Título que faz a primeira página do Le Monde de hoje.
E, perante todas as evidências, a palavra genocídio encheu o vocabulário da ONU e da imprensa francesa. Apesar do apelo do Papa, a sementeira do ódio continua e as suas sequelas não deixarão de estigmatizar o futuro do povo centro-africano (e não só). A FrançAfrique morreu, no coração de África.
No âmbito da CEDEAO, quem sai a perder com esta incapacidade e «falência» demonstrada pelo anterior «modelo» francês, são os presidentes da Costa do Marfim e do Burkina Faso.
Aminata Traoré, ex-Ministra do Mali, pergunta «Por que razão deveríamos agradecer à França?», em entrevista cedida à imprensa senegalesa, hoje publicada.
Talvez à luz dos recentes acontecimentos no Mali, República Centro Africana, Sudão do Sul, se possa valorizar a coesão das Forças Armadas, não só na Guiné-Bissau como no Egipto.
É necessário repensar África. Precipício ou novo princípio?
Há 1 hora
1 comentário:
M.D.M.
É uma pena contatarmos esta exclusão do nosso país no cenário dos países que buscam o bem para o seu povo. É triste e dói no fundo a qualquer guineense do bem. Contudo não podemos culpar os outros pelos nossos males. Estes países têm o direito de não querer conviver com a Guiné-Bissau, enquanto este não se enveredar pelo caminho de respeito às normas básicas com concerto das nações. Os militares e políticos golpistas não podem querer que o mundo dançasse a música que lhes convêm. Esta exclusão ao convívio das nações civilizadas é um castigo para os golpistas (os verdadeiros e únicos excluídos) que deve permanecer enquanto eles permanecem no poder à revelia do povo. E o sofrimento que o povo está consentindo, devido a esta exclusão, deve ser debitado pela história nos ombros daqueles que deram e apoiam o golpe. Vamos lutar para que tão logo tenhamos um governo legitimo, que os dirigentes sejam merecedores da confiança do povo e que dignifiquem o nome e a bandeira da Guiné-Bissau. Só assim o mundo vai nos integrar.
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