se em verdade) já não pega e os guineenses (muito mais evoluídos que a sua classe política) estão cansados e à beira de um esgotamento.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
ANG desinforma
Que a ANG tenha um protocolo de intercâmbio com a LUSA e autorização para fazer chapa-chapa, tudo bem. Agora que desinforme, adulterando o conteúdo informativo e contaminando a responsabilidade da notícia original, numa evidente manobra de manipulação política, já é passível de denúncia, ou mesmo de procedimento criminal.
sábado, 6 de fevereiro de 2016
Titularidade
À imagem de Cipriano Cassamá, Paulo Sanhá está a abusar da Presidência (neste caso, do Supremo Tribunal de Justiça), para tentar valorizar o seu papel político na praça. No entanto, à semelhança da ANP, não tem qualquer poder pessoal de decisão, o qual emana exclusivamente do Plenário da instituição.
Só se for assessor
«Assessoria de Imprensa do Gabinete» agora faz comunicado político? Em nome do Presidente? por sua vez em nome da ANP! «Assim sendo, a posição assumida pela ANP...» Cada salto maior que cada perna.
Cipriano, segundo lhe convém, ora está doente ora está são, numa hora faz-se substituir logo noutra não, e actua tanto em nome pessoal como com máscara (pseudo-profissional transgénero: «a Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP está convicto...»).
Como é Carnaval, nada parece mal.
Status Quo ex-ante
Dizer que o PAIGC está num beco sem saída é pouco. Num beco, ainda se pode voltar para trás. Ora, nem isso o PAIGC pode sequer fazer já.
Quando o diálogo desenhava uma possibilidade de reconciliação, com um retorno ao «status quo ex-ante», os seus dirigentes Domingos Simões Pereira e Cipriano Cassamá, altamente desgastados pelos últimos acontecimentos, recusaram-se a abandonar a sua atitude autista e descontextualizada, o que vem apenas confirmar a sua má-fé aquando do Golpe de Estado palaciano intentado por via da Comissão Permanente.
Perante esta suprema arrogância, o árbitro deverá marcar falta de comparência e declarar a vitória de quem está no campo. Quem está, está.
Quem não está, estivesse. E siga o processo.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
Domingos nega
Com as devidas reservas, devido ao carácter inapropriado do canal utilizado, chama-se a atenção para o penúltimo parágrafo da carta «aberta» de DSP a Jomav:
«o PAIGC é da opinião de que o formato escolhido para a promoção do diálogo deve merecer reformatação e acontecer entre instituições da República devidamente competentes e legitimadas para o efeito, o que, a não se observar, o coloca numa situação de desconforto, e incapacitado de manter a sua presença.»
DSP nega-se a estar presente na continuação da reunião de conciliação marcada para Sexta-Feira, rompendo as negociações, pretendendo dar a entender que o faz numa posição de força.
Falácia de demitido
Segundo notícia da ANG, o ex-Vice-Presidente da ANP, que parece representar o ex-Presidente para as tarefas menores e mais desagradáveis, voltou a argumentar com a «inexistência» de deputados independentes. O PAIGC, numa das suas habilidades de engenharia eleitoral e constitucional, eliminou o antigo artigo 18.º, que se referia a deputados independentes. No entanto, mantém-se em aberto essa possibilidade, sob uma designação muito semelhante, ao referir-se o regimento a deputados «que não pertençam a nenhuma bancada parlamentar», que é exactamente a mesma coisa, dita por outras palavras. A não publicação de uma versão oficial séria na página da ANP fomenta todo o género de especulações, mas, mesmo admitindo o argumento do litigante, e caso a Lei fosse omissa, isso não quereria dizer que é proibido. Se não é proibido, é permitido, pois não há nenhuma Lei que os proíba expressamente. É impossível manipular um vazio legal para que possa servir de argumentação a favor de um acto ilegal.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
Para bom entendedor
A Guiné-Bissau evoluiu muito e não quer mais ditadores, nem a mentalidade atrofiada que representam.
Cabral deixou-se matar, porque se recusava a andar com segurança. Já DSP, na sua esquizofrenia de se julgar insubstituível e paranóia de ser perseguido, arranjou carros blindados (como se isso lhe servisse de alguma coisa, com tantos operadores formados em RPG7, mas enfim...); mas pior, segundo parece, contratou João Monteiro, numa dificilmente compreensível provocação ao bom senso.
O referido Coronel, esse, continua a não conseguir que os seus empregados aguentem sem fugir (e parece uma má aposta, no campo da segurança pessoal, atendendo ao sucedido ao seu anterior protegido e à quantidade de chumbo que transporta no corpo)... Já quanto ao contratante, ao brincar com o fogo, arrisca queimar-se e deveria prestar atenção aos sérios avisos cujo teor lhe parece dirigido.
Quanto ao homónimo de Nino Vieira, deveria depositar o seu dinheiro num banco, local mais vocacionado para guardar quantias elevadas como aquela que consta que estava no cofre supostamente roubado. Evitaria assim ter de pagar a tantos seguranças, já que o risco pessoal que corre, como (antigo) Secretário de Estado, não parece, de forma alguma, justificar tais precauções.
domingo, 31 de janeiro de 2016
Quem matou Titina Silá?
Levantam-se fortes suspeitas de que tenha sido o próprio PAIGC a matar Titina Silá. O assassinato de Amílcar Cabral não teria assim sido um caso pontual e isolado, executado por dois ou três traidores que foram apenas úteis bodes expiatórios, mas antes uma verdadeira purga decidida ao mais alto nível, destinada a varrer o espírito crítico e a implantar a supremacia de uma pseudo-elite de medíocres, que estabeleceram uma cultura de subversão política. O povo guineense não é obrigado a pagar pelo pecado original do PAIGC, ao matar os seus melhores filhos e filhas. Domingos Simões Pereira sujou a memória de Titina, ao pretender fazer uso partidário de um símbolo nacional, num momento de crispação social. Está na altura de o povo guineense abrir os olhos, redignificar a sua própria memória e pedir contas aos responsáveis pelas mortes dos seus heróis e das suas heroínas: o próprio PAIGC.
O sangue de Titina clama pela verdade histórica.
sábado, 30 de janeiro de 2016
África Monotor
Num exercício tendencioso, o África Monitor publica uma análise em Mono da crise política guineense, reflectindo a posição desgastada e encurralada de Domingos Simões Pereira. A única novidade que avança é o fantasma de uma hipotética resolução do Supremo, condenando o sucedido na ANP no passado dia 18. Para além de qualquer movimentação do seu Presidente e apanigado, ou de tentativas de manipular o Plenário na forma de suscitar o caso, o STJ não tem qualquer legitimidade ou vocação para esse género de actuação política. Uma coisa é invalidar um acto administrativo, outra é ofender a soberania do Plenário do Órgão Máximo da Nação. Qualquer iniciativa voluntarista nesse sentido carecerá de legalidade e de legitimidade, sendo nula e inexistente logo à nascença, apenas contribuindo para aumentar o clima de instabilidade social: um autêntico aborto.
«Análises apropriadas indicam que a ala contestatária da direcção do PAIGC constituída pelos 15 deputados, será forçada a recuar nos seus planos, e eventualmente a reconsiderar a sua linha, em consequência do desaire em que redundará uma declaração de nulidade/ilegalidade do seu expediente de “tomada” da ANP.»
O PAIGC e os seus papagaios, continuam a subestimar o PRS, fazendo de conta que não existe. São uns analistas de meia-tigela, patenteando uma notória incompetência funcional. Piores que o crédito de Portugal, segundo as Agências de rating: não passam de lixo. Não se lembraram, por exemplo, de apontar a manifesta incoerência que é tentar condenar no Supremo, algo que o PAIGC não reconheceu, ao macaquear a sua própria ANP (um verdadeiro tiro no pé!).
Progresso Nacional estranha
Em tempos, acolhemos na rede guineense de blogs uma equipa anónima, o Progresso Nacional, que parecia bem intencionada. Lembro a famosa campanha contra a fama de Narco-Estado da Guiné-Bissau (que recentemente traíram! quanto a «incoerências» estamos falados, recuso-me a recorrer aos mesmos expedientes e lavar roupa suja. Excluindo o Didinho, os blogs guineenses davam um caso de estudo nessa matéria!).
No entanto, excluímos há uns tempos esse blog da nossa lista, por considerarmos que abusam do anonimato para promover uma leitura parcial da actualidade. À diferença do Ditadura do Consenso, cujo autor dá a cara, a projecção que este blog conseguiu, a dada altura, foi colocada ao serviço da desinformação e da campanha de intoxicação promovida por Domingos Simões Pereira. Vendeu a alma.
É nesse contexto que deve ser considerada a «Opinião» do «cidadão atento» recentemente publicada nesse blog, criticando a coerência histórica dos textos publicados neste nosso Blog. A estranheza manifestada prende-se com a visão maniqueísta entre dois campos, artificialmente criados no seio do próprio PAIGC. Não há qualquer incongruência em ser contra a usurpação e abuso de poderes. Vinda de quem vier.
Já que andaram a pesquisar os textos do 7ze, poderiam recuar um pouco mais, a textos nos quais criticava a competição dos dois «galos». Mas tudo isso passou entretanto à história. As coisas mudam, não ficam paradas no tempo. De asneira em asneira, DSP perdeu inteiramente a razão, e o Presidente percebeu que não tem espaço de manobra para impor uma solução baseada em estilhaços da implosão do PAIGC.
Fiasco total
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Presidente recusa-se a reconhecer farsa
O Presidente da República, ao manifestar em comunicado a sua «estranheza» perante os actos ilegais, nulos e inexistentes, praticados esta manhã nas instalações da ANP, vem assim tirar o tapete ao PAIGC, cujos chefes pensam que são os únicos espertos e julgam que poderiam condicionar a Presidência e manipular a situação política, evitando largar o poder, como ditam as regras do jogo democrático. Esta é apenas mais uma das diversões a que já nos habituaram, em especial no último meio ano.
O não reconhecimento explícito do Presidente desta farsa encomendada por DSP, acompanhado, para além do mais, de nota de desagrado, vem esclarecer a situação em tempo útil, e reduzir a pó a campanha de desinformação que estava já em curso, colocando em relevo a certeza de que o Presidente se pronunciará pela queda do Governo. O único efeito da palhaçada será o Presidente descartar a preocupação de equilíbrio, radicalizando a sua posição e reconhecendo a legítima ANP liderada por Nambeia.
Depois de múltiplos sinais de ofensa ao Presidente nos últimos tempos, Domingos Simões Pereira acaba de esticar a corda na sede do partido, falando em «vitória contra a infâmia e a bandidagem».
A cada Partido a sua ANP
O PAIGC, ao insistir na farsa da multiplicação das ANPs, entra assim no jogo do PRS, forçando o Presidente da República a intervir. Esta ANP, minoritária e ilegal, não tem qualquer legitimidade, resultando de uma cabala envolvendo um despacho relâmpago de um juiz, corrompido por vícios insanáveis, em instância incompetente (como pode um juiz desconhecido de um Tribunal Regional pretender ditar ordens a Deputados da Nação eleitos para a ANP, de onde emana a soberania?).
O «empossamento» dos novos deputados foi feito com base em bocas da assistência, depois de a segunda secretária se ter esquecido da lista nominal das substituições (e de o antigo «presidente» Cipriano Cassamá, impedido e faltoso, não ter arriscado a presença, sendo substituído por um Vice).
É a «legalidade» a todo o custo, que o PAIGC tenta impor pela força, com uma votação de rajada (depois de meses à espera de forjar o momento) sem debate nem contraditório. Isto é tudo menos política multi-partidária: o PAIGC continua a acreditar que é o Estado.
Os actos praticados no local devem ser considerados nulos e inexistentes. O «Plenário» não podia reunir por falta de quórum. Efectivamente, se os deputados ainda não tinham sido empossados, não podiam contar para esse quórum inicial que permite começar com os trabalhos!
É apenas mais uma das múltiplas ilegalidades que ferem o processo. Mas isso parece não incomodar o PAIGC e a sua Direcção, apostada numa fuga para a frente (pena que se encontre perante um beco sem saída). Esse Partido continua a conceber apenas ditadores, no seu seio, sem qualquer preocupação com o estado ou com a realidade do País.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
Quem paga ao MCCI?
Ao tal «Movimento», não basta a boa vontade e adesão popular às suas propostas, pelos vistos propõem um cartaz de luxo para o dia 30. Seria bom que o Movimento esclarecesse se os músicos que servem de isco estarão presentes como simples manifestantes, por partilharem dos seus «ideais», ou se, pelo contrário, está previsto receberem cachet, a título de artistas. Se recebem, quem paga?
Estranho fenómeno
Ajuntamento de jagudis, nos telhados da sede do PAIGC, desde o dia 20 de Janeiro. Ver notícia.
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
A última palhaçada de Cassamá
Numa armadilha e numa traição elementar a qualquer espírito negocial, Cipriano Cassamá conseguiu atrair um dos 15 deputados a sua casa, para emitir uma Nota de Imprensa afirmando-se como Presidente de uma ANP (que já caiu), avançando, para além do mais, que teriam ido «pedir desculpa».
A promiscuidade entre a esfera pública e privada tornou-se galopante, para quem se reclama titular de um órgão de soberania. Convida alguém a título pessoal para o visitar em casa, e publica uma nota de imprensa institucional.
Comunicado de Imprensa, nota máxima de hipocrisia, fingindo desmentir a mentira que tinha avançado, mas apenas para reforçar a ideia de a iniciativa ter partido dos 15, ao contrário daquilo que se passou.
Esta é apenas mais uma das incontáveis artimanhas e cabalas que este resíduo, mesmo depois de demitido, ainda consegue despoletar. Aparentemente, o seu arsenal de demagogia é inesgotável.
A Nota, em si, comporta ainda uma dupla negação. Como poderia algum dos 15 visitar Cassamá como Presidente da ANP, se haviam votado a sua destituição? Que sentido faria Cipriano receber institucionalmente alguém como deputado, a título de Presidente, se assinara a sua expulsão precisamente nessa qualidade?